Questões de Português - Leitura e interpretação de textos - Gêneros Textuais - Verbais/Dissertativo
Para responder à questão de Língua Portuguesa utilize como base os textos a seguir.
Texto 1
Cotado, Dino diz que há vários critérios de indicação ao STF além de raça e gênero
Ministro da Justiça É principal citado para a vaga de Resa Webes, Lula já disse não tee pressa com
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27 set. 2023 às 12h52 Marianna Holanda
BRASÍLIA ? O ministro Flávio Dino (Justiça) disse nesta quarta-feira (27) que existem vários critérios para a indicação do presidente Lula (PT) à vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) além de raça e gênero.
Dino é o principal cotado hoje na bolsa de apostas de candidatos à sucessão da ministra Rosa Weber, que se aposenta da corte nos próximos dias. O outro nome cotado é o do ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias.
O chefe do Executivo tem sido pressionado pela sociedade civil e por aliados a não diminuir a representatividade feminina na Suprema Corte, que hoje é de 2 mulheres para 9 homens. Há uma ânsia comum na parte que Lula escolha uma mulher negra para o posto.
"Toda reivindicação dos movimentos sociais é legítima, sempre. Agora lembramos que é um sistema. Temos instituições de Justiça com várias instâncias, com vários tribunais, e o presidente tem observado isso, sou testemunha. Ele tem nomeado muitas mulheres, pessoas negras", disse Dino a jornalistas no Palácio do Planalto [...].
"Então, ele [Lula] leva em conta isso como critério, e de fato é algo que nosso governo preza muito. Em relação ao Supremo, é claro, existem vários critérios. E aí é um arbitramento que cabe a ele, né?", completou.
Dino se declarou partido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas últimas eleições.
[...]
Além do o presidente ter sinalizado não ter pressa para as indicações, Lula disse nesta semana que gênero e cor não serão critérios para a sua escolha.
"O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo por isso que eu tô dizendo que eu vou escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e expectativas do Brasil. Uma pessoa que possa servir o Brasil. Uma pessoa que tenha respeito com a sociedade brasileira. Uma pessoa que vote adequadamente sem ficar votando pela imprensa. Saber?", afirmou o presidente a jornalistas no Itamaraty nesta semana.
A crítica a quem possa ficar "votando pela imprensa" ocorrerá três semanas depois de o mandatário já ter sugerido que votos de ministros da Suprema Corte façam eco sobre sigilo. À época, ele disse que seria para não criar "animosidade" com os magistrados e que a sociedade não tem que saber como eles votam.
Depois, Lula seguiu e disse que já tem várias pessoas "em mira". Mas, questionado sobre o nome de Dino, o presidente se esquivou e disse que vai indicar a pessoa mais correta que ele conhecer.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/09/cotado-dino-diz-que-ha-varios-criterios-de-indicacao-ao-stf-alem-de-raca-e-genero.shtml. Acesso em: 10 nov. 2023. (Adaptado)
Texto 2
O retrocesso bate à porta do STF
Diversidade não é bônus ou agrado, é dever indelével de nossos representantes 31.out.2023 às 22h00 Atualizado: 31.out.2023 às 22h58 Sheila Neder Cerezetti e Lívia Gil Guimarães
Diante da aposentadoria da ministra Rosa Weber, proliferam manifestações favoráveis à indicação de uma mulher ao posto. Nada mais natural, dado o enorme retrocesso que opção diversa representaria.
Até um dia antes de sua aposentadoria, o Supremo Tribunal Federal era composto por 9 homens e 2 mulheres; ou seja, o gênero feminino significava apenas 18,2% da mais alta corte do país. Se a vaga for preenchida por um homem, a porcentagem cairá para 9,1%. Dos atuais 10 integrantes, 1 se autoidentifica como pardo, os demais são brancos. Nunca uma mulher negra compôs o tribunal.
