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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 5 1289678
CUSC 2019Leia o poema de Carlos Drummond de Andrade.
Tudo tem limite
exceto
o amor de Brigitte.
(Rodolfo Witzig Guttilla (org.). Boa companhia − Haicai, 2009.)
Representa uma paráfrase do poema:
Questão 7 6480325
PUC-Campinas 2018Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder à questão.
Lembrando e pensando a TV
Houve um tempo em que a TV − acreditem, ó jo
vens! − ainda não existia. Ouvia-se rádio, ia-se ao cine
ma. Mas um dia chegou às casas das pessoas um apa
relho com o som vivo do rádio acoplado a vivas ima
[5] gens, diferentes das do cinema, imagens chegadas de
algum lugar do presente, “ao vivo”. Logo saberíamos
que todas as imagens do mundo, inclusive os filmes do
cinema, poderiam estar ao nosso alcance, naquela
telinha da sala. Modificaram-se os hábitos das famílias,
[10] seus horários, sua disponibilidade, seus valores. A TV
chegou para reinar.
A variedade da programação já indicava o amplo
alcance do novo veículo: notícias, reportagens, musi
cais, desenhos animados, filmes, propagandas, seria
[15] dos, esportes, programas humorísticos, peças de teatro
− tudo desfilava ali, diante dos nossos olhos, ainda no
tubo comandado por grandes válvulas e com imagem
em preto e branco. Boa parte dos primeiros aparelhos
de TV tinham telas de 16 a 21 polegadas, acondicio
[20] nadas numa enorme e pesada caixa de madeira. Havia
uns três ou quatro canais, com alcance bastante limitado
e programação restrita a cinco ou seis horas por dia.
Mais tarde as transmissões passariam a ser via satélite
e ocupariam as 24 horas do dia.
[´25] Os custos da programação eram pagos pela publi
cidade, que tomava boa parte do tempo de transmissão.
Vendia-se de tudo, de automóveis a margarina, de xaro
pes para tosse a apartamentos. Filmetes gravados e
propagandas ao vivo sucediam-se e misturavam-se a
[30] notícias sobre exploração espacial, enquanto docume
ntários estrangeiros falavam da revolução russa, da
II Guerra, do nazismo e do fascismo, das convicções
pacifistas de Ghandi, das ideias do físico Einstein sobre
a criação e a legitimação da ONU etc. etc. Já as incur
[35] sões históricas propiciadas pelos filmes nos levavam ao
tempo de Moisés e do Egito Antigo, ao Império Romano
e advento do Cristianismo, tudo entremeando-se ao
humor de Chaplin, às caretas de Jerry Lewis e às trapa
lhadas das primeiras comédias nacionais do gênero
[40] chanchada. Houve também o tempo em que as famílias
se agrupariam diante dos festivais da canção, torcendo
por músicas de protesto, baladas românticas ou de
ritmos populares “de raiz”. Enfim, a TV oferecia a um pú
blico extasiado um espetáculo variadíssimo, tudo nas
[45] poucas polegadas do aparelho, que não tardou a incor
porar outras medidas, outros sistemas de funcioname
nto, projeção em cores e controle remoto.
As telas de plasma, o processo digital e a interface
com a informática foram dotando a TV de muitos outros
[50] recursos, até que, bem mais tarde, tivesse que enfrentar
a concorrência de outras telas, muito menores, portáteis,
disponíveis nos celulares, carregados de aplicativos e
serviços. Apesar disso, nada indica que a curto prazo
desapareçam da casa os aparelhos de TV, enriquecidos
[55] agora por incontáveis dispositivos.
No plano da cultura e da educação, a televisão
teve e tem papel importante. Os telecursos propiciam
informação escolar específica nas áreas de Matemática,
Física, História, Química, Língua e Literatura, fazendo
[60] as vezes da educação formal por meio de incontáveis
dispositivos pedagógicos, inclusive a dramatização de
conteúdos. Aqui e ali há entrevistas com artistas, polí
ticos, pensadores e personalidades várias, atualizando
ideias e promovendo seu debate. No campo da política,
[65] é relevante, às vezes decisivo, o papel que a TV tem na
formação da opinião pública. A ecologia conta, também,
com razoável cobertura, informando, por exemplo, sobre
os benefícios da reciclagem de lixo, da cultura de pro
dutos orgânicos e da energia solar.
