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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 5 6319897
UNICENTRO 2020TEXTO:
A maioria das pessoas acredita que a Floresta
Amazônica é o pulmão do planeta e que, se ela
desaparecer, o aquecimento global vai se acelerar
de modo calamitoso. Quanto a isso, vale uma
[5] ressalva. Para merecer o título de pulmão do planeta,
a região precisaria parar de envenenar a atmosfera
com gases de efeito estufa. Atualmente, as 260
usinas termelétricas em operação em sete estados
amazônicos, a grande maioria movida a óleo diesel,
[10] lançam, todo ano, na atmosfera, milhões de toneladas
de dióxido de carbono (CO2), principal gás que causa
o aquecimento global. Parece pouco diante dos 770
milhões de toneladas de CO2 emitidas anualmente
pelo desmatamento e pelas queimadas na floresta.
[15] O CO2 produzido pelas termelétricas amazônicas,
contudo, equivale ao dobro das emissões produzidas
no mesmo período pela frota de veículos da cidade
de São Paulo, a maior do país.
Manaus abriga uma das mais bem-sucedidas
[20] experiências de desenvolvimento sustentável, a Zona
Franca, que produz riqueza sem precisar destruir
um só graveto da floresta. Para movimentar suas
indústrias, no entanto, a cidade depende quase que
integralmente da queima de óleo. As termelétricas
[25] respondem por 85% por cento da eletricidade
consumida no Amazonas, 70% no caso do Acre e
60% no Amapá. O pulmão do mundo encontra-se
intoxicado pela fumaceira.
Numa região rica em recursos hídricos, não
[30] é nada demais esperar que, pelo menos, 90%
da energia elétrica consumida em suas cidades
venha de fontes limpas, como as hidrelétricas. “As
termelétricas, além de poluidoras, não são confiáveis.
Há grandes oscilações de energia ao longo do dia e,
[35] às vezes, falta luz. Isso representa um custo imenso
para as empresas que instalam geradores próprios
para se precaver da falta de energia”, diz o diretor do
Centro de Indústrias do Estado do Amazonas.
É preciso, pois, tirar do papel os projetos de
[40] grande porte, como as hidrelétricas, e apostar nas
energias alternativas para livrar a Amazônia da
fumaceira poluente e cara do óleo diesel.
SOARES, Ronaldo. O pulmão intoxicado pelo diesel. Veja, São Paulo: Abril, ed. 2130, ano 42. n. 37. p. 42-47, s/d. Especial Amazônia. Adaptado.
A alternativa em que o termo transcrito corresponde à sua respectiva explicação é a
Questão 7 7112172
UNIMONTES 1° Etapa 2020Texto
O sentido da charge é construído a partir do uso de
Questão 45 8749760
UEM/CVU Conhecimentos Gerais 2020TEXTO
De perto ninguém é normal (ou o “novo normal”)
(Lilia Moritz Schwarcz)
Sempre desconfio das expressões que fazem sucesso
rápido e acabam servindo para qualquer ocasião. Afinal, o
que explica tudo também explica nada.
A expressão “novo normal” tem sido muito utilizada
[5] nos últimos meses, quando se percebeu que o coronavírus
há de acarretar mudanças para todo o planeta. Isto é, que
os efeitos da Covid-19 não se limitarão ao dia em que a
pandemia for dada por terminada. E é certo: a história
mostra que não se sai de crises como essa da mesma
[10] maneira que se entrou.
“Novo normal” não é, porém, um termo recente;
tampouco se sabe a origem dele. No entanto, tem sido
crescentemente associado a momentos da história em que
toda a sociedade tem de se reinventar diante de períodos
[15] de crises de ordem política, militar, econômica ou
sanitária. [...]
E esse me parece ser o “novo normal”: ele representa,
no meu entender, um esforço contínuo no sentido da
preservação da sociedade (e de um determinado status
[20] quo), nem que, para que isso ocorra, ela seja levemente
alterada. Isso porque a humanidade, em seu longo curso,
sempre lutou pela manutenção. As pessoas também
preferem estados de equilíbrio, de “normalidade”, do que
viver no “caos” da novidade. Por isso, se é preciso que
[25] alguma coisa se altere, o melhor é que seja bem pouco.
Considero, assim, o “novo normal” um movimento
bastante conservador; no sentido primeiro da palavra:
conservar. Afinal, esse seria um “novo normal” para
quem? Qual seria o nosso coeficiente de “normalidade”?
[30] E qual a régua que mede e distingue o que é “normal” do
que é “anormal”, ou, ainda, um “novo normal”?
Toda sociedade carrega seus próprios parâmetros e
princípios, que serão mais eficientes quanto mais forem
vividos como “naturais”, “normais”. A lógica da
[35] sociedade, dizia o sociólogo Émile Durkheim, no final do
século 19, não corresponde à “soma dos indivíduos”. Por
isso, o silêncio que carregamos conosco é uma barulhenta
algazarra social, pois procura esconder os critérios que
regem essas métricas e não mostra como são obrigatórios
[40] esses traços sociais, que nos parecem apenas facultativos.
Arrisco, portanto, dizer que “normal” é acreditar numa
história feita apenas por homens, brancos, de classe alta, e
celebrados por seus atos célebres. No jogo do “diz que
não diz”, chamamos de “história universal” uma narrativa
[45] que diz respeito aos Estados Unidos e à Europa, e em
especial à Europa Central. Ela é a “normal”. Tudo o que
escapar da “norma” fica jogado na lata de lixo da exceção
e do que “não é normal”. Foi assim com a Revolução do
Haiti (1791-1804), que cometeu o “pecado” de mostrar
[50] ao mundo que escravizados podem (e devem) se rebelar e
ganhar o comando de seus próprios países. [...]
Algo pode mudar, mas tudo deve permanecer
basicamente como está. E esse é o terreno fértil onde se
move o “novo normal”.
[55] Também agimos com “naturalidade” quando
dividimos as produções visuais de maneira cartesiana:
arte ou artesanato; arte X artesanato. O que não dizemos
quando deixamos de explicitar esses conceitos? Resposta:
que arte (europeia, masculina, de classe alta) é a “norma”,
[60] já o artesanato é (com sorte) o “novo normal”. Mesmo
assim, não existe termo de comparação entre eles.
Os exemplos são muitos. Mas vira e mexe um
“acidente” de proporções globais tem a capacidade de
escancarar essas diferenças, que preferimos, em geral,
[65] jogar debaixo do tapete. Períodos de guerra fazem isso
com as pessoas, que passam a reconsiderar suas verdades.
Grandes acidentes naturais – terremotos, maremotos,
furacões – também têm a potencialidade de fazer que nos
movamos um pouco do terreno seguro das nossas
[70] confortáveis certezas. Mas só um pouco, pois a história
mostra como, passado o perigo e a insegurança, lá
estamos nós de novo habitando nossas velhas e boas
verdades. [...]
Foi assim com a gripe espanhola, que, em dois meses,
[75] assaltou a imprensa, a imaginação e a realidade das
pessoas. Calcula-se que a pandemia tenha atingido, direta
ou indiretamente, cerca de 50% da população mundial e
levado à morte de 20 milhões a 50 milhões de pessoas:
8% ou 10% delas na faixa dos jovens. Os números eram
[80] maiores do que os da Primeira Guerra Mundial, que
acabou mais ou menos na mesma época, no dia 11 de
novembro de 1918, vitimando entre 20 milhões a 30
milhões de pessoas, entre soldados e população civil. No
entanto, quando o “incidente” foi embora, tudo voltou ao
[85] “normal”, ou a um “novo normal”, levemente alterado por
alguns hábitos de higiene, que também se perderam pelo
caminho.
E eis que 2020 mal começou e há de terminar com a
chegada desse micro-organismo que não é nem ao menos
[90] visível a olho nu. E o impossível aconteceu: as rotinas
foram suspensas pelo planeta afora e até segundo aviso.
Nessas horas em que o medo e a agonia falam mais forte,
tendemos mesmo a sonhar melhor e a desenhar o futuro
de forma mais solidária. [...]
[95] Muitos têm defendido a ideia de que esses tempos de
pandemia romperam com o preconceito contra a educação
remota. Ou seja, que a pandemia nos ensinou a aprender
de dentro de casa e no recanto do lar. No entanto, é essa
mesma crise na saúde pública que tem acentuado e
[100] ampliado as iniquidades na área da educação. Existem
alunos que têm seu próprio computador, estudam na
calma do seu quarto e dispõem de toda uma família
estruturada pronta para dar amparo nesse momento de
“novo normal” que, sem dúvida, atrapalhou (e muito) a
[105] rotina dos pais e mães. Não discordo ou discuto. Para
eles, o “novo normal” é um estado quiçá passageiro. Mas
o que dizer de famílias que receberam o material impresso
e organizado bravamente pelas escolas públicas, mas não
têm lápis e borracha em casa? Muito menos acesso à
[110] internet? Nesse caso, vive-se mais do mesmo “normal.
[...]