A ausência de indicação de uma mulher reforçaria o fato de que o Brasil está longe de alcançar equidade de gênero, sendo reflexo do descaso do Estado brasileiro em relação à situação de discriminação a que mulheres e meninas estão submetidas diariamente. É sob o prisma de evidente subvalorização do gênero feminino refletida nos índices de violência, desigualdade salarial e diminuta participação em espaços de poder que deve ser discutida a presença de ministras no STF
O debate deve centrar-se no imperativo de uma sociedade mais justa e igualitária, em que a exclusão de determinados grupos sociais seja constantemente rechaçada e combatida. Inexiste justificativa plausível para que homens sigam em pujante maioria nos altos postos públicos.
Por uma questão de igualdade distributiva e de reconhecimento, mulheres devem ter a oportunidade de contribuir ativamente nos espaços de tomada de decisão que dizem respeito às questões mais fundamentais da sociedade. Pensar diferente disso apenas revela o profundo descompasso do Brasil com instrumentos internacionais como a Cedaw (Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher) e o objetivo 5 da Agenda 2030 da ONU. Não podemos mais faltar com atenção à necessidade de combater preconceitos e discriminações que persistem na trajetória de mulheres.
Os marcadores sociais da diferença "raça" e "etnia" não devem ser entendidos como acessórios nessa análise: o Brasil historicamente secundarizou o exercício da cidadania de pessoas negras e indígenas, porque subalternizou- as em um projeto político e econômico. Na ótica interseccional, gênero e raça despontam como fatores de discriminação indevida e representam preconceitos e vivências de exclusão na dinâmica histórica brasileira.
Em perspectiva comparada, o Brasil possui posição bastante fragilizada. A ocupação feminina de apenas um assento no Supremo colocaria o país em penúltimo lugar na lista daqueles com maior desigualdade de gênero em cortes supremas da América Latina, à frente apenas da Argentina, segundo a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). Isso sem falar na comparação, por exemplo, com Canadá e Estados Unidos, em que mulheres ocupam 44,4% desses espaços.
Em 2022, esses países acompanharam inéditas indicações de juízas de suprema corte que levaram em consideração os marcadores sociais da diferença etnia e raça em intersecção com gênero. No caso canadense, houve a primeira mulher oriunda de povos originários e, nos EUA, a primeira mulher negra. Vê-se que as discussões sobre maior diversidade em cortes estão em pauta, especialmente em momentos de necessária oposição ao obscurantismo.
Perdemos reiteradamente oportunidades de melhorar os números nacionais e de favorecer a igualdade com as últimas indicações de homens brancos ao STF Diversidade não é bônus ou agrado; é dever permanente de nossos representantes, assim como o é o combate às desigualdades impregnadas nas estruturas das instituições estatais e privadas deste país.
A indicação de uma mulher progressista é ato inegociável de promoção da participação de brasileiras na vida pública. É a única medida aceitável se não quisermos compactuar com o gritante retrocesso que se avizinha e que poderá durar longos cinco anos até a próxima aposentadoria. Opções qualificadas não faltam ao presidente Lula.
Sheila Neder Cerezetti Professora de direito comercial da Faculdade de Direito da USP, é coordenadora do Grupo de Pesquisa e Estudos de Inclusão na Academia (Gpeia-USP)
Lívia Gil Guimarães Doutora e mestra em direito constitucional (USP), é autora da tese "Mulheres na Composição de Cortes Supremas: Um Estudo sobre a Desigualdade de Gênero"; coordenadora do Gpeia- USP e pesquisadora do grupo Constituição, Política e Instituições (Copi-USP)
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2023/10/o-retrocesso-bate-a-porta-do-stf.shtml.Acesso em: 10 nov. 2023. (Adaptado)
No texto 2, as autoras defendem que
“Por quê? Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo. (...).
Nesse ponto as pessoas são frequentemente vítimas de uma curiosa obnubilação. Elas afirmam que o próximo tem direito, sem dúvida, a certos bens fundamentais, como casa, comida, instrução, saúde, coisas que ninguém bem formado admite hoje em dia que sejam privilégio de minorias, como são no Brasil. Mas será que pensam que seu semelhante pobre teria direito a ler Dostoievski ou ouvir os quartetos de Beethoven? (...). Ora, o esforço para incluir o semelhante no mesmo elenco de bens que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos humanos.”