[70] Seja como forma de entretenimento, veículo de
informação, indução aos debates e repercussão atuali
zada dos grandes temas de interesse social, a TV vem
garantindo seu espaço junto a bilhões de pessoas no
mundo todo. Por meio dela, acompanhamos ao vivo mo
[75] mentos agudos da política internacional, a divulgação
de um novo plano econômico do governo, a escalada da
violência urbana. Ao toque de uma tecla do controle re
moto, você pode se transferir, aleatoriamente, do palco
de um ataque terrorista para o final meloso de uma co
[80] média romântica.
Numa espécie de espelhamento multiplicativo e
fragmentário da nossa vida e dos poderes da nossa
imaginação, a TV vem acompanhando os passos da
vida moderna e ditando, mesmo, alguns deles, sem dar
[85] sinal de que deixará tão cedo de nos fazer companhia.
(Percival de Lima e Souto, inédito)
Seja como forma de entretenimento, veículo de informação, indução aos debates e repercussão atualizada dos grandes temas de interesse social, a TV vem garantindo seu espaço junto a bilhões de pessoas no mundo todo. Por meio dela, acompanhamos ao vivo momentos agudos da política internacional, a divulgação de um novo plano econômico do governo, a escalada da violência urbana. Ao toque de uma tecla do controle remoto, você pode se transferir, aleatoriamente, do palco de um ataque terrorista para o final meloso de uma comédia romântica.
Segmentos do parágrafo acima vêm, a seguir, associados a uma reformulação. A nova redação que não prejudica a clareza, a correção e o sentido originais é:
Questão 41 134638
UNEMAT 2016/2SAPO-CURURU
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Oh que sapo gordo!
Oh que sapo feio!
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Quando o sapo coaxa,
Povoléu tem frio.
Que sapo mais danado,
Ó maninha, Ó maninha!
Sapo-cururu é o bicho
Pra comer de sobreposse.
Sapo-cururu
Da barriga inchada.
Vôte! Brinca com ele...
Sapo cururu é senador da República.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
No texto de Bandeira está explícito o procedimento de intertextualidade caracterizado pelo diálogo que um texto estabelece com outro, o que faz desse poema:
Questão 3 155957
UFT 2015Famílias trocaram a cidade pelo campo para ter uma vida simples
Trocar o campo pela cidade à procura de uma vida melhor sempre foi a opção mais comum. Porém, algumas famílias, cansadas do caos urbano, estão fazendo o caminho inverso, deixando os grandes centros para viver literalmente no meio do mato.
São pessoas que cursaram faculdade, desfrutavam de certo conforto na cidade, mas não aguentavam mais a correria, falta de liberdade, o trânsito e o excesso de consumo. Em busca de uma vida mais simples e saudável, elas não têm medo de encarar a enxada e descobrir um novo modo de sobreviver.
Para a mineira Manuella Melo Franco, 34, a chegada do primeiro filho foi o empurrão que faltava para deixar a cidade e, finalmente, experimentar uma vida mais tranquila e autossustentável, ao lado do companheiro Hugo Ruax. "O nascimento do Tomé reforçou esse nosso desejo. Queríamos oferecer a ele uma infância mais próxima da natureza, longe dos valores consumistas e da loucura da cidade", diz a fotógrafa e jornalista.
A mudança da família de Lagoa Santa (MG) para uma fazenda em Piatã, na Chapada Diamantina (BA), aconteceu em agosto do ano passado, quando Manuella estava grávida de sete meses de Nina, a segunda filha do casal. Porém, esse fato não foi motivo de preocupação.
O que mais pesava na decisão era a falta de dinheiro. O casal trabalhava para juntar o máximo possível, entretanto, nunca parecia suficiente, já que os gastos não diminuíam. "Era como correr atrás do rabo. Então decidimos vender o carro, os móveis da casa, tudo o que tínhamos e ir embora. Porque se a gente ficasse esperando o dinheiro ele não ia chegar nunca", conta Manuella.
O catarinense Marinaldo Pegoraro, 54, também não demorou muito para deixar o apartamento em Curitiba (PR), onde residiu nos últimos 11 anos, para ir viver com a mulher e as duas filhas adolescentes no Sítio Serra Dourada em Delfim Moreira, no extremo sul de Minas Gerais. Depois de decidir pela mudança, a família organizou tudo em 13 dias.
