Questões de Português - Leitura e interpretação de textos
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Após a leitura da charge, analise as afirmativas.
I . O uso social da tecnologia apresenta uma distorção entre fala e ação.
II . A charge expõe os benefícios da Internet.
III . Expressa uma crítica por meio de ironias.
IV . Em “E NÃO HÁ COVARDIA/ Nova mensagem: ‘Eu não te amo mais”, temos uma crítica à indiferença presente nas relações humanas.
É correto apenas o que se afirma em
o major citava o prestígio que meu pai gozava entre os subordinados. A todo o oficialato ele se impunha pelo exemplo, como ao sacrificar suas horas de repouso e lazer no recesso do lar para se ocupar dos seus prisioneiros noite adentro. O major explicava à minha mãe que esses delinquentes, tanto homens quanto mulheres, ficavam horas pendurados numa barra de ferro, mais ou menos como frangos no espeto. (p. 162)
Considerando que o conto faz referência à década de 1970, o trabalho do pai do narrador, mencionado no trecho acima, consiste em:
Leia os fragmentos a seguir extraídos de “A carta de Pero Vaz de Caminha”.
“E uma daquelas moças era toda tingida, de baixo a cima, daquela tintura; e certamente era tão bem feita e tão redonda, e sua vergonha – que ela não tinha! – tão graciosa, que muitas mulheres de nossa terra, vendo-lhes tais feições, provocaria vergonha, por não terem as suas como a dela”. (p. 83)
“Os outros dois que o capitão teve nas naus, [...] nunca mais aqui apareceram, fatos que me induzem a pensar que se trate de gente bestial e de pouco saber, e por isso mesmo tão esquivas [...]. E naquilo sempre mais me convenço que são como aves ou animais”. (p. 88)
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma [...]. E portanto Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar à santa fé católica, deve cuidar da salvação deles”. (p. 94)
Fonte: CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 2000. (Adaptado)
Considere as afirmativas a seguir.
I → O jogo com a palavra “vergonha” é intencional significando, no primeiro caso, órgão sexual feminino e, no segundo, constrangimento.
II → O mundo novo é o paraíso terrestre, habitado por pecadores que devem ser expulsos.
III → A comparação com animais inferioriza o povo indígena, que se deve subordinar ao poder e à religião do conquistador.
IV → A salvação dos indígenas se daria com a conversão ao Cristianismo, preparando o terreno para a catequização empreendida com a vinda da Companhia de Jesus.
Está(ão) correta(s)
Para responder à questão, considere o texto a seguir.
ÚLTIMA CARTA DE PAUL KLEE AOS GATOS DA SUA VIDA
Queridos Nuggi, Fritzy e Binho,
Chegando ao fim da minha vida, dirijo-vos esta
carta para vos dar conta da importância que tiveram
no meu atribulado percurso como pintor.
[5] Creio que não teria chegado aonde cheguei como
artista do meu tempo sem o vosso amor e a inspi-
ração que nunca me regatearam.
Fiz questão de vos manter presentes em tudo
quanto fiz, desde as cartas aos poemas, passando,
[10] naturalmente, pelos quadros em que tentei modes-
tamente representar-vos.
Vocês acompanharam-me nas horas de sofr-
imento e de incerteza, de exílio e de privação, mas
também naquelas que me deram a ilusão da feli-
[15] cidade. Primeiro, o meu querido Nuggi, cinzento e
meigo, ainda nos anos da juventude; depois, Fritzy,
tigrado, brincalhão e matreiro, a quem também
chamei Fripouille, nos tempos mais intensos da
criação pictórica e também do reconhecimento ar-
[20] tístico pelo público e pela crítica; por fim, Bimbo,
branco e discreto, já nos anos da doença e da de-
cadência física, sempre dedicado, sempre presente,
sempre terno e atento.
Devo confessar que sempre vislumbrei em vós um
[25] toque do sagrado, porque não hesito em considerar-vos
seres divinos, que eu não fui capaz de retratar com
o talento merecido nas telas e nos desenhos em que
vos tentei eternizar. Sim, é verdade que vos escrevi
cartas, sobretudo a Bimbo, já no fim da vida, e que
[30] não tinha sossego nos meus telefonemas sempre
que me diziam que algum de vocês estava doente ou
andava fugido. Isso nunca foi uma fraqueza minha e
sim uma das principais manifestações do amor que
consegui partilhar com outros seres.
[35] Ainda assim, alguns dos quadros de que mais
gosto são precisamente aqueles em que vos reser-
vei lugar, com títulos como O Gato e o Pássaro ou
A Montanha do Gato Sagrado. Os gatos ajudaram
também a fortalecer amizades com artistas e poetas
[40] que comungam comigo esse amor e essa admiração
irrenunciáveis. Foi o que aconteceu com Rainer Maria
Rilke. Até isso eu vos fiquei a dever, tributo reserva-
do a um pintor que tentou sempre estar à altura da
vossa ternura e infinita capacidade de dádiva.