CANDIDO, Antonio. Vários escritos. 3ª ed. revista e ampliada. São Paulo: Duas Cidades, 1995.
Com base na leitura do texto, pode-se afirmar que Antonio Candido defende que o acesso a bens como a literatura e a música
Leia os textos a seguir.
Vídeo-minuto, como o próprio nome diz, é um formato de vídeo com até 60 segundos. Pode ser utilizado para exibir produções audiovisuais curtas, de ficção ou não ficção, para apresentar boletins de notícias durante a programação de uma emissora ou mesmo veicular notícias nas redes sociais, para relatar brevemente os resultados de uma pesquisa, para fazer a propaganda de um produto ou serviço, para fazer uma apresentação pessoal, entre outros. Enfim, o vídeo-minuto é um formato de vídeo que, a princípio, pode servir a qualquer gênero audiovisual que se encaixe em 60 segundos. Sendo assim, vídeos-minuto podem ser classificados como gêneros multissemióticos ou multimodais (ROJO, 2014).
SILVA, Jonathan Zotti da O vídeo-minuto como prática de imprensa escolar. Trabalho de conclusão de curso (Especialização) -- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Centro de Estudos Interdisciplinares em Novas Tecnologias da Educação, Mídias na Educação, Porto Alegre, BR-RS, 2018, p. 32. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/200665. Acesso 08/10/2022
A questão da curta duração do vídeo-minuto também é um ponto importante, levando em conta todas as etapas: a produção do material, a adequação aos espaços de publicização, como as redes sociais referidas, e mesmo pensando em alcance e no perfil do público, considerando que um vídeo breve, em tais canais de divulgação, tem mais possibilidades de ser visualizado por completo.
SILVA, Suéllen Rodrigues Ramos; CARVALHO, Danielle Abrantes de MENEZES; Lima, Maria de Lourdes Pereira; SILVA, Liliane Cunha; COSTA FILHO, José Moacir Soares. OS GÊNEROS DIGITAIS NA BNCC E AS POTENCIALIDADES DO VÍDEO-MINUTO. Disponível em minuto digital genres in bncc and // › › w Acesso 08/10/2022
Levando em consideração as ideias dos textos, é CORRETO afirmar que o vídeo-minuto
O acesso às Práticas Corporais/Atividades Físicas (PC/AF) é desigual no Brasil, à semelhança de outros indicadores sociais e de saúde. Em geral, PC/AF prazerosas, diversificadas, mais afeitas ao período de lazer estão concentradas nas populações mais abastadas. As atividades físicas de deslocamento, trajetos a pé ou de bicicleta para estudar ou trabalhar, por exemplo, são mais frequentes na classe social menos favorecida. Aqui, há uma relação inversa e perversa entre variáveis socioeconômicas de acesso as PC/AF. As maiores prevalências de inatividade física foram em mulheres, pessoas com 60 anos ou mais, negros, pessoas com autoavaliação de saúde ruim ou muito ruim, com renda familiar de até quatro salários mínimos por pessoa, pessoas que desconhecem programas públicos de PC/AF e residentes em áreas sem locais públicos para a prática.
KNUTH, A. G.; ANTUNES, P. C. Saúde e Sociedade, n. 2, 2021 (adaptado).
O fator central que impacta a realização de práticas corporais/atividades físicas no tempo de lazer no Brasil é a
TEXTO
MAIS DE 2 MILHÕES DE JOVENS TIRAM TÍTULO PARA ELEIÇÃO DE 2022
Após campanha incentivada pela Justiça Eleitoral, número de pessoas de 16 e 17 anos que pediram documento nos primeiros quatro meses do ano supera com folga dados de 2018 e 2014 Foto: divulgação /tse
Jovem segura título de eleitor
A Justiça Eleitoral informou nesta quinta-feira (5) que mais de 2 milhões de jovens de 16 e 17 anos se inscreveram entre janeiro e abril de 2022 para votar nas eleições de outubro. Os números, que são parciais, haviam sido antecipados pelo jornal O Globo e foram anunciados pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, em sessão nesta manhã.