Pegoraro vendeu sua parte na sociedade de uma empresa do ramo imobiliário e passou a cultivar oliveiras, morangos e hortaliças. "Não queria passar a vida inteira fazendo a mesma coisa. E também tinha essa vontade de produzir meu próprio alimento, de viver mais em contato com a natureza", conta o empresário que virou agricultor orgânico.
A violência e a desigualdade também o incomodavam. "Não permitia que minhas filhas saíssem do prédio. Existe um esgotamento desse modelo de vida urbano", diz Marinaldo Pegoraro, sem sentir falta dos shoppings e feliz de poder trabalhar na terra e ouvir o canto dos pássaros.
D´ELBOUX, Yannik. In: Mulher UOL 18/04/2014. Disponível em: ). Acesso em: 02 mar. 2015 (texto adaptado).
Sobre o trecho: “O casal trabalhava para juntar o máximo possível, entretanto, nunca parecia suficiente, já que os gastos não diminuíam”, presente no 5º parágrafo, marque a alternativa CORRETA que apresenta a reescrita dessa frase e mantém o mesmo sentido.
Questão 51 113372
UFGD 2014Futebol é uma caixinha de surpresas e a origem de expressões futebolísticas
1. Quantas vezes você ouviu dizer que “o futebol é uma caixinha de surpresas”? A expressão que virou clichê foi inventada pelo comentarista Benjamim Wright, pai do ex-árbitro José Roberto Wright. Essa é apenas uma das famosas expressões do jargão futebolístico que o jornalista esportivo Marcelo Duarte colocou no livro “O Guia dos Curiosos – Língua Portuguesa”. Conheça algumas outras:
5. Cartola - Antigamente, o futebol era um esporte aristocrático. Os uniformes dos jogadores tinham até gravata, e alguns dirigentes usavam cartola. Com o tempo, o termo ganhou conotação pejorativa, passando a classificar dirigentes de entidades esportivas que se aproveitam de sua posição em benefício próprio. O cartola mais folclórico talvez seja Vicente Matheus, presidente do Corinthians durante
8 mandatos e autor de frases célebres como “Quem está na chuva é para se queimar” e “O Sócrates é invendável e imprestável”.
10. Craque - No turfe, os ingleses chamavam o melhor cavalo no páreo de crack horse. O futebol copiou o termo e passou a designar de crack os melhores jogadores de um time. A palavra foi aportuguesada para “craque”. Sem dúvida alguma, era o termo que melhor definia os jogadores da Seleção Brasileira tricampeã do mundo em 1970.
13. Frango - A origem da palavra “frango” para se referir a uma falha do goleiro não está registrada, mas desconfia-se que a explicação mais coerente seja a de que, ao escapar das mãos do goleiro, a bola parece estar “viva”, como se imitasse o baile que um frango no galinheiro costuma dar em quem tenta capturá-lo.
16. Gol de placa - A famosa expressão, utilizada para se referir ao gol que encanta o público por sua plasticidade e beleza, é criação do jornalista Joelmir Beting, falecido em 2012. A invenção ocorreu depois de uma partida entre Santos e Fluminense, válida pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa, no dia 5 de março de 1961. Naquele jogo, Pelé recebeu a bola no campo de defesa e arrancou em direção ao gol, driblando seis adversários no caminho. Maravilhado com a cena, o repórter mandou fazer uma placa de bronze para colocar no saguão do estádio, com os dizeres “Neste estádio, Pelé marcou no dia 5 de março de 1961 o gol mais bonito da História do Maracanã”. A partir daquele momento, a expressão passaria a ser cada vez mais utilizada por narradores e comentaristas, ficando eternizada no dicionário futebolístico.
23. Olé - Expressão com que a torcida comemora uma sequência de toques do seu time na bola sem que o adversário consiga recuperá-la. Típica das touradas, foi adaptada para o futebol no México, onde os torcedores a empregavam para ovacionar os dribles de Garrincha durante a temporada que o Botafogo fez no país em 1958. Já o ex-craque Zito garante que o termo foi lançado pela primeira vez por torcedores peruanos saudando os toques de bola do Santos numa excursão que o time de Pelé fez no Peru na década de 1960. Qualquer que seja a versão verdadeira, é inegável que as homenagens foram merecidas.
