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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 8 309830
FASA humanas 2017/2A ciência contra a incerteza
O ovo é benigno ou um vilão da nutrição? Suplementos vitamínicos são milagrosos ou inócuos para a saúde? Uma visita ao repertório de pesquisas científicas trará respostas contraditórias a essas e a muitas outras questões da medicina. Para contornar a incerteza, foram criadas as metanálises – compilações estatísticas de um mesmo assunto em busca da melhor evidência possível. Reportagem em VEJA. com mostra que esse tipo de estudo tem desvendado erros e falhas de método, ao revelar que as conclusões a que chegam alguns cientistas não estão amparadas nos dados que eles próprios coletaram. Mais importante, as metanálises aumentam o grau de confiança que se pode atribuir a certas teses: uma avaliação abrangente de 27 estudos sobre suplementos de vitaminas, por exemplo, demonstrou que não existe nenhuma evidência estatística de sua eficácia sobre a longevidade, a prevenção do câncer ou doenças cardiovasculares.
Revista Veja. 25/03/2016, p. 9
Analise as seguintes frases do texto e os termos destacados.
I. “O ovo é benigno ou um vilão da nutrição?”
II. “Suplementos vitamínicos são milagrosos ou inócuos para a saúde?”
III. “... esse tipo de estudo tem desvendado erros e falhas de método...”
IV. “Para contornar a incerteza foram criadas... em busca da melhor evidência possível.”
Observando o contexto em que os pares de palavras estão destacados, as frases em que essas palavras se opõem, semanticamente, são
Questão 6 125872
EsPCEx 1° Dia 2016Assinale a alternativa em que as palavras são antônimas.
Questão 3 46657
UNESP 2012/2Instrução: A questão toma por base uma passagem do livro A vírgula, do filólogo Celso Pedro Luft (1921-1995).
A vírgula no vestibular de português
“Mas, esta, não é suficiente.”
“Porque, as respostas, não satisfazem.”
“E por isso, surgem as guerras.”
“E muitas vezes, ele não se adapta ao meio em que vive.”
“Pois, o homem é um ser social.”
“Muitos porém, se esquecem que...”
“A sociedade deve pois, lutar pela justiça social.”
Que é que você acha de quem virgula assim?
Você vai dizer que não aprendeu nada de pontuação quem semeia assim as vírgulas. Nem poderá dizer outra coisa.
Ou não lhe ensinaram, ou ensinaram e ele não aprendeu. O certo é que ele se formou no curso secundário. Lepidamente, sem maiores dificuldades. Mas a vírgula é um “objeto não identificado”, para ele.
Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legião. Amanhã serão doutores, e a vírgula continuará sendo um objeto não identificado. Sim, porque os três ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestíbulo... Com vírgula ou sem vírgula. Que a vírgula, convenhamos, até que é um obstáculo meio frágil, um risquinho. Objeto não identificado? Não, objeto invisível a olho nu. Pode passar despercebido até a muito olho de lince de examinador...
— A vírgula, ora, direis, a vírgula...
Mas é justamente essa miúda coisa, esse risquinho, que maior informação nos dá sobre as qualidades do ensino da língua escrita. Sobre o ensino do cerne mesmo da língua: a frase, sua estrutura, composição e decomposição.
Da virgulação é que se pode depreender a consciência, o grau de consciência que tem, quem escreve, do pensamento e de sua expressão, do ir-e-vir do raciocínio, das hesitações, das interpenetrações de ideias, das sequências e interdependências, e, linguisticamente, da frase e sua constituição.
As vírgulas erradas, ao contrário, retratam a confusão mental, a indisciplina do espírito, o mau domínio das ideias e do fraseado.
Na minha carreira de professor, fiz muitos testes de pontuação. E sempre ficou clara a relação entre a maneira de pontuar e o grau de cociente intelectual.
Conclusão que tirei: os exercícios de pontuação constituem um excelente treino para desenvolver a capacidade de raciocinar e construir frases lógicas e equilibradas.
Quem ensina ou estuda a sintaxe — que é a teoria da frase (ou o “tratado da construção”, como diziam os gramáticos antigos) — forçosamente acaba na importância das pausas, cortes, incidências, nexos, etc., elementos que vão se espelhar na pontuação, quando a mensagem é escrita.
Pontuar bem é ter visão clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem é governar as rédeas da frase. Pontuar bem é ter ordem, no pensar e na expressão.
As vírgulas erradas, ao contrário, retratam a confusão mental, a indisciplina do espírito, o mau domínio das ideias e do fraseado.
As quatro palavras destacadas nesta frase, se substituídas, na ordem adequada, pelas palavras da relação abaixo, produzem outra frase, de sentido oposto:
I. disciplina.
II. organização.
III. bom.
IV. corretas.
Aponte a alternativa que indica a ordem em que se deve fazer a
substituição:
Questão 26 7591701
FATEC 2022/2Uma noite, há anos, acordei bruscamente e uma estranha pergunta explodiu de minha boca. De que cor eram os olhos de minha mãe? [...]