2,04 milhões é o número de novos eleitores de 16 e 17 anos registrados entre janeiro e abril de 2022
O dado foi atingido após campanha nas redes sociais lançada com incentivo do TSE para que jovens tirem seus títulos de eleitor. A campanha mobilizou sobretudo perfis críticos a Jair Bolsonaro – o presidente tem mau desempenho entre o público de 16 a 24 anos nas pesquisas de intenção de voto. Entre os famosos que participaram da campanha, estão personalidades como Anitta, Larissa Manoela, Zeca Pagodinho e até os atores americanos Leonardo DiCaprio e Mark Ruffalo.
Além do número de jovens eleitores que tiraram título até abril, a Justiça Eleitoral também registrou recorde de atendimentos na quarta-feira (4). Foram mais de 1,3 milhão de pedidos abertos no último dia para regularização e cadastro de títulos de eleitor. O número inclui desde cadastros de novos títulos, até alteração de domicílio, mudanças de dados pessoais e regularização de títulos. Os pedidos ainda precisarão ser processados e analisados, com prazo de resposta de até um mês.
Disponível em: Acesso em:https://www.nexojornal.com.br/extra/2022/05/05/Mais-de-2-milh%25C3%25B5es-de-jovens-tiram-t%25C3%25ADtulo-para-elei%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-2022 22/08/2022
A partir da leitura do texto, pode-se inferir que
O texto permitirá que você responda a pergunta.
TEXTO I
TEXTO II
Fundamental para a qualidade de vida, a prática de atividades físicas também é grande aliada do bom desempenho das funções laborais. Alguns profissionais, inclusive, trabalham com esforço físico e são diretamente impactados pela necessidade de uma vida ativa. Entre os mais conhecidos estão os agentes de segurança pública, atletas, professores de educação física e dançarinos. Por exemplo, quem trabalha com música também deve abdicar do sedentarismo, afinal, a desenvoltura no palco depende do preparo do corpo fora dele.
Disponível em: https://www.terra.com.br/esportes/a-relacao-entre-atividade-fisica-e-performances-artisticas,818c9bc9c51e7ab8296f4d29b47e634e5i9in98u. html. Acesso em: 27 nov. 2022.
TEXTO III
Afinal, o que é a Educação Física?
A Educação Física é a área do conhecimento que se dedica ao desenvolvimento da saúde integral das pessoas, que acontece por meio do desenvolvimento corporal e cognitivo. Era comum que a Educação Física se limitasse ao ambiente escolar. Apenas na década de 1980 que a disciplina conquistou clubes e academias, promovendo atenção para públicos de todas as idades. Por meio de atividades físicas coletivas ou individuais, como jogos e esportes, a Educação Física promove experiências construtivas de convivência, cidadania e consciência corporal. Além, é claro, de estimular um estilo de vida saudável. Através de atividades físicas é possível criar espaços de desenvolvimento crítico, respeito às diferenças, solidariedade e cooperação. Também contribui na promoção, prevenção e reabilitação da saúde física e mental. Sendo assim, o estudo da Educação Física é o ser humano como um todo. Isso é, aspectos emocionais, sociais, cognitivos e, claro, biológicos. Portanto, é uma área que utiliza de outras ciências para abordar o homem e todas as suas complexidades.
Disponível em: https://unileao.edu.br/blog/importancia-da-educacao-fisica/. Acesso em: 27 out. 2022 (adaptado).
Os textos apresentados desenham, em parte, a importância da prática de atividades e exercícios físicos, hoje disseminada, para o desenvolvimento do corpo humano, em sua integralidade.
Considerando o contexto aqui referido, assinale a alternativa correta.
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