28. Sururu - Essa é pouco conhecida atualmente, mas já foi bastante utilizada para fazer menção às brigas ocorridas nos estádios de futebol, tanto dentro quanto fora de campo. A palavra vem do tupi-guarani “suru’ru”, que significa “caranguejo”. Como vivem sempre juntos, os caranguejos dão a impressão de estar sempre brigando, o que não é totalmente verdade. Mesmo assim, foi daí que nasceu a metáfora para designar qualquer tumulto ou confusão. Na decisão do Campeonato Paulista de 1999, os jogadores do Palmeiras não reagiram bem quando o corintiano Edilson começou a bater embaixadinhas na lateral do campo. O tumulto foi tão grande que a partida teve de ser encerrada aos 30 minutos do segundo tempo, o que deu o título ao alvinegro.
34. Virar a mesa - Provavelmente, essa é uma das expressões mais ouvidas no futebol. Ela teve origem há cerca de 400 anos, com o jogo de gamão, que, no entanto, já era praticado bem antes disso; ele surgiu no século X e consta que tenha sido inventado a partir do Ludus duodecim scriptorium, ou “jogo de doze linhas”, jogado na Roma Antiga. Até o século XVII, o gamão era conhecido como “mesas” na Inglaterra, e mesmo hoje o tabuleiro é normalmente dividido em duas ou quatro “mesas” ou seções. Durante o jogo, há vários momentos dramáticos em que a sorte muda de lado não porque o tabuleiro muda de posição, mas devido a uma regra que permite ao jogador dobrar suas apostas sob certas circunstâncias e, literalmente, virar a mesa.
(Adaptado do Blog do Curioso, disponível em www.guiadoscuriosos.com.br)
Antigamente, o futebol era um esporte aristocrático. Os uniformes dos jogadores tinham até gravata, e alguns dirigentes usavam cartola.
Essas duas frases podem ser escritas num único período, mantendo o sentido original, da seguinte forma:
Questão 5 45677
Mackenzie 2013/1Fernando Sabino disse uma vez que fez muitos cursos, mas
ganhava a vida com o curso de datilografia. Posso dizer que ganhei
a vida com o curso de datilografia do meu amigo Geraldo Mayrink.
Conto.
[5] Primeiro, lembro a todos: naquele tempo, os anos 1960, era
perigoso ter amigos. Certos amigos. Você podia ser preso por
conhecer pessoas, por permitir que um camarada da vida inteira
passasse uma noite na sua casa apenas para descansar.
Numa noite, agentes que trabalhavam para o governo apanharam
[10] a mim e ao Geraldo em nossos locais de trabalho. Fomos levados
num daqueles carros que se tornaram sinistros na época, espremidos
entre dois agentes, com metralhadoras na mão e pistolas na cintura.
Proibidos de falar um com o outro ou com eles.
Depois de inter rogados longamente, separadamente,
[15] alternadamente, como nossas histórias se casaram, eles disseram
que até poderíamos ser dispensados, mas teríamos de ficar até de
manhã, esperando a turma que renderia a deles, para datilografar as
informações dos nossos depoimentos. Nenhum deles sabia escrever
a máquina, como se dizia.
[20] Aí veio a presença de espírito do Geraldo. Ele se propôs, se
não se importassem, a datilografar o que havíamos contado. Para
surpresa nossa, aceitaram. Geraldo escreveu com aquela rapidez
dos bons datilógrafos de dez dedos e dos jornalistas seguros, trocou
pormenores com eles, finalizou, eles leram, passando o papel de uns
[25] para os outros, acharam o que estava o.k., nos libertaram e fomos
embora. Salvos.
Na segunda passada (27/08/2012), fez três anos que o Geraldo
morreu, e me lembrei dele, e de tudo isso. O bate-pronto dele e seu
curso de datilografia nos salvaram do pior naquela noite.
Adaptado de Ivan Angelo, Revista Veja São Paulo, 05/09/2012, p. 154
Em termos de coesão, coerência e uso adequado da linguagem, assinale a alternativa que apresenta a paráfrase mais adequada do trecho abaixo.
Fomos levados num daqueles carros que se tornaram sinistros na época, espremidos entre dois agentes, com metralhadoras na mão e pistolas na cintura. Proibidos de falar um com o outro ou com eles.