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Acesse GrátisQuestões de Português - Leitura e interpretação de textos
Questão 39 2596230
FIP-Moc Medicina 2020/1 Barcos atracados, pequenas plantações e casas de barro que fazem parte do típico cenário das comunidades ribeirinhas e barranqueiras, e ainda resistem ao tempo, no Norte de Minas. Mas, cada vez mais, elas convivem com o aumento da degradação do rio e seu entorno. O relato faz parte da experiência que teve o professor Cássio Alexandre Silva, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), ao descer o leito do Rio São Francisco por quase 300 quilômetros, durante sete dias, entre julho e agosto.
O resultado da expedição, que percorreu 282 quilômetros entre as cidades de Pirapora e Januária, pode ser visto na exposição “Amigos do Velho Chico: Olhares Atentos, Naturezas das Geograficidades no Sertão dos Gerais Mineiro”, organizada pelo pesquisador. (...)
Nas imagens selecionadas para a exposição, há flagrantes de bombeamentos de água em grande escala para propriedades rurais e agroindústria, corte de lenhas em série, além de grandes bancos de areia e grandes áreas às margens, que deveriam ser de mata ciliar, totalmente desprotegidas ou com árvores e vegetação de pequeno ou, no máximo, médio porte. (...)
“O processo de degradação está cada vez mais acelerado”, revela o professor. (...)
“Fica mais uma vez o alerta de como estamos perdendo o rio aos poucos”, conclui Cássio.
(...)
Novo Jornal de Notícias – 18.9.2019 (com adaptação)
Nessa reportagem:
Questão 29 6146041
UEA-Específico Exatas 2020Leia os parágrafos de E. H. Gombrich para responder à questão.
Nada existe realmente a que se possa dar o nome Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram homens que apanhavam um punhado de terra colorida e com ela modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém dar o nome de arte a todas essas atividades, desde que se conserve em mente que tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo como um bicho-papão, como um fetiche. Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser excelente a seu modo, só que não é “Arte”. E podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja contemplando com deleite uma tela, declarando que aquilo que ela tanto aprecia não é Arte, mas uma coisa muito diferente.
Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar de uma estátua ou de uma tela. Alguém pode gostar de certa paisagem porque esta lhe recorda a terra natal ou de um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. Todos nós, quando vemos um quadro, somos fatalmente levados a recordar mil e uma coisas que influenciam o nosso agrado ou desagrado. Na medida em que essas lembranças nos ajudam a fruir do que vemos, não temos por que nos preocupar. Só quando alguma recordação irrelevante nos torna preconceituosos, quando instintivamente voltamos as costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não gostamos de praticar o alpinismo, é que devemos sondar o nosso íntimo para desvendar as razões da aversão que estraga um prazer que, de outro modo, poderíamos ter tido. Existem razões erradas para não se gostar de uma obra de arte.
(A história da arte, 2012.)
De acordo com o primeiro parágrafo do texto,
Questão 6 222029
UNINTA 2016/2Em plena celebração do 50º aniversário de Mafalda, Quino lamenta que, hoje em dia, haja mais gente pobre do que quando sua personagem nasceu, ou que aconteçam coisas "tão preocupantes" como as "bárbaras decapitações do Estado Islâmico".
Aos 82 anos, as preocupações de Quino continuam sendo as mesmas de quando criou a personagem, ingênua e esperta, em 1964.
"As ideias que a Mafalda propaga são as minhas, e eu não sou um homem feliz a essa altura, vendo tudo que acontece no mundo. Estou bastante amargurado e transmiti a minha personagem as amarguras que eu sinto", explicou o cartunista.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/10/1525681-mafalda-esta-cada-dia-mais-atual-lamenta-quino-nos-50-anos-da-tirinha.shtm
Após leitura detalhada do texto, pode-se inferir que:
Questão 4 5134063
ACAFE Medicina Inverno 2021Texto
A luta pelo acesso a medicamentos continua no Brasil
A data de 8 de setembro é lembrada por ser o Dia Nacional de Luta por Medicamentos, momento para comemorar as conquistas e reconhecer as dificuldades das associações e entidades que batalham diariamente para garantir o direito dos pacientes com doenças graves a tratamentos médicos em todo o país.
São muitos obstáculos enfrentados pelo cidadão brasileiro, principalmente a população de baixa renda, que sofre diariamente com restrições terapêuticas e falta de medicações essenciais para a inibição de diversas moléstias.
Ao longo dos anos, deparamos com a criação de inúmeros programas, como o Farmácia Popular, que oferece de fralda geriátrica a medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, além de desconto nos remédios para colesterol alto, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma e até contraceptivos.
Outra inovação importante foi a quebra de patentes de laboratórios farmacêuticos, que expandiu o acesso a terapias e permitiu a cura de inúmeros pacientes, acompanhada da permissão para comercializar medicamentos genéricos.
No entanto, as medidas públicas não foram suficientes para resolver o problema de acesso na saúde brasileira. Para prescrição e dispensação de remédios nos serviços do SUS, o Ministério da Saúde defende a relevância da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) e a importância da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec). No entanto, esses dispositivos não raro se mostram um empecilho para o abastecimento da rede pública.
Não bastasse a morosidade dos órgãos públicos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também é responsável pela avaliação para incorporação da tecnologia no país e edita esporadicamente uma lista chamada Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, popularmente conhecida como Rol da Agência Nacional de Saúde (ANS). Essa lista pauta os medicamentos e procedimentos de cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde.
