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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 6 7908528
UNIEVA Medicina 2020/1Leia o seguinte texto, que faz parte de um anúncio de um produto alimentício.
Em respeito a sua natureza, só trabalhamos com o melhor da natureza.
Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para levar até a sua casa. Porque faz parte da natureza dos nossos consumidores querer produtos saborosos, nutritivos e, acima de tudo, confiáveis.
www.destakjornal.com.br, 23/09/2019. Adaptado. Acesso em: 03 out.2019. Procurando dar maior expressividade ao texto, seu autor
Questão 1 282421
IFMT 2018Leia os fragmentos abaixo para responder à QUESTÃO.
Fragmento 1
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
[...]
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
(“Motivo”, Cecília Meirelles, Viagem, 1939).
Fragmento 2
A gente quer um lugar pra gente
A gente quer é de papel passado
Com festa, bolo e brigadeiro
A gente quer um canto sossegado
A gente quer um canto de sossego.
(O descobrimento do Brasil, Legião Urbana, 1993).
Tanto no Fragmento 1 como no Fragmento 2 aparece a palavra "canto". Sobre o emprego dessa palavra, é possível afirmar que:
Questão 7 799447
UFN Verão 2009/1VOCÊ SABE O QUE ESTÃO ENSINANDO A ELE?
Uma pesquisa mostra que para os brasileiros tudo vai bem nas escolas. Mas a realidade é bem menos rósea: o sistema é medíocre.
Monica Weinberg e Camila Pereira
[1] Vamos falar sem rodeios. Em boa parte dos lares brasileiros,
uma conversa em família flui com muito mais vigor e participação
quando se decide a assinatura de novos canais a cabo, o destino das
próximas férias ou a hora de trocar de carro do que quando se discu-
[5] te sobre o que exatamente o Júnior está aprendendo na escola.
Quando e se esse assunto é levantado, ele se resumirá às notas obti-
das e a algum evento extraordinário de mau comportamento, como
ter sido pego fumando no corredor ou ter beliscado o traseiro da pro-
fessora de geografia. O quadro acima é um tanto anedótico, mas
[10] tem muito de verdadeiro. De modo geral, com as nobilíssimas exce-
ções que todos conhecemos, os pais brasileiros de todas as classes
não se envolvem como deveriam na vida escolar dos filhos. Os mais
pobres dão graças aos céus pelo fato de a escola fornecer merenda,
segurança e livros didáticos gratuitos. Os pais de classe média se
[15] animam com as quadras esportivas, q limpeza e a manifesta tole-
rância dos filhos quanto às exigências acadêmicas muitas vezes cali-
bradas justamente para não forçar o ritmo dos menos capazes. Uma
pesquisa encomendada por VEJA à CNT/Sensus traduz essa situação
em números. Para 89% dos pais com filhos em escolas particulares,
[20] o dinheiro é bem gasto e tem bom retorno. No outro campo, 90%
dos professores se consideram bem preparados para a tarefa de en-
sinar. Como mostra a Carta ao Leitor desta edição, sob sua plácida
superfície essa satisfação esconde o abismo da dura realidade — o
ensino no Brasil é péssimo, está formando alunos despreparados pa-
[25] ra o mundo atual, competitivo, mutante e globalizado. Em compara-
ções internacionais, os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas
colocações — abaixo da quinquagésima posição em competições com
apenas 5/ países.
À reportagem que se vai ler pretende chamar atenção para as
[30] raízes dessa cegueira e contribuir para que pais, professores, educa-
dores e autoridades acordem para a dura realidade cuja reversão vai
exigir mais do que todos estão fazendo atualmente — mesmo os que,
como é o caso em especial dos pais, acreditam estar cumprindo
exemplarmente sua função. Em Procura da Poesia, o grande Carlos
[35] Drummond de Andrade provê uma metáfora eficiente do que o desa-
fio de melhorar a qualidade da educação exigirá da atual geração de
brasileiros: "O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia”. Uni-
formizar, alimentar, dar livros didáticos aos jovens e perguntar como
foi o dia na escola é fundamental, mas isso ainda não é educação
[40] para o século XXI. "Chega mais perto e contempla as palavras. Cada
uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem in-
teresse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a
chave?”, continua nosso maior poeta, morto em 1987. Outra metá-
fora exata. Os jovens estudantes são como as palavras, com mil fa-
[45] ces secretas sob a face neutra e esperando as chaves que lhes abram
os portais de uma vida pessoal e profissional plena.
