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Acesse GrátisQuestões de Português - Leitura e interpretação de textos
Questão 12 6410314
ENEM 1° Dia Reaplicação 2021Estresse é um termo que se vulgarizou nos últimos tempos. Queixa-se de estresse o homem que chega em casa depois de um dia de muito trabalho, de trânsito pesado e das filas do banco. Queixa-se a mulher que enfrentou uma maratona de atividades domésticas, profissionais e com os filhos. À noite, terminado o jantar, com as crianças recolhidas, os dois mal têm forças para trocar de roupa e cair na cama.
A palavra estresse não cabe nesse contexto. O que eles sentem é cansaço, estão exaustos e uma noite de sono é um santo remédio para recompor as energias e revigorá-los para as tarefas do dia seguinte.
A palavra estresse, na verdade, caracteriza um mecanismo fisiológico do organismo sem o qual nós, nem os outros animais, teríamos sobrevivido. Se nosso antepassado das cavernas não reagisse imediatamente, ao se deparar com uma fera faminta, não teria deixado descendentes. Nós existimos porque nossos ancestrais se estressavam, isto é, liberavam uma série de mediadores químicos (o mais popular é a adrenalina), que provocavam reações fisiológicas para que, diante do perigo, enfrentassem a fera ou fugissem.
Disponivel em: http://drauziovarella.com.br. Acesso em: 2 jun. 2015.
Ao lançar mão do mecanismo de comparação, o autor do texto conduz os leitores a
Questão 22 8410794
EEAR 2021O excesso e a memória
Um estudo publicado recentemente no periódico
científico The Quarterly Journal of Experimental Psychology
revelou que pessoas com sobrepeso (IMC acima de 25)
tiveram um desempenho pior em testes de memória. Para
[5] chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de
Cambridge, na Grã-Bretanha, realizaram um experimento
com 50 participantes com idade entre 18 e 35 anos e índice
de massa corporal (IMC) entre 18 (normal) e 51 (obesos). Os
voluntários foram submetidos a um teste de memória que
[10] consistia em um jogo de computador no qual eles precisavam
esconder diferentes objetos em um cenário complexo, como
um deserto com palmeiras, durante dois dias. Após esse
período, eles precisavam dizer aos cientistas quais objetos
tinham sido escondidos e em qual lugar. Os resultados
[15] mostraram que as pessoas com sobrepeso (IMC entre 25 e
30) e obesas (IMC maior que 30) tiveram pior desempenho
no teste de memória do que aquelas com um índice de massa
corporal considerado normal (entre 18 e 24,99). Eles
concluíram também que o rendimento caía conforme o IMC
[20] aumentava.
De acordo com os autores, esses resultados indicam que
o aumento do IMC pode levar a mudanças estruturais e
funcionais no cérebro que reduzem a capacidade de formar e
recordar memórias episódicas. Uma explicação para isso
[25] pode estar no efeito da gordura sobre a insulina. Segundo
Lucy Cheke, líder do estudo, o excesso de gordura causa
picos descontrolados de insulina no sangue, o que, por sua
vez, atrapalha a sinalização entre os neurônios e,
consequentemente, há uma redução no desempenho
[30] cognitivo. Além disso, a redução da memória episódica —
como resultado do aumento do IMC — pode contribuir para
o aumento de peso, já que, muitas vezes, pessoas com
memória ruim não se lembram do que comeram e tendem a
comer mais.
[35] “Nós não estamos dizendo que as pessoas com excesso
de peso são necessariamente mais esquecidas. Nossa
descoberta pode significar que as pessoas com sobrepeso são
menos capazes de reviver vividamente detalhes de eventos
passados. Isso, por sua vez, pode prejudicar a sua capacidade
[40] de usar a memória para regular o consumo de alimentos”,
disse Lucy. Uma dica da autora é prestar atenção no que se
come e evitar fazer refeições com distrações, como assistir à
TV.
Para os autores, embora esse estudo seja pequeno, os
[45] resultados mostram a necessidade de realizar mais pesquisas
sobre os fatores psicológicos que podem levar à obesidade.
[...]
Revista Veja, 2016.
Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo não indica posse.
Questão 30 6146302
UEA-Específico Exatas 2020Leia os parágrafos de E. H. Gombrich para responder à questão.
Nada existe realmente a que se possa dar o nome Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram homens que apanhavam um punhado de terra colorida e com ela modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém dar o nome de arte a todas essas atividades, desde que se conserve em mente que tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo como um bicho-papão, como um fetiche. Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser excelente a seu modo, só que não é “Arte”. E podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja contemplando com deleite uma tela, declarando que aquilo que ela tanto aprecia não é Arte, mas uma coisa muito diferente.
Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar de uma estátua ou de uma tela. Alguém pode gostar de certa paisagem porque esta lhe recorda a terra natal ou de um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. Todos nós, quando vemos um quadro, somos fatalmente levados a recordar mil e uma coisas que influenciam o nosso agrado ou desagrado. Na medida em que essas lembranças nos ajudam a fruir do que vemos, não temos por que nos preocupar. Só quando alguma recordação irrelevante nos torna preconceituosos, quando instintivamente voltamos as costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não gostamos de praticar o alpinismo, é que devemos sondar o nosso íntimo para desvendar as razões da aversão que estraga um prazer que, de outro modo, poderíamos ter tido. Existem razões erradas para não se gostar de uma obra de arte.
(A história da arte, 2012.)
Está em acordo com o segundo parágrafo do texto a ideia de que
Questão 5 645118
Unioeste 1ª Etapa Manhã 2019De onde você fala?
