Questões de Português - Leitura e interpretação de textos - Gêneros textuais - Verbais/Descritivo - relato pessoal
68 Questões
Questão 29 10781502
UFN Verão 2023“ 23 de maio
Fiz a comida. Achei bonito a gordura frigindo na panela. Que espetaculo deslumbrante! As crianças sorrindo vendo a comida ferver nas panelas. Ainda mais quando é arroz e feijão. É um dia de festa para eles.
22 de julho
- Antigamente eram os pretos que criava os brancos. Hoje São os brancos que criam os pretos. A senhora disse que cria a menina desde os 9 meses e a negrinha dorme com ela e que lhe chama de mãe. [...]. Todas as manhãs eu canto. Sou como as aves, que cantam apenas ao amanhecer. De manhã estou sempre alegre. A primeira coisa que faço é abrir a janela e contemplar o espaço.”
JESUS, Carolina Maria. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10ª ed. São Paulo: Ática, 2014. p. 43 e 24 – 25.
Com base na obra, “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus e, considerando-se os fragmentos citados nesta prova, é correto reconhecer a narrativa como
Questão 6 9823715
UFMS PSV 2023Para responder à questão, considere não apenas o fragmento em itálico, mas também a contextualização que o precede.
O fragmento a seguir foi recortado de um texto intitulado “Maternidade especial”, postado em 15 de fevereiro de 2022, em um site pertencente ao domínio “.com” e que pode ser pesquisado pelo nome “garotadatelha”, precedido de http://. A autora identifica-se como “gente, mãe, atuante no mundo jurídico e interessada em coisas legais”. Quanto aos conteúdos do gênero por meio do qual “produz, reproduz e difunde a escrita de maneira interativa” (LORENZI; PÁDUA, 2012, p. 40), ela assim os apresenta: “Viagem, entretenimento, comentários, receitas, festas, dicas para economizar, dicas de locais para sair, de livros, séries, filmes, muitos casos, contos e histórias (por mim escritos) para rir... alguns desabafos... e no fim, o que vier na telha para ajudar”.
Vejamos o fragmento:
Vou escrever sobre uma mãe que conheço. [...] Quando a conheci, ela só tinha tido o melhor amigo do meu filho. E eu sabia da sua existência através do menino. [...] Pois bem, essa mãe passou muita coisa e, hoje, tem três filhos. Apesar de engenheira, de entender de números, probabilidades e estatísticas, em questão de filho ela muda toda a logística matemática, se recusando a aceitar as teorias e fazendo, sempre, dos filhos, o ponto fora da curva. [...] Acorda cedo, cuida do bebê, ajuda o mais velho nas atividades, e trata o filho do meio. [....] Esse segundo filho foi diagnosticado com autismo. Não falava e não fazia contato visual. Se ela ficou baqueada com o diagnóstico? Ficou sim. Deixou as crianças em casa com o marido. Chorou. Comeu doce. Respirou. Tornou a chorar e, no dia seguinte, aquela supermãe já estava tomando providências pra tratar o filho. E disse a mesma coisa que mamãe me falou uma vez: “Ele não precisa de choro; precisa de orientação e tratamento; então... vamo que vamo...” (A parte do “vamo que vamo” é dessa mãe fofa – minha mãe não falava isso). [...]
(Disponível em: http://garotadatelha.[...].com. Acesso em: 23 out. 2022. Com adaptações) [Grifos nossos. Omissão de um detalhe do endereço eletrônico por uma razão óbvia: ocultar informação que favoreça os candidatos]
O parágrafo contextualizador reúne informações sobre um dos diferentes gêneros digitais.
Assinale a alternativa que traz a identificação correta desse gênero e o trecho do texto que sinaliza para sua função social atual.
Questão 42 9759486
UECE 2ª Fase 1º Dia 2023/2Texto
A importância dos povos indígenas para a proteção de florestas
Jennifer Ann Thomas
Enquanto áreas privadas registram índices mais
altos de desmatamento, terras indígenas são
conhecidas como barreiras contra o
desmatamento.
[5] A situação dramática dos indígenas
Yanomamis em Roraima evidenciou como este
povo foi negligenciado durante anos, a ponto de a
Polícia Federal abrir um inquérito para investigar
se houve crime de genocídio contra a etnia.
[10] Estima-se que cerca de 28.000 indígenas vivam na
Terra Indígena Yanomami, a maior reserva
indígena do Brasil.
Em 2022, o número de garimpeiros no
território, que exploram ouro de forma ilegal,
[15] passou de 20.000 indivíduos. O garimpo ilegal é
associado à contaminação por mercúrio, ao
aumento da violência e à exploração sexual, além
de ser um crime ambiental que explora recursos
naturais do país.
[20] Os povos originários do Brasil são parte da
história e da formação cultural do país. Além da
riqueza cultural associada aos diversos modos de
vida, às línguas e aos saberes tradicionais, os povos
indígenas são reconhecidos como os maiores
[25] guardiões das florestas no mundo.
De acordo com um levantamento do
MapBiomas, “os territórios indígenas estão entre
as principais barreiras contra o avanço do
desmatamento no Brasil. Nos últimos 30 anos, as
[30] terras indígenas perderam apenas 1% de sua área
de vegetação nativa, enquanto nas áreas privadas
a perda foi de 20,6%”.
Segundo a Organização das Nações
Unidas, povos indígenas representam cerca de 5%
[35] da população mundial, ao mesmo tempo em que
correspondem de 10% a 30% das pessoas mais
pobres do mundo.
Em um estudo publicado no periódico
Current Biology em novembro de 2022, que
[40] analisou o impacto de terras indígenas protegidas
em florestas tropicais, os pesquisadores
escreveram que “áreas indígenas protegidas
tiveram o maior efeito protetor sobre a
integridade da floresta e a menor intensidade de
[45] uso da terra em relação às terras indígenas, áreas
protegidas e controles não protegidos”.
As imagens chocantes que mostraram as condições
em que vivem os Yanomamis do Brasil
evidenciaram como um povo inteiro está
[50] ameaçado. Em nota, o Ministério Público Federal
(MPF) afirmou que “a grave situação de saúde e
segurança alimentar sofrida pelos povos
Yanomamis resulta da omissão do Estado brasileiro
em assegurar a proteção de suas terras”. Proteger
[55] os povos originários é defender, também, a
história, a cultura e o meio ambiente do Brasil.
https://veja.abril.com.br/agenda-verde/a-importancia-dospovos-indigenas-para-a-protecao-de-florestas/ 25 jan 2023.Texto adaptado.
O texto pertence ao gênero textual
Questão 48 9431089
ETEC 2023/2Multicampeã pela Seleção Brasileira Feminina, duas vezes medalhista de prata nos jogos Olímpicos e com diversas taças importantes no currículo — como Libertadores e Copa do Brasil — Cristiane, nascida em 1985, no município de Osasco, região metropolitana de São Paulo, e atualmente jogadora do Santos, avalia a situação do futebol feminino no Brasil como “muito melhor” do que antigamente.
“Comecei no futebol de rua, somente com meninos — não tinha menina — com muito preconceito. Não tinha oportunidades, porque minha família não tinha condições financeiras, meu pai era caminhoneiro, minha mãe empregada doméstica, nós morávamos no quintal da minha avó. Graças a um vizinho meu, que me apadrinhou na infância, eu tive a condição de ir para uma escolinha e comprar material. Eu olho tudo isso que foi construído para as meninas poderem aproveitar aquilo que a gente batalhou muito para ter. É um orgulho muito grande”.
https://tinyurl.com/4j66unk3%20Acesso%20em:%2001.03.2023.%20Adaptado.
Segundo o texto,
Questão 30 6410510
ENEM 1° Dia Reaplicação 2021 Agora sei que a minha língua é a língua de sinais.
Agora sei também que o português me convém. Eu quero
ensinar português para os meus alunos surdos, pois eles
precisam dessa língua para ter mais poder de negociação
com os ouvintes [G, 2004].
Eu me sinto bilingue, eu converso com os surdos na
minha lingua e converso com os ouvintes no português,
porque aprendi a falar o português, embora eu tenha voz de
surdo, mas as pessoas muitas vezes me entendem. Eu já me
acostumei a conversar com os ouvintes no meu português.
Se alguns não me entendem, eu escrevo [SZ, 2011].
QUADROS, R. M. Libras. São Paulo: Parábola, 2019.
Considerando os contextos de uso da Libras e da língua portuguesa, o depoimento desses surdos revela que no contato entre essas línguas há uma
Questão 81 6313079
ENCCEJA 2020Cartas dos leitores
Adoção (327/2004)
A grande família adotiva
Eu e meu marido somos um casal saudável, classe média, brancos e podemos gerar filhos. Há um ano entramos com o processo de adoção, que durou 26 dias, tempo recorde. Não exigimos recém-nascidos, brancos e não separávamos irmãos. Ganhamos duas joias raríssimas que mudaram completamente nossa vida. A Thalya, de 4 anos, e o Nathan, de 3, são irmãos, negros. Já os amávamos sem conhecê-los. Estamos juntos há um ano e a cada dia é uma surpresa e um aprendizado. Fisicamente não temos nada em comum; no restante, temos tudo um do outro. Gostaria de dizer que o sangue e a cor da pele são insignificantes. Sou mãe desde o primeiro olhar e são meus filhos desde o primeiro toque. Por fim, não fizemos favor algum para esses meninos maravilhosos. Foi exatamente o contrário: eles estão nos ensinando tudo, absolutamente tudo, e foram os dois que nos adotaram.
Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 29 out. 2019.
Essa é uma carta de leitor em resposta a uma reportagem intitulada “A grande família adotiva”, publicada em uma revista de grande circulação.
A partir de um relato pessoal, essa carta funciona como um(a)
Pastas
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