Isso só se conseguirá, como mostra a pesquisa encomendada por
VEJA, quando o otimismo com o desempenho do sistema, que é
também compartilhado pelos alunos, for transformado em radical in-
[50] conformismo. À fagulha de mudança pode ser acendida com a cons-
tatação de que as escolas que pais, alunos e professores tanto elogi-
am são as mesmas que devolvem à sociedade jovens incapazes de
ler e entender um texto, que se embaralham com as ordens de gran-
deza e confiam cegamente em suas calculadoras digitais para não
[55] apenas fazer contas mas substituir o pensamento lógico. Mais uma
vez abusa-se do recurso da generalização para que o mérito indivi-
dual de alguns poucos não dilua a constatação de que o complexo
educacional brasileiro é medíocre e não se enxerga como tal. Quan-
do um conselho de notáveis americanos fez a célebre condenação do
[60] sistema de ensino do país ("parece ter sido concebido pelo pior ini-
migo dos Estados Unidos...”), as pesquisas de opinião mostravam
que q maioria dos americanos estava plenamente satisfeita com suas
escolas. À comissão viu mais longe e soou o alarme. Agora no Brasil
o mesmo senso de realidade e urgência se faz necessário, como re-
[65] sume Claudio de Moura Castro, ensaísta, pesquisador e colunista de
VEJA: "Uma crise, uma crise profunda. Só isso salva nossa educa-
ção”.
Fonte: Revista VEJA | Edição 2074 | 20 de agosto de 2008
Observe o seguinte fenômeno lingüístico: ACENDER (l. 50) – ASCENDER. Ele é um caso de
Questão 1 603286
UNICENTRO 2019Leia o texto a seguir e responda à questão.
Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
O título recorre a um enunciado que circula cotidianamente nas campanhas/propagandas contra o tabagismo. Tal procedimento constitui o que se chama de
Questão 2 143377
UNICAMP 2017Na tira acima, o autor retoma um célebre lema retirado do Manifesto Comunista (1848), de Karl Marx e Friedrich Engels: “Operários do mundo, uni-vos!”.
Considerando os sentidos produzidos pela tirinha, é correto afirmar que nela se lê
Questão 5 1571559
IFRR Subsequente 2017/2Para responder a questão, leia o texto que segue:
Educação acadêmica ou profissional?
Há muitas maneiras de adquirir uma profissão. As ocupações manuais qualificadas são atendidas no estilo Senai - que não examinaremos aqui. Outra possibilidade é o ensino técnico, voltado para ocupações com maior densidade de conhecimentos técnicos. Por exemplo, eletrotécnica e robótica. Essa solução é repetida no mundo inteiro, com amplo sucesso.
Mas tudo pode dar errado. O Banco Mundial pregava a inclusão de disciplinas profissionalizantes no ensino médio. Contudo uma pesquisa ampla, encomendada pelo próprio banco, mostrou o equívoco: de tudo o que se fazia em formação profissional, essa solução mista fracassava mais que todas as outras. E parece ser a que está sendo proposta no País.
Em escolas acadêmicas que preparam para o ensino superior, se oferecem também um programa profissionalizante, seu status é mais baixo e os professores, discriminados no ambiente acadêmico. Por essas e outras razões, os ramos profissionais da escola são desprestigiados e o programa acaba como um gueto dentro da escola. Se insistirmos nessa profissionalização aguada do médio, estaremos repetindo os erros do passado.
As escolas técnicas bem-sucedidas têm seu centro de gravidade no mundo do trabalho e nas empresas. Seus currículos acadêmicos podem ser sérios, mas sua alma e seu foco estão na profissão ensinada, não no vestibular. Há bons exemplos brasileiros, principalmente no Senai e na Fundação Paula Souza (SP).