Nos anos 1970, em Paris, não havia como se posicionar num debate sem receber a questão: “Mais d'où tu parles?”, de onde você fala? E isso sobre qualquer tema que fosse.
Cada um devia se perguntar quem estava “realmente” falando pela boca dele. Seguindo as ideias da época: 1) você fala “eu penso que xyz”; 2) o “eu” que diz que pensa xyz é apenas o sujeito da frase “eu penso”, uma espécie de ilusão gramatical, que PARECE ser o lugar de onde sai a declaração; 3) atrás desse “eu” de “eu penso”, há outro sujeito, eventualmente ignorado por quem fala: é ele, de fato, que pensa xyz, sem que o “eu” de “eu penso” sequer se dê conta disso.
Em outros termos, ao tomarmos a palavra, não conhecemos direito o próprio lugar de onde falamos - ou melhor, desconhecemos o agente que fala pela nossa boca. Somos divididos e escondemos (inclusive de nós mesmos) uma parte grande de nossas motivações.
A partir dos anos 1980 e 90, a política das identidades, nascida nos EUA, apoderou-se da pergunta “de onde você fala?”.
“De onde você fala?”, nos anos 1970, evocava a complexidade indefinida de nossas motivações. Hoje, a mesma pergunta parece se satisfazer com as identidades que estão na cara - tipo, você é homem ou mulher, hétero ou homo ou trans, branca ou negra, bonito ou não, rica ou pobre etc., e, portanto, é de lá que você fala, quer queira quer não queira.
É como se os grupos aos quais pertencemos social, histórica e geneticamente (nossas “identidades”) fossem a origem essencial de nossas motivações (escondidas ou não) e, portanto, constituíssem uma espécie de viés inevitável.
Por exemplo, posso ser feminista, mas não deixo de ser homem; posso achar qualquer racismo uma idiotice, mas não deixo de ser branco; posso ser comunista, mas não deixo de ser burguês - e essas coisas todas que eu “não deixo de ser” colocam em questão o valor do que eu digo. Seja qual for nossa ideia ou militância, seríamos sempre uma quinta coluna de nossas identidades.
Essa dúvida (ou crítica) pode ter uma utilidade política, mas o fato é que as identidades às quais parecemos pertencer não coincidem necessariamente com nossas motivações.
A mente é complexa. Há proletários que defendem políticas econômicas de direita porque, eles dizem, vai que eles ganham na Mega-Sena. Assim como há homossexuais que defendem sua própria discriminação. Interrogando a variedade das motivações, aliás, eis um clássico, para se divertir: a música/poesia de Giorgio Gaber,“Qualcuno Era Comunista”.
Na minha história, a política das identidades e a pergunta “de onde você fala?” se cruzaram num estranho debate na New School de Nova York, no começo dos 1990 ou fim dos 80. A decana do departamento onde eu ensinaria era uma mulher branca que publicara livros seminais sobre o novo feminismo e, antes disso, sobre o racismo nos EUA. Isso não a impedia de se opor à ideia de considerar a raça (ou o gênero) como critérios para escolher o corpo docente do departamento. Acusada de dever sua opinião à cor de sua pele, ela declarou (de jeito propositalmente chulo e chocante) sua preferência sexual por homens negros. O que deixou a plateia estupefata e abriu, para mim, uma série de reflexões inconclusivas.
Se eu, homem ou mulher, transo com negros, o que isso diz sobre minha relação com minha “identidade” branca? Será diferente se eu preferir transar passivamente ou ativamente? Os donos de escravos que iam para a senzala para comer eram mais ou menos “brancos” do que aqueles que iam para ser comidos?
Falando de escravos, aliás, outra ideia forte da política das identidades é a das culpas que cada um carregaria consigo por causa das suas identidades.
Pareceria fácil objetar: como um branco chegado ao Brasil nos anos 1940 seria “culpado” pela escravatura no Brasil? Como um muçulmano de hoje seria responsável pela pirataria no Mediterrâneo? Mas, de fato, adoramos assumir as culpas (ou os “direitos”) das nossas supostas identidades - provavelmente porque adoramos qualquer coisa que alivie nossa solidão.
Aqui, a psicanálise toma a direção oposta à da política das identidades, pois uma cura psicanalítica, em tese, serve para nos permitir de não ser apenas, neuroticamente, o fruto dos grupos onde nascemos, membros de uma família, de uma nação, de uma raça.
Fonte: Contardo Calligaris, psicanalista, texto publicado no jornal Folha de São Paulo, em 9 de agosto de 2018.
Sobre os questionamentos do 11º parágrafo, pode-se AFIRMAR que
Questão 22 961749
UEA - SIS 2ª Etapa 2018Examine a campanha do Centro de Comunicação, Turismo e Artes da Universidade Federal da Paraíba.
O propósito da campanha é o combate
Questão 56 1131995
Unichristus 2018/2TEXTO 1
Atendendo a pedidos de parlamentares do Amazonas, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e Michel Temer podem encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta para acabar com uma Unidade de Conservação (UC) e reduzir em 40% a área de outras quatro UCs.
Disponível em: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Sinalverde-para-a-destruicao-da-Amazonia/. Acesso em: 19 fev. 2018
TEXTO 2
A criação de Unidades de Conservação foi uma estratégia bem-sucedida que contribuiu para a redução da taxa de desmatamento na Amazônia entre 2005 e 2012.
Disponível em: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Sin al-verde-para-a-destruicao-da-Amazonia/. Acesso em: 19 fev. 2018.
Analisando os textos, pode-se concluir que