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Acesse GrátisQuestões de Sociologia - Socialização e Instituições Sociais
Questão 68 903583
ENEM PPL 1° Dia 2018Os níveis de desigualdade construídos historicamente não se referem apenas a uma questão de mérito individual, mas à falta de condições iguais de oportunidades de acesso a educação, trabalho, saúde, moradia e lazer. As pesquisas mostram que há um grande abismo racial no Brasil, e as estatísticas, ao apontarem as condições de vida, emprego e escolaridade entre negros e brancos, comprovam que essa desigualdade é fruto da estrutura racista, somada à exclusão social e à desigualdade socioeconômica, que atinge toda a população brasileira e, de modo particular, os negros.
MUNANGA, K.; GOMES, N. L. Para entender o negro no Brasil de hoje: história, realidades, problemas e caminhos. São Paulo: Global; Ação Educativa, 2004 (adaptado).
O conjunto de ações adotado pelo Estado brasileiro, a partir da última década do século XX, para enfrentar os problemas sociais descritos no texto resultaram na
Questão 35 7154707
PAS - UFLA 1° Etapa - 2° Dia 2016TEXTO
O VOLUNTARIADO COMO FORMA DE PROTAGONISMO JUVENIL
Márcia Campos
8 de dezembro de 2015
Adolescentes de hoje: jovens que buscam, mas não sabem exatamente o que procuram, nem como irão
encontrar o que desejam. Indivíduos que, apesar dos diferentes rótulos que uma sociedade lhes empresta, cada
vez mais, demonstram um mesmo desejo de viver em um mundo melhor. Há algum tempo, esses adolescentes
têm carregado o estereótipo de passivos e irresponsáveis, porque não se envolvem com questões consideradas
[05] verdadeiramente relevantes. Afinal, como exigir a participação daqueles que não são nem estimulados, nem
preparados a participar?
Acreditar no voluntariado jovem significa – é claro – acreditar no voluntariado e no jovem. Nos últimos
anos, especialmente nesta década, vem tomando forma no Brasil a concepção de voluntariado como ação
cívica; que tem como objetivo a mobilização de pessoas, empresas e instituições da sociedade civil para rever
[10] seus próprios problemas; tanto pela articulação de iniciativas e recursos, quanto pela reinvidicação de políticas
públicas satisfatórias. A participação direta de cidadãos em atividades sociais pode contribuir para o
enfrentamento da exclusão social e para a consolidação de uma cidadania participativa. Assegurar os direitos
humanos e sociais passa a ser uma responsabilidade não apenas do Estado, mas de toda a sociedade.
Dentro dessa nova realidade, como se pode caracterizar o voluntário e o voluntariado? “O voluntário é o
[15] cidadão que, motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de
maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e comunitário. Além de bem informado
e consciente da complexidade dos problemas sociais, o voluntário trabalha considerando o horizonte da
emancipação, ou seja, estimulando o crescimento da pessoa e da comunidade para resolver seus próprios
problemas”1
[20] Compreendido como empreendimento social, o voluntariado contemporâneo busca a eficiência dos
serviços, a qualificação dos voluntários e das instituições. Além de competência humana e espírito de
solidariedade, almeja-se a qualidade técnica da ação voluntária. Dentro dessa perspectiva, o voluntariado
deixa de interessar apenas à classe média ou àqueles que têm tempo disponível e passa a ganhar espaço entre
as empresas e as classes populares, a interessar a todos e ser da responsabilidade de todos. Quem acredita no
[25] voluntariado, acredita na possibilidade de romper com o fatalismo, com a desesperança, com as atitudes
meramente críticas ou reativas. Está disposto a contribuir para a formação de mentalidades proativas, capazes
de promover a passagem para uma ordem produzida por todos e com todos. A juventude é um grupo chave em
qualquer processo de transformação social, principalmente agora, que adolescentes são o grupo etário mais
numeroso do país.
[30] (...)
Assim compreendido, o voluntariado jovem torna-se um espaço de formação de pessoas autônomas,
capazes de fazer projetos. São os projetos que dão sentido à vida, que nos lançam para o futuro. Oferecer, aos
adolescentes, oportunidades de envolver-se na solução de problemas reais, é oferecer-lhes chance de produzir
sentido, definir rumos, transformar em textos coerentes e inovadores os fragmentos de informação a que estão
[35] expostos. Significa criar espaços para que eles possam exercitar a construção do seu projeto de vida, tornandose autores e protagonistas de sua própria vida. Enfim, ao associar-se a seus pares e a adultos-parceiros em
projetos de atuação voluntária, os adolescentes têm a chance de desenvolver: – Percepção, sensibilidade,
flexibilização e adaptabilidade; – Capacidade de reflexão e interpretação da realidade social; – Auto-estima,
iniciativa e confiança em si mesmos; – Capacidade de escolha e de tomada de decisão; – Habilidade de
[40] conviver e trabalhar cooperativamente em grupo; – Habilidade de associar-se com adultos com base na
1 Cynthia Paes de Carvalho e Miguel Darcy de Oliveira, Centros de voluntários – transformando necessidades em oportunidades de ação, Rio de Janeiro, Programa Voluntários, 1998.
