Questões de Português - Gramática - Semântica - Polissemia
102 Questões
Questão 6 13197027
UnirG Medicina 2024/1Texto para a questão
MEDO DE AGULHA? TÉCNICAS PROMETEM EFEITO
SEMELHANTE À ACUPUNTURA SEM PERFURAÇÃO
Apesar de especialistas dizerem que a acupuntura, quando realizada da maneira adequada, não deve causar dor, pessoas com fobia de agulhas, ou mesmo as crianças, podem resistir ao procedimento por causa (1) desses objetos.
Na prática, a técnica está diretamente associada às agulhas, “mas existem possibilidades de estimulação de pontos de acupuntura sem fazer o agulhamento”, explica o presidente da Associação Médica Brasileira de Acupuntura, Ruy Yukimatsu Tanigawa.
De acordo com o médico, (2) esses pontos estão associados ao sistema nervoso. O que significa que os estímulos passam pela coluna vertebral e podem chegar até a parte cerebral — provocando a inibição ou o equilíbrio do sistema.
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/medo-de-agulha-tecnicasprometem-efeito-semelhante-a-acupuntura-sem-perfuracao/
O verbo poder, nas duas ocorrências no texto acima, tem sentido de:
Questão 10 9764762
IMEPAC Itumbiara 2023/1A construção da mensagem comunicativa desse cartaz se dá a partir de um mecanismo de linguagem conhecido como
Questão 2 9764416
IMEPAC Araguari 2023/2O mecanismo de linguagem responsável pela construção da mensagem comunicativa do cartaz é
Questão 42 9498187
UNIFOR 1ª Fase Medicina 2023/1Fui me confessar ao mar. O que ele disse? Nada.
Disponível em https://www.revistabula. com. Acesso em: 11 out. 2022.
Esse texto de Lygia Fagundes Telles figura entre os “microcontos”, uma tendência de vanguarda minimalista. Com base na leitura do texto, analise as afirmativas.
I – A polissemia da palavra “nada” cria uma ambiguidade semântica.
II – Devido ao contexto, a palavra “nada” referese somente ao verbo nadar.
III – Na ambiguidade semântica, reside o caráter literário do texto.
IV – “Nada” poderia ser substituído por “coisa nenhuma” sem prejuízo do texto literário.
É correto apenas o que se afirma em
Questão 75 12392527
UECE 2ª Fase - 1º Dia 2021/1Texto
Padrão de beleza: mutante, mas sempre ao nosso redor
Fomos ensinadas a agradar e a nos
preocupar com a opinião alheia, a nos
[160] comportar de determinada maneira, a nos
vestir com roupas específicas, ter um tipo
de cabelo e por aí vai.
Quando não seguimos a cartilha,
algumas pessoas se sentem no direito de
[165] fazer comentários ou brincadeiras sobre
nossas características físicas sem ninguém
ter pedido uma opinião. Ao longo dos anos,
isso vai se internalizando em nós. Passamos
a ver como problema algo que nem era
[170] uma questão, dando poder a palavras
destrutivas.
Bom, nós sabemos que mesmo
racionalizando tudo isso, muitas vezes nos
pegamos inseguras por não apresentarmos
[175] um conjunto de traços que satisfaçam essas
expectativas.
Por muito tempo, fomos ensinadas a
agir dessa maneira. Quando não somos
magras o suficiente ou temos estrias, nos
[180] culpamos e seguimos em busca de melhorar
a todo custo. Entender essa dinâmica é o
primeiro passo para construir uma mudança
real e significativa em nossas vidas.
Se antes os grandes culpados eram
[185] os ensaios fotográficos e as campanhas
publicitárias estampados nas revistas
femininas, hoje somos bombardeadas por
centenas de imagens. Facebook, Instagram
e Pinterest estão aí para mostrar padrões
[190] de beleza corporal a todo o momento. Ou
seja, o padrão de beleza imposto pela
mídia agora também é encontrado nas
redes sociais. Uma das maiores
problemáticas desse ambiente é que,
[195] mesmo dando preferência para seguir
pessoas conhecidas, ainda há uma tentativa
constante, por parte de todas nós, de
mostrarmos uma existência maravilhosa.
São fotos e mais fotos de pessoas
[200] malhando loucamente, sem estrias ou sinais
de celulite. E pensamos: por que não eu?
Esse momento pode ser o mais perigoso
porque gera muitas frustrações.