Sempre ao lado de minha mãe, aprendi a conhecê-la. Decifrava o seu silêncio nas horas de dificuldades, como também sabia reconhecer, em seus gestos, prenúncios de possíveis alegrias. Naquele momento, entretanto, me descobria cheia de culpa, por não recordar de que cor seriam os seus olhos. [...]
Eu me lembrava de algumas histórias da infância de minha mãe. [...] Às vezes, as histórias de minha mãe confundiam-se com as de minha própria infância. Lembro-me de que muitas vezes, quando a mãe cozinhava, da panela subia cheiro algum. Era como se cozinhasse, ali, apenas o nosso desesperado desejo de alimento. As labaredas, sob a água solitária que fervia na panela cheia de fome, pareciam debochar do vazio do nosso estômago, ignorando nossas bocas infantis em que as línguas brincavam a salivar sonho de comida. E era justamente nesses dias de parco ou nenhum alimento que ela mais brincava com as filhas. Nessas ocasiões a brincadeira preferida era aquela em que a mãe era a Senhora, a Rainha. Ela se assentava em seu trono, um pequeno banquinho de madeira. Felizes, colhíamos flores cultivadas em um pequeno pedaço de terra que circundava o nosso barraco.
E foi então que, tomada pelo desespero por não me lembrar de que cor seriam os olhos de minha mãe, naquele momento resolvi deixar tudo e, no dia seguinte, voltar à cidade em que nasci. [...]
E quando, após longos dias de viagem para chegar à minha terra, pude contemplar extasiada os olhos de minha mãe, sabem o que vi?
Vi só lágrimas e lágrimas. Entretanto, ela sorria feliz. Mas eram tantas lágrimas, que eu me perguntei se minha mãe tinha olhos ou rios caudalosos sobre a face. E só então compreendi. Minha mãe trazia, serenamente em si, águas correntezas. Por isso, prantos e prantos a enfeitar o seu rosto. A cor dos olhos de minha mãe era cor de olhos d’água. [...]
Conceição Evaristo, Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas – Fundação Biblioteca Nacional, 2016.
A trajetória de vida da narradora-personagem é marcada pela fome, diante da qual a mãe utilizava brincadeiras para distrair as filhas, gerando no texto uma oposição poética entre a ausência (de alimentos) e a abundância (de imaginação).
Assinale a alternativa em que as expressões representam, respectivamente, o contraste exposto.
Questão 4 4536560
Campo Real Medicina 2020O texto a seguir é referência para a questão.
Boomers, millenials, zoomers: estamos vivendo um conflito de gerações?
Até pouco tempo atrás, os millennials, nascidos entre o fim das décadas de 1980 e 1990, eram alvos de críticas dos baby
boomers, aqueles que chegaram ao mundo entre 1946 e 1964. Os mais velhos atribuíam aos mais novos adjetivos como “geração
mimimi”, “síndrome de Peter Pan”, “mal-acostumados”, “narcisistas” e “preguiçosos”. Agora, a geração Z, que engloba quem nasceu
após o ano 2000, entrou na roda para acirrar ainda mais essas discussões. [...]
[05] Segundo a professora de sociologia Kimi Tomizaki, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE/USP), os
conflitos geracionais surgem quando grupos formados a partir de experiências diversas, que deram a eles capacidades diferentes
de ler e compreender o mundo, se encontram. A partir disso, podem surgir alianças ou disputas se uma geração considera que a
outra não dá respostas adequadas às demandas do presente. “Os confrontos envolvem o grupo que é detentor do poder, em relação
a trabalho, política ou mesmo universo acadêmico, e os pretendentes, que são aqueles que querem entrar nesses espaços sociais”,
[10] explica Tomizaki. “Os pretendentes querem colocar em prática o que consideram mais importante, enquanto os detentores desejam
preservar seus lugares, e um desconfia do outro”. [...]
Só que, mais do que as características dessas classificações, são as vivências em sociedade que definem uma geração.
“Nascer no mesmo período histórico não basta, é preciso estar ligado a uma série de experiências comuns que remetem às mesmas
questões”, pontua Tomizaki. O psicólogo Ferrigno lembra ainda que, por mais que existam perfis geracionais, é preciso cautela para
[15] não se apegar a receitas definitivas. “Não devemos criar estereótipos”, observa. [...]
A prova de que esses termos nem sempre se aplicam a pessoas nascidas em uma determinada geração são as chamadas
“microgerações”. Seriam aqueles que chegaram ao mundo no meio de um período geracional, de modo que não se identificam nem
com os membros da geração anterior nem com os da posterior. Segundo a WGSN, empresa norte-americana de análise de
tendências, as duas principais microgerações seriam os “xennials”, nascidos entre 1976 e 1982, e os “zennials”, que vieram ao
[20] mundo entre 1992 e 1998.
Os “xennials” são jovens demais para se parecerem com os boomers, mas também não se veem totalmente nos millennials.
Embora não sejam indivíduos que nasceram num mundo plenamente digital, adaptaram-se rapidamente a um ambiente tecnológico
e compartilham do otimismo “millenniano”. Os “zennials”, por sua vez, estão entre os millennials e a geração Z: dominam tecnologias,
adoram memes e se preocupam com o planeta, mas também são nostálgicos e céticos. No entanto, se tivesse que escolher um
[25] grupo geracional do qual fazer parte, a maioria escolheria os millennials. Em uma pesquisa global da WGSN, 70% dos “zennials”
disseram se sentir emocionalmente mais próximos da geração mais velha do que da mais nova.
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/maragama/2020/09/relacao-com-o-plastico-tem-de-mudar-radicalmente.shtml.)
Nas linhas 10 e 11, o segmento “enquanto os detentores desejam preservar seus lugares” introduz uma relação:
Questão 4 1307588
AFA 2019TEXTO
Violência: presente e passado da história
Vilma Homero
Ao olhar para o passado, costumamos imaginar
que estamos nos afastando dos tempos da "barbárie pura
e simples" para alcançar uma almejada "civilização",
calcada sobre relações livres, iguais e fraternas, típicas do
[5] homem culto. Um olhar sobre a história, no entanto, põe em
xeque esta visão utópica. Organizado pelos historiadores
Regina Bustamante e José Francisco de Moura, o livro
Violência na História, publicado pela Mauad Editora com
apoio da FAPERJ, reúne diversos ensaios que mostram,
[10] ao longo do tempo, diferentes aspectos da violência,
propondo uma reflexão mais demorada sobre o tema. Nos
ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como,
desde a antiguidade e ao longo da história humana, a
violência se insere, sob diversos vieses, nas relações de
[15] poder, seja entre Estado e cidadãos, entre livres e
escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes
religiões. "Durante a Idade Média, por exemplo, vemos
como a violência se manifesta na religiosidade, durante o
movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos
[20] movimentos sociais, como ela acontece em relação aos
excluídos das favelas. O sentido é amplo. A desigualdade
social, por exemplo, é um tipo de violência; a expropriação
do patrimônio cultural, que significa não permitir que a
memória cultural de determinado grupo se manifeste,
[25] também", prossegue a organizadora. (...) A própria palavra
"violência", que etimologicamente deriva do latim vis, com
significado de força, virilidade, pode ser positiva em termos
de transformação social, no sentido de uma violência
revolucionária, usada como forma de se tentar transformar
[30] uma sociedade em determinado momento. (...) Essas
variadas abordagens vão aparecendo ao longo do livro.
(...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas após
julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de
sua humanidade, o réu era declarado homo sacer. Ou
[35] seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses.
Segundo a pesquisadora Norma Mendes, "havia o firme
propósito de fazer da morte dos condenados um
espetáculo de caráter exemplar, revestido de sentido
religioso e de dominação, cuja função era o reforço,
[40] manutenção e ratificação das relações de poder." (...) O
historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva é um dos
que traz a discussão para o presente, analisando as
transformações políticas do último século. "Desde Voltaire
até Kant e Hegel, acreditava-se no contínuo
[45] aperfeiçoamento da condição humana como uma marcha
inexorável em direção à razão. (...) O Holocausto,
perpetrado em um dos países mais avançados e cultos à
época, deixou claro que a luta pela dignidade humana é
um esforço contínuo e, pior de tudo, lento. (...) E,
[50] sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a
ocorrência de outros genocídios – Ruanda, Iugoslávia,
Camboja etc. – leva a refletir sobre a convivência entre os
homens nesse começo do século XXI." O historiador
prossegue: "De forma paradoxal, a globalização, conforme
[55] se aprofunda e pluga os homens a escalas planetárias, é
fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo
religioso, étnico ou cultural, promovendo ódios e
incompreensões crescentes. Na Bósnia ou em Kosovo, na
Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de
[60] entendimento chegou a seu mais baixo nível de tolerância,
e transpor uma linha, imaginária ou não, entre bairros
pode representar a morte." Como nem tudo se limita às
questões políticas e às guerras, o livro ainda analisa as
formas que a violência assume nas relações de gênero,
[65] na religião, na cultura e aborda também a questão dos
direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes
sistemas culturais.
(http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de março de 2018.)
Assinale a alternativa em que a palavra ou expressão sugerida entre parênteses, ao substituir o que está destacado, provoca significativa mudança de sentido no Texto.