Leia as proposições:
I – O trabalho voluntário é um empreendimento social que deve ser exercido por grupos específicos que apresentam disponibilidade de tempo e conhecimentos especializados para a garantia da qualidade dos serviços prestados.
II – O trabalho voluntário propicia ao jovem exercer atividades que poderão contribuir para a ampliação de habilidades pessoais e de ações coletivas importantes para o enfrentamento de problemas sociais.
III – O trabalho voluntário é uma atividade que deve ser desenvolvida prioritariamente por jovens para que eles possam aprender sobre temas que integram a vida em sociedade.
IV – O trabalho voluntário traz benefícios para os adolescentes na medida em que possibilita ao jovem se comportar de modo ativo e responsável e se envolver com os problemas da comunidade.
Marque a alternativa CORRETA:
Questão 72 112279
UEMA 2010Questão 6 5934917
PUC-Rio 2021TEXTO
Foi em uma ambiência escolar marcada por práticas pedagógicas excelentes para uns, e nefastas para outros, que descobri com mais intensidade a nossa condição de negros e pobres. Geograficamente, no Curso Primário experimentei um “apartaid” escolar. O prédio era uma construção de dois andares. No andar superior, ficavam as classes dos mais adiantados, dos que recebiam medalhas, dos que não repetiam a série, dos que cantavam e dançavam nas festas e das meninas que coroavam Nossa Senhora. O ensino religioso era obrigatório e ali como na igreja os anjos eram loiros, sempre. Passei o Curso Primário, quase todo, desejando ser aluna de umas das salas do andar superior. Minhas irmãs, irmãos, todos os alunos pobres e eu sempre ficávamos alocados nas classes do porão do prédio. Porões da escola, porões dos navios. Entretanto, ao ser muito bem aprovada da terceira para a quarta série, para minha alegria fui colocada em uma sala do andar superior. Situação que desgostou alguns professores. Eu, menina questionadora, teimosa em me apresentar nos eventos escolares, nos concursos de leitura e redação, nos coros infantis, tudo sem ser convidada, incomodava vários professores, mas também conquistava a simpatia de muitos outros. Além de minhas inquietações, de meus questionamentos e brigas com colegas, havia a constante vigilância e cobrança de minha mãe à escola. Ela ia às reuniões, mesmo odiando o silêncio que era imposto às mães pobres e quando tinha oportunidade de falar soltava o verbo.
Ao terminar o primário, em 1958, ganhei o meu primeiro prêmio de literatura, vencendo um concurso de redação que tinha o seguinte título: “Por que me orgulho de ser brasileira”. Quanto à beleza da redação, reinou o consenso dos professores, quanto ao prêmio, houve discordâncias. Minha passagem pela escola não tinha sido de uma aluna bem-comportada. Esperavam certa passividade de uma menina negra e pobre, assim como da sua família. E não éramos. Tínhamos uma consciência, mesmo que difusa, de nossa condição de pessoas negras, pobres e faveladas.
(Adaptado de: LEE, B. Y. How Today’s Google Doodle, Dr. Virginia Apgar, Made A Big Difference In: Forbes (online) Pharma and Healthcare. 7 jun. 2018. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/brucelee/2018/06/07/how-todays-google-doodle-drvirginia-apgar-made-a-big-difference/#71c42112594f Acesso em: 18 ago. 2018.)
A expressão que resume a mensagem principal do Texto é
Questão 57 2481577
UPE 3° Fase 2° Dia SSA 2020Leia o texto a seguir:
Art. 1º - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e nas organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
§1º - Essa lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§2º - A Educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996.
Sobre o tema apresentado no artigo da referida lei, analise as afirmativas a seguir:
I. O desenvolvimento de valores integrativos é um dos objetivos da educação nacional.
II. A formação para o mundo do trabalho ocorre, exclusivamente, nas instituições de ensino superior.
III. A Educação corresponde ao processo sistemático de transmissão, que é valorizado em detrimento da Educação informal.
IV. A Educação é sociologicamente um grupo social e uma instituição.
V. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional normatiza a relação entre os grupos sociais existentes nas instituições educativas do país.
Estão INCORRETAS, apenas,
Questão 75 3673825
ENEM Digital 1° Dia 2020Na maior parte da América Latina, os museus surgiram no século passado, fundados com a intenção de "civilizar", ou seja, de trazer para o Novo Mundo os padrões científicos e culturais das nações colonizadoras. Os museus seriam, dessa forma, instituições transplantadas, criadas dentro dos ideais positivistas de progresso. Não por acaso, ficaram, em sua maior parte, sujeitos aos moldes clássicos, a partir da valorização de aspectos da cultura erudita, fortemente associados à elite. Era necessário, pois, assumir uma função social de maior alcance e ocupar um espaço relevante, capaz de atrair grande quantidade de público.
BARRETO, M. Turismo e legado cultural. Campinas: Papirus, 2002 (adaptado).
A transformação de um número cada vez mais expressivo de museus latino-americanos em espaços destinados a atividades lúdicas e reflexivas está associada ao rompimento com o(a)