Está tudo bem você querer perder
[205] uns quilinhos ou seguir um estilo mais
saudável, desde que seja uma escolha sua
e com acompanhamento médico. E esse é o
X da questão. Muitas vezes, queremos
alcançar níveis surreais de magreza ou
[210] definição que não têm nada a ver com a
gente.
Começamos a perseguir uma vida
que vemos em nosso feed, mas cujos
bastidores não conhecemos. Gastamos
[215] nosso salário em procedimentos estéticos,
dietas e para quê? Muitas vezes, apenas
para chegar a alguma meta difícil de ser
alcançada e que não combina com o nosso
estilo de vida e valores pessoais. [...]
[220] Se o seu ritmo é acordar mais cedo,
correr, voltar para a casa, comer uma
tapioca e se arrumar para o trabalho,
ótimo. Se você não é fã de uma rotina
regrada, gosta da sua alimentação do jeito
[225] que ela é, tudo certo também. E se um dia
você acordar e quiser mudar tudo, não tem
nenhum problema!
Sabemos que estamos falando de
um assunto delicado. No entanto,
[230] insistimos: escolha cuidar de você, da sua
saúde mental e da sua qualidade de vida
em primeiro lugar. E vamos nos apoiar
nesta caminhada, dando um passo por vez,
cada uma no seu ritmo. Vamos juntas, no
[235] agora ou no futuro, dizer: amo meu corpo
do jeitinho que ele é.
Texto adaptado. Disponível em https://www.pantys.com.br/blogs/pantys/padrao-debeleza-mutante-mas-sempre-ao-nosso-redor Acesso em 28 de maio de 2021.
O uso dos diminutivos destacados em “Está tudo bem você querer perder uns quilinhos” (linhas 204-205) e “amo meu corpo do jeitinho que ele é” (linhas 235-236) indica
Questão 63 12392309
UECE 2ª Fase - 1º Dia 2021/1Texto
POBREZA MENSTRUAL NO BRASIL:
DESIGUALDADES E VIOLAÇÕES DE DIREITOS
Pobreza menstrual é um conceito que
reúne em duas palavras um fenômeno
complexo, transdisciplinar e
multidimensional, vivenciado por meninas e
[5] mulheres devido à falta de acesso a
recursos, infraestrutura e conhecimento
para que tenham plena capacidade de
cuidar da sua menstruação. É recorrente o
total desconhecimento do assunto ou,
[10] quando existe algum conhecimento, há a
percepção de que este é um problema
distante da realidade brasileira. Imagina-se
que a pobreza menstrual atinja apenas
países que, no senso comum, seriam muito
[15] pobres ou mais díspares em termos de
desigualdade de gênero que o Brasil. Já
para o cenário brasileiro, com esforço,
eventualmente lembramos da situação de
mulheres encarceradas, mas não se
[20] observa a situação de meninas brasileiras
que vivem em condições de pobreza e
vulnerabilidade mesmo nas grandes
metrópoles, privadas de acesso a serviços
de saneamento, recursos para a higiene e
[25] até mesmo do conhecimento sobre o
próprio corpo.
O desconhecimento sobre o cuidado
da saúde menstrual pode afetar mesmo as
pessoas que não estão em situação de
[30] pobreza. Elas podem enfrentar a falta de
produtos para a adequada higiene
menstrual por considerarmos o absorvente
como um produto supérfluo ou ainda
porque, em geral, meninas de 10 a 19 anos
[35] não decidem sobre a alocação do
orçamento da família, sobrando pouca ou
nenhuma renda para ser utilizada para esse
fim, i.e., a compra de produtos e insumos
que ajudem a garantir a dignidade
[40] menstrual.
Além disso, não falar sobre a
menstruação já é um jeito de falar sobre
ela. A omissão demonstra preconceitos
perpetuados no dia a dia. Não nomear a
[45] menstruação usando no lugar eufemismos
como “estar naqueles dias”, “estar de
chico”, “regras”, significa tornar invisível um
fenômeno fisiológico e recorrente, além de
alimentar mitos e tabus extremamente
[50] danosos às mulheres, meninas e pessoas
que menstruam de maneira geral. São
muitas imposições culturais a partir do
momento que uma pessoa menstrua pela
primeira vez. Diz-se que ela “agora é
[55] mulher”, ordena-se que “feche as pernas” e
se comporte como “mocinha”, não
reconhecendo que essas meninas ainda são
crianças e não deveriam ser expostas a
crenças tão limitadoras e restritivas,
[60] expondo-as a tabus e sentimentos de
vergonha. Esse processo de
envergonhamento pode restringir a
participação em atividades esportivas, bem
como limitar as brincadeiras e a convivência
[65] com seus amigos, atos simples e tão
importantes para o desenvolvimento da
criatividade, coordenação motora,
percepção espacial, socialização, entre
outras competências importantes.
[70] É evidente que entraves para acessar
direitos menstruais representam barreiras
ao completo desenvolvimento do potencial
das pessoas que menstruam. Por isso, é
fundamental que se investigue mais
[75] profundamente o tamanho do impacto
econômico na vida delas, que pode gerar
reflexos ao longo da vida adulta. Faz-se
urgente entender, ainda, a importância das
perdas econômicas (ou não ganhos)
[80] implicadas, não só para elas como para
toda a sociedade. Além das questões
econômicas, garantir a dignidade menstrual
vai ao encontro da garantia dos direitos
sexuais e reprodutivos, sendo também uma
[85] maneira de assegurar o direito à autonomia
corporal e à autodeterminação para as
meninas, meninos trans e pessoas não
binárias que menstruam. A privação desses
direitos como caracterizada pela pobreza
[90] menstrual é, portanto, um problema
multidimensional que exige uma abordagem
multidisciplinar visando solucionar os
problemas decorrentes da não garantia dos
direitos humanos. Não é possível pensar em
[95] direitos menstruais sem considerar as
múltiplas realidades no Brasil. É preciso
uma abordagem interseccional da questão,
considerando diversidades raciais e
territoriais, entre outras, a fim de enfrentar
[100] o problema e elaborar soluções adequadas.
Não estamos tratando de categorias
homogêneas e a visibilidade da interação
entre distintos marcadores evidencia uma
profunda desigualdade no acesso às
[105] condições mínimas para o cuidado
menstrual.
Assim, esta publicação é motivada
pelo contraste entre o impacto negativo
gerado pela pobreza menstrual, com
[110] reflexos tanto para o desenvolvimento e
bem-estar das meninas, mulheres e
menstruantes de forma geral,
principalmente as mais vulneráveis, como
para a sociedade, em comparação à
[115] escassez de dados que visam analisar o
fenômeno e de trabalhos científicos que
analisam este problema, suas interações e
consequências. O contraste entre a
precariedade menstrual e a escassez de
[120] dados se mostra ainda mais preocupante se
associado ao alarmante cenário brasileiro,
que aponta para o fato de que cerca de
13,6 milhões de habitantes (cerca de 6,5%
da população) vivem em condições de
[125] extrema pobreza, ou seja, sobrevivendo
com menos de U$ 1,90 por dia (o
equivalente a R$ 151,00 por mês segundo
cotação vigente em 2019) e cerca de 51,5
milhões de pessoas estão abaixo da linha de
[130] pobreza (1 a cada 4 brasileiros vivendo com
menos de R$ 436,00 ao mês). A
necessidade de enfrentamento da pobreza e
redução das desigualdades incorpora
urgência ao tratamento do problema da
[135] pobreza menstrual e seu impacto nas
futuras gerações.
Além dos efeitos intergeracionais de
não garantir o direito à dignidade menstrual
das meninas, há um impacto econômico
[140] imediato gerado pela falta de políticas
públicas adequadas, que respondam à
pobreza menstrual agora, enquanto as
meninas, meninos trans e pessoas não
binárias vivenciam sua adolescência, um
[145] momento decisivo para o seu
desenvolvimento. A negligência de
necessidades menstruais resulta em
problemas que poderiam ser evitáveis,
desde alergias/irritações até aqueles que
[150] podem resultar em óbitos, como a síndrome
do choque tóxico. O investimento adequado
na saúde menstrual pode prevenir tais
problemas. Além disso, a falta de acesso
aos direitos menstruais pode resultar ainda
[155] em sofrimentos emocionais que dificultam o
desenvolvimento do pleno potencial das
pessoas que menstruam.
Relatório da UNICEF/2021) Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/media/14456/file/dignidademenstrual_relatorio-unicef-unfpa_maio2021.pdf Acesso em 28 de maio de 2021.
Considerando o texto, é correto dizer que o problema da pobreza menstrual
I. está distante da realidade brasileira.
II. é gerado pela falta de políticas públicas de amparo à mulher.
III. firma-se também por preconceitos perpetuados que omitem o assunto.
Estão corretas as complementações contidas em
Pastas
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