Há, porém, alternativas de preparar mão de obra para profissões de menor densidade técnica. Desde sempre, as pessoas aprendem fazendo. Automação dificilmente se aprende espiando quem sabe. Mas há centenas de ocupações exigindo menos bagagem técnica ou teórica prévia. Portanto, podem ser aprendidas em cursos mais curtos ou ao longo da vida profissional, ainda que mais lentamente. Mas entra aí um fator crítico, que é a qualidade da base educacional. Se é muito fraca, estamos mal. O profissional termina capenga no lado da teoria. A solução pode estar mais perto do que se pensa. Trata-se de repensar a velha e maltratada "escola acadêmica".
Nossa educação acadêmica está extraordinariamente distante do mundo real e de aplicações práticas do que é aprendido, o que quer que seja. O currículo não se transforma em habilidades que podem ser usadas pela vida afora, mas sim na memorização de fatos, datas e fórmulas que para nada servem. Isso é agravado pelo excesso de disciplinas que a escola tenta ensinar, com pífios resultados. Ainda pior, não há diversificação, pois todos dão as mesmas disciplinas, gostem ou não. Se uns querem ir para o mercado e outros para o vestibular, por que uma passarela única?
Consertar essa escola é um caminho pouco explorado e de grande potencial. Por que as escolas precisam ser tão enfadonhas? Por que os currículos não podem ser mais curtos, mais simples e focalizando o que cada perfil de aluno precisa para crescer na vida e na profissão futura? Não se trata de ensinar "conhecimentos práticos" (sem teoria), como plantar uma horta ou arquivar correspondência. Já se disse: não há nada mais prático do que uma teoria. Trata-se de aprender a teoria mediante sua aplicação na prática. Por exemplo, aprender matemática lidando com os problemas de números que encontramos na nossa vida. Que tal aprender a medir, a ler gráficos e tabelas, a interpretar desenhos técnicos? Ou entender o que está no papel e redigir corretamente? É melhor do que ouvir falar da lei de Pouillet, de Kirchhoff, do teorema de Binet, de D"Alembert, ou do plano de Argand-Gauss, contidos em livros do ensino médio. Impossível aprender isso tudo no tempo disponível.
Na realidade, trata-se de dedicar tempo a aprender algumas poucas ideias mediante aplicações, exercícios e projetos próximos da vida dos alunos e das ocupações que podem almejar. O objetivo é usar a prática para aprender a teoria. Obviamente, alguns alunos querem estudar engenharia ou medicina. Mas com a pletora de conteúdos, a maioria consegue apenas decorar as fórmulas. Isso não serve para nada, pois o que está por trás delas não foi realmente aprendido. Não que esses alunos sejam incapazes de aprender tais teorias, mas dado o tempo disponível isso não é viável.
Todos os países sérios oferecem currículos ou escolas diferenciadas, de forma a se adequarem aos interesses e ao equipamento intelectual dos alunos que chegam. É pura hipocrisia acreditar que todos cheguem ao ensino médio equipados para lidar com níveis de abstração em assuntos que em muitos países avançados são ensinados somente nos cursos superiores. Ou que todos tenham os mesmos interesses.
Como seria uma tal escola, forte em teoria, justamente porque insiste na sua aplicação prática? Dado o espaço aqui disponível, tomemos apenas um exemplo real mostrando a direção proposta. A Espanha desenvolveu um projeto chamado Aula Galileu (adotado no Uruguai). Para esse programa a escola dispõe de uma oficina multidisciplinar: madeira, metal, eletrônica, informática. O objetivo não é virar carpinteiro ou eletricista, mas preparar pequenos projetos individuais (ou de grupos). Depois de redigido o projeto, os alunos passam para a bancada, construindo o que planejaram. As atividades manuais fundem-se com os conteúdos do currículo acadêmico. Por exemplo, a construção de um medidor de continuidade mescla teoria de circuitos elétricos com sua construção. Ao fim, os alunos preparam um manual de uso, em inglês! A escola continua acadêmica, não vira profissional. Mas ilustra a direção para um verdadeiro programa acadêmico, não o pastiche que oferecemos.
(Claudio de Moura Castro, O Estado de S.Paulo, em 13 Agosto 2011 | 00h00)
Observe o trecho e a palavra destacada: seu status é mais baixo e os professores, discriminados no ambiente acadêmico.
Assinale o item verdadeiro em relação à palavra discriminados: