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Acesse GrátisQuestões de Português - Leitura e interpretação de textos
Questão 20 6009289
UNICAMP 1° Fase 2022Na ribeira do Eufrates assentado,
Discorrendo me achei pela memória
Aquele breve bem, aquela glória,
Que em ti, doce Sião, tinha passado.
Da causa de meus males perguntado
Me foi: Como não cantas a história
De teu passado bem e da vitória
Que sempre de teu mal hás alcançado?
Não sabes, que a quem canta se lhe esquece
O mal, inda que grave e rigoroso?
Canta, pois, e não chores dessa sorte.
Respondi com suspiros: Quando cresce
A muita saudade, o piedoso
Remédio é não cantar senão a morte.
(Luís de Camões, 20 sonetos. Org. Sheila Hue. Campinas: Editora da Unicamp, 2018, p.113).
Considerando as características formais e o núcleo temático, é correto afirmar que o poema retoma o dito popular
Questão 10 6264014
UNESP 2022/1Para responder a questão, leia a cena inicial da comédia O noviço, de Martins Pena.
AMBRÓSIO: No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo homem pode ser rico, se atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que, resolvido a empregar todos os meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos, era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda serei. O como não importa; no bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver de responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa. As leis criminais fizeram-se para os pobres...
(Martins Pena. Comédias (1844-1845), 2007.)
A fala de Ambrósio contém um elogio
Questão 10 6272524
UNESP 2022/2Examine a tirinha de André Dahmer.
Na tirinha, o personagem que fala ao microfone
Questão 7 6303067
UFT Manhã 2022Texto
Depoimentos de migrantes que atualmente residem no Estado do Tocantins
Leia as afirmativas a seguir:
I. Em: “Morei no interior do Estado por alguns anos. Hoje moro em Palmas”, os verbos em destaque estão conjugados, respectivamente, na primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo e na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. (Estudante, 22 anos, Rondônia).
II. Em: “Saímos do Tocantins, mas voltamos em 2000. Hoje, eu estou terminando a faculdade e trabalho”, os verbos em destaque estão conjugados, respectivamente, na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo e na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. (Estudante, 30 anos, Pará).
III. Em: “Vim porque meus pais desejavam melhor qualidade de vida”, os verbos em destaque estão conjugados, respectivamente, na primeira pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo e na primeira pessoa do plural do presente do indicativo. (Estudante, 19 anos, Pernambuco).
IV. Em: “Minha família e eu mudamos para Palmas no final de 2004. Viemos sob a perspectiva de que aqui existiam oportunidades”, os verbos em destaque estão conjugados, respectivamente, na primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo e na terceira pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo. (Estudante, 21 anos, São Paulo).
Assinale a alternativa CORRETA
Questão 5 6325358
CESMAC Medicina 1° Dia 2022TEXTO
Ninguém nasce escritor; e o processo que transforma alguém em um artista da palavra é um enigma. Entretanto, existem evidências de escritores que travaram lutas com as palavras e muitos passam por etapas semelhantes aos redatores leigos ou iniciantes. É preciso, antes de tudo, compreender que todas as pessoas podem chegar a produzir bons textos e que isso não é uma questão de ser beneficiado ou abençoado pelos deuses, que favorecem o nascimento de talentosos. É necessário identificar bloqueios, porventura construídos ao longo de um percurso continuado e persistente.
(Nilson de Souza. Zero Hora. 17/7/1996) Fragmento adaptado.
As considerações divulgadas pela Linguística até agora dão conta de que a modalidade oral da linguagem é aprendida espontaneamente pelas crianças, enquanto a modalidade escrita exige um longo processo de instrução formal. Na verdade, o ensino institucional da escrita exige ou pressupõe:
1) a exposição prática a diferentes tipos e gêneros de textos escritos, como também de diferentes funções interativas.
2) atividades de produção de textos, conforme os recursos da continuidade semântica, estipulados pelas teorias textuais da coesão e da coerência.
3) a correção gramatical e léxica, que corresponde a uma exigência textual, em qualquer situação de interação verbal
4) a apresentação organizada dos recursos formais e de conteúdos que permitam uma argumentação coerente e esclarecedora.
5) a seleção de um vocabulário erudito em qualquer situação da atividade verbal e da interação social.
Estão corretas as alternativas:
Questão 7 6636212
UFGD 2022AS SINHÁS PRETAS DA FOLHA
Começo a ler o artigo e pauso. Verifico a data do jornal: não é o século 19.
Thiago Amparo
Abro este jornal. Nele, um artigo sobre "negras prósperas no ápice da escravidão". Eu pauso. Verifico a data do jornal: não é o século 19. Continuo a leitura. O autor promete "complicar as narrativas de ativistas"; afirma que a "culpada é a época e seus valores diferentes dos nossos"; e que nos traria "maturidade e conciliação" com as "lindas histórias de vida das sinhás pretas".
Munido da falácia reacionária que lhe é característica, Narloch usa histórias individuais para mascarar a brutalidade do seu argumento: legitimar a escravidão ao relativizá-la. Imagino como se sentiriam as escravas diariamente estupradas lendo seu texto; ou os escravos doentes jogados ao mar: faltou-lhes capitalismo?
É peculiar da branquitude discutir o horror tomando chá: imagino as horas que serão gastas para se debater, com calma, se a linha editorial da barbárie foi ou não cruzada. Não há zona cinzenta aqui. O problema não é fazer referência a "negras minas" — que eventualmente enriqueceram — ou a outras figuras históricas, o problema é, de forma ao mesmo tempo risível e desonesta, utilizá-las para suavizar a brutalidade da escravidão.
O que está em jogo é se a pluralidade que este jornal preza inclui racismo. Jornais são documentos históricos: eu me reservo a dignidade derradeira de dizer com todas as letras que a coluna de Leandro Narloch é racista; que publicá-la faz do jornal conivente; e que em algum momento a corda do pluralismo esticou a tal ponto que nos enforcará.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/thiago-amparo/2021/09/as-sinhas-pretas-da-folha.shtml?origin=uol . Acesso em: 15 out. 2021 (adaptado).
Assinale a alternativa que apresenta a análise correta sobre o texto.