Penso que provérbios são peças de linguagem feitas
para iludir. Muitas vezes os citamos sem termos certeza
do significado. Vou evocar um por aqui: “A exceção
[115] confirma a regra”. Se o “novo normal” for uma espécie de
estado de exceção, ele (então) confirma a regra. Se não
for, se tiver vindo para ficar, será mais uma das nossas
convenções conservadoras que pretendem manter, não
revolucionar.
[120] Afinal, e como diz Caetano Veloso num dos versos de
“Vaca Profana”, “de perto ninguém é normal”. Quem
sabe o “novo normal” faça sentido apenas de longe.
Numa distância que acomoda; não incomoda.
Bem-vindos ao velho/novo normal. É hora de
[125] reconhecer, como poetou Carlos Drummond de Andrade,
que “toda história é remorso”.
(Texto disponível em: https://.gamarevista.com.br/sociedade/de-pertoninguém-e-normal-ou-o-novo-normal/. Acesso em 7 dez 2020)
Assinale o que for correto.
01) O vocábulo “como” (linha 39) pode ser substituído, sem prejuízo semântico ao conteúdo do texto, pela expressão de que maneira.
02) Em “Numa distância que acomoda; não incomoda.” (linha 123), a relação semântica entre as orações justapostas é de oposição de ideias.
04) As formas linguísticas “desconfio” (linha 1) e “levemente” (linha 85) são elementos que contribuem para marcar o posicionamento da autora.
08) A oposição dos vocábulos “tudo” e “nada” (linha 3) caracteriza a relação semântica de antonímia.
16) Em “ele (então) confirma a regra.” (linha 116), o vocábulo “então” expressa sentido de adição de ideias.
Questão 3 7072331
UNIC 2019/2TEXTO:
Eles já foram acusados de tudo: distraídos,
superficiais e até egoístas. Mas se preocupam com o
ambiente, têm fortes valores morais e estão prontos
para mudar o mundo.
[05] São impacientes, preocupados consigo próprios,
interessados em construir um mundo melhor e, em
pouco tempo, vão tomar conta do planeta.
Com 20 e poucos anos, esses jovens são os
representantes da chamada Geração Y, um grupo
[10] que está, aos poucos, provocando uma revolução
silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhaço das
gerações dos anos 60 e 70 do século passado, mas
com a mesma força poderosa de mudança.
Eles sabem que as normas do passado não
[15] funcionam –– e as novas estão inventando sozinhos.
Folgados e insubordinados são outros adjetivos
menos simpáticos para classificar os nascidos entre
1978 e 1990. Concebidos na era digital, democrática
e da ruptura da família tradicional, essa garotada está
[20] acostumada a pedir e ter o que quer.
LOIOLA, Rita. Geração Y. Disponível em: < http://revistagalileu.globo. com/Revista/Galileu/0,,EDG87165-7943-219,00-GERACAO+Y. html>. Acesso em: 5 jun. 2019. Adaptado.
Opõem-se quanto ao sentido os termos transcritos em
Questão 8 309830
FASA humanas 2017/2A ciência contra a incerteza
O ovo é benigno ou um vilão da nutrição? Suplementos vitamínicos são milagrosos ou inócuos para a saúde? Uma visita ao repertório de pesquisas científicas trará respostas contraditórias a essas e a muitas outras questões da medicina. Para contornar a incerteza, foram criadas as metanálises – compilações estatísticas de um mesmo assunto em busca da melhor evidência possível. Reportagem em VEJA. com mostra que esse tipo de estudo tem desvendado erros e falhas de método, ao revelar que as conclusões a que chegam alguns cientistas não estão amparadas nos dados que eles próprios coletaram. Mais importante, as metanálises aumentam o grau de confiança que se pode atribuir a certas teses: uma avaliação abrangente de 27 estudos sobre suplementos de vitaminas, por exemplo, demonstrou que não existe nenhuma evidência estatística de sua eficácia sobre a longevidade, a prevenção do câncer ou doenças cardiovasculares.
Revista Veja. 25/03/2016, p. 9
Analise as seguintes frases do texto e os termos destacados.
I. “O ovo é benigno ou um vilão da nutrição?”
II. “Suplementos vitamínicos são milagrosos ou inócuos para a saúde?”
III. “... esse tipo de estudo tem desvendado erros e falhas de método...”
IV. “Para contornar a incerteza foram criadas... em busca da melhor evidência possível.”
Observando o contexto em que os pares de palavras estão destacados, as frases em que essas palavras se opõem, semanticamente, são
Questão 6 125872
EsPCEx 1° Dia 2016Assinale a alternativa em que as palavras são antônimas.