[45] Agora que estou de partida, levo comigo a re-
cordação do que vocês foram para mim e a con-
vicção de que não teria sido o que fui, nem teria
chegado aonde cheguei, sem o vosso amparo e a
vossa dedicação. No meu íntimo, sei que volta-
[50] remos a encontrar-nos, porque não pode acabar
no perecível mundo material e terreno um amor
como foi o nosso.
Eternamente vosso,
Paul Klee
Fonte: LETRIA, J. J. Última carta de Paul Klee aos gatos da sua vida. In: LETRIA, J. J. Amados gatos: pequenas histórias de gatos célebres. Oficina do Livro: Alfragide, Portugal, 2005. (Adaptado)
Os termos “primeiro” (ℓ. 15), “depois” (ℓ. 16) e “por fim” (ℓ. 20) são empregados para indicar
Para responder à questão, considere o texto a seguir.
ÚLTIMA CARTA DE PAUL KLEE AOS GATOS DA SUA VIDA
Queridos Nuggi, Fritzy e Binho,
Chegando ao fim da minha vida, dirijo-vos esta
carta para vos dar conta da importância que tiveram
no meu atribulado percurso como pintor.
[5] Creio que não teria chegado aonde cheguei como
artista do meu tempo sem o vosso amor e a inspi-
ração que nunca me regatearam.
Fiz questão de vos manter presentes em tudo
quanto fiz, desde as cartas aos poemas, passando,
[10] naturalmente, pelos quadros em que tentei modes-
tamente representar-vos.
Vocês acompanharam-me nas horas de sofr-
imento e de incerteza, de exílio e de privação, mas
também naquelas que me deram a ilusão da feli-
[15] cidade. Primeiro, o meu querido Nuggi, cinzento e
meigo, ainda nos anos da juventude; depois, Fritzy,
tigrado, brincalhão e matreiro, a quem também
chamei Fripouille, nos tempos mais intensos da
criação pictórica e também do reconhecimento ar-
[20] tístico pelo público e pela crítica; por fim, Bimbo,
branco e discreto, já nos anos da doença e da de-
cadência física, sempre dedicado, sempre presente,
sempre terno e atento.
Devo confessar que sempre vislumbrei em vós um
[25] toque do sagrado, porque não hesito em considerar-vos
seres divinos, que eu não fui capaz de retratar com
o talento merecido nas telas e nos desenhos em que
vos tentei eternizar. Sim, é verdade que vos escrevi
cartas, sobretudo a Bimbo, já no fim da vida, e que
[30] não tinha sossego nos meus telefonemas sempre
que me diziam que algum de vocês estava doente ou
andava fugido. Isso nunca foi uma fraqueza minha e
sim uma das principais manifestações do amor que
consegui partilhar com outros seres.
[35] Ainda assim, alguns dos quadros de que mais
gosto são precisamente aqueles em que vos reser-
vei lugar, com títulos como O Gato e o Pássaro ou
A Montanha do Gato Sagrado. Os gatos ajudaram
também a fortalecer amizades com artistas e poetas
[40] que comungam comigo esse amor e essa admiração
irrenunciáveis. Foi o que aconteceu com Rainer Maria
Rilke. Até isso eu vos fiquei a dever, tributo reserva-
do a um pintor que tentou sempre estar à altura da
vossa ternura e infinita capacidade de dádiva.
[45] Agora que estou de partida, levo comigo a re-
cordação do que vocês foram para mim e a con-
vicção de que não teria sido o que fui, nem teria
chegado aonde cheguei, sem o vosso amparo e a
vossa dedicação. No meu íntimo, sei que volta-
[50] remos a encontrar-nos, porque não pode acabar
no perecível mundo material e terreno um amor
como foi o nosso.
Eternamente vosso,
Paul Klee
Fonte: LETRIA, J. J. Última carta de Paul Klee aos gatos da sua vida. In: LETRIA, J. J. Amados gatos: pequenas histórias de gatos célebres. Oficina do Livro: Alfragide, Portugal, 2005. (Adaptado)
Considerando que o texto é uma representação do envolvimento emocional do pintor com seus gatos e que tal envolvimento se materializa por meio de diferentes palavras, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa a seguir.
( ) O verbo “acompanharam” (ℓ. 12) indica que Paul Klee julga de forma positiva a constância com que os gatos se mantiveram ao seu lado em distintos momentos.
( ) O termo “atribulado” (ℓ. 04) assinala que a relação entre Paul Klee e seus gatos nem sempre foi positiva.
( ) Adjetivos como “meigo” (ℓ. 16), “matreiro” (ℓ. 17) e “terno” (ℓ. 23) contribuem para a personificação dos gatos e, assim, para estabelecer simetria entre humanos e animais.
( ) Expressões como “toque do sagrado” (ℓ. 25) e termos como “divinos” (ℓ. 26) atribuem aos gatos características que, no fluxo do texto, representam a relação destes com os humanos em deslocamento de uma posição de paridade para uma posição de superioridade.
A sequência correta é
Disponível em: https://blogger. googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/ AVvXsEigOqd2wVJ6B_. Acesso em: 16 out 2023.
Apartir da leitura dos quadrinhos, podemos inferir que
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