A demora evita que o rol acompanhe o avanço da ciência. Além disso, tanto o SUS quanto os convênios negam fornecimento das medicações mais atualizadas, alegando muitas vezes que são de uso off label (fora da bula), não incluído no rol da ANS ou na lista do SUS, importado ou de alto custo.
Nessa mesma linha de raciocínio, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo sedimentou o entendimento por intermédio da Súmula nº. 102: “Havendo expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob argumento da sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da ANS”
Para não restar dúvidas sobre o assunto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) consolidou que os convênios médicos devem colocar à disposição dos beneficiários todas as opções terapêuticas disponíveis, inclusive o uso das drogas prescritas pelo médico.
O dia 8 de setembro tem como objetivo lembrar o necessário equilíbrio entre os interesses e a concretização dos direitos fundamentais, em detrimento da questão financeira. O judiciário tem um papel importante para proteger os mais necessitados, impedindo as injustiças ao repelir as negativas abusivas de fornecimento dos fármacos, sendo uma esperança para todos os brasileiros que lutam pelo acesso aos medicamentos.
KOTA, Tatiana. Disponível em:https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/a-luta-pelo-acesso-a-medicamentos-continua-no-brasil/. Acesso em: 06 de mai 2021. Postado em: 08 set 2020. Adaptado.
Analise as frases retiradas do texto e assinale aquela que apresenta um argumento de causa.
Questão 7 5269865
FAMEMA 2021Leia o trecho inicial da crônica “Os segredos do spa”, de Moacyr Scliar, para responder à questão.
Diferente de SPC, a palavra Spa não é uma sigla, não se trata de nenhum Serviço-de-Proteção-a-Qualquer-Coisa. É o nome de uma cidade da Bélgica, famosa, desde o século 14, por suas águas minerais. Século 14, sim: é muito antiga a crença do homem no poder dessas águas que brotam do seio da terra, aquecidas, segundo a lenda, nas forjas do deus Vulcano. E há muito tempo pessoas vão aos banhos termais, em busca de tratamento para situações que vão desde as doenças de pele até os proverbiais males do fígado. As águas foram estudadas e classificadas: sulfurosas, bicarbonatadas, ferruginosas. E para cada tipo de doença havia uma água específica. Tamanha demanda acabou criando uma verdadeira indústria: grandes estabelecimentos foram construídos para hospedar pessoas que vinham muitas vezes de longe em busca de curas para os seus males. Alguns desses hotéis ficaram famosos pelo luxo barroco; num desses, Alain Resnais filmou o famoso O ano passado em Marienbad, um filme cult dos anos 60, no qual os longos corredores serviam de metáfora para os labirintos da paixão. Irai, aqui no Rio Grande do Sul, sempre foi um equivalente modesto, mas digno.
As pessoas melhoravam no spa. E por que não haviam de melhorar? Comiam bem (inclusive para afastar o espectro da tuberculose, sempre associada à magreza), descansavam, conversavam e sobretudo relaxavam: mergulhadas na água tépida, voltavam por algumas horas ao líquido amniótico onde o feto está a salvo dos desgostos do amor e da fúria da inflação. E isso preserva a reputação das termas até hoje.
(A face oculta, 2001. Adaptado.)
Na descrição que faz dos benefícios das temporadas em Spa e estâncias semelhantes, o autor
Questão 9 5934982
PUC-Rio 2021TEXTO
Queridos
É desconfortável para mim falar sobre racismo, prefiro falar sobre as coisas que amo, pasmem. Mas às vezes o silêncio sobre esse assunto pesa. Por isso, venho encontrando coragem para me expressar
Tem sido divertido entender minha própria maneira de fazer isso, estou aprendendo muito sobre mim. Estou cruzando fronteiras e amigos, desmantelando o racismo impregnado na minha pele. Sugiro que vocês embarquem comigo nessa viagem, pois o racismo também está em todos os seus poros. Não sou de apontar dedos, mas vocês o reproduzem inconscientemente o tempo todo. Ainda bem que aprendi desde cedo a força do perdão. Eu não seria amiga de vocês sem isso.
Sou fascinada pela arte como forma de protesto, meus ídolos têm isso em comum. É inspirada por eles que manifesto nesta tímida e honesta carta meu amor por vocês e o imenso descontentamento que sinto ao me lembrar das vezes que não enxergaram minha cor. Para mim, tão importante quanto protestar é louvar a vida que flui milagrosamente neste país há quinhentos anos, em meio a tanta barbaridade. Vida que, desde sempre, cria arte, pensamento, tecnologia, medicina, agricultura, educação. A vida negra é a vida que movimenta este país.
Tenho a sorte de ter vocês como amigos. Reconheço nossa caminhada juntos por uma existência mais consciente. Tenho refletido muito sobre isso. Não sejam ingênuos: viver de forma sustentável mesmo é ouvir os pretos, investir nas ideias geniais que nascem e diariamente morrem nas favelas e periferias do Brasil. É contratar e promover gente preta, criar oportunidades para que outros liderem a mudança que todos queremos ver. É dividir o pão, fazer o dinheiro – meio de troca ainda tão poderoso no mundo da matéria – circular por mais tempo entre aqueles que sofrem mais com o sistema. É reforma agrária e urbana, taxação de grandes fortunas, política de cotas, abolição do sistema penal. Vocês sabem o tamanho do desafio…
exto adaptado de LIMA, Ligia. Letras sensatas: aos meus amigos brancos. Revista Piauí. Edição 166, julho de 2020. Disponível em: . Acesso em: 06 ago. 2020.
Considerando a leitura integral do Texto, é correto afirmar que sua autora mostra-se