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Acesse GrátisQuestões de Sociologia - Temática
Questão 43 8345574
FUVEST 2023I.
“É indispensável romper com todas as diplomacias nocivas, mandar pro diabo qualquer forma de hipocrisia, suprimir as políticas literárias e conquistar uma profunda sinceridade pra com os outros e pra consigo mesmo. A convicção dessa urgência foi pra mim a melhor conquista até hoje do movimento que chamam de ‘modernismo’. Foi ela que nos permitiu a intuição de que carecemos, sob pena de morte, de procurar uma arte de expressão nacional”.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. O lado oposto e outros lados, 1926.
II.
“Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, nossas instituições, nossas ideias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra”.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil, 1936.
Os dois excertos do historiador e crítico literário Sérgio Buarque de Holanda salientam que a cultura brasileira somente completará a sua formação quando
Questão 1 8416261
UNISC Medicina Verão 2023Narcotráfico e milícias
Se pensarmos a experiência do Rio de Janeiro, uma das características mais instigantes da sociabilidade carioca contemporânea está nos efeitos da criminalidade e da violência na organização e segmentação do espaço da cidade. Parte considerável da vida urbana é controlada por grupos armados que detêm domínio territorial de difícil erradicação.
O tema das relações – de oposição, cooperação e complementaridade – entre narcotráfico e milícias, tão evidente nas representações que fazemos da cidade, mais do que revelar os termos de uma ‘guerra’, indica a presença de um padrão de controle territorial fundado no uso da violência e do terror.
Traficantes e milicianos são modalidades de uma forma sociológica comum: grupos armados com domínio territorial. Domínio associado ao controle de uma atividade econômica com diversos ‘ramos’: drogas, serviços de segurança, transporte coletivo, gás em bujões, televisão a cabo etc.
O produto agregado desse ‘quarto setor’ – o da economia ilegal – não é desprezível, em seu volume de riqueza e em sua capacidade de incorporar ‘trabalhadores’. É o que atestam as legiões de jovens que compõem o exército de reserva do tráfico e a ‘imparável’ fonte de milicianos, advindos das supostas forças da ordem (polícias e corpo de bombeiros).
O cenário sociológico dessa ocupação territorial, para além da criminalidade, pode bem ser revelado por expressão cunhada pelo sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) e em boa hora exumada pelo francês, também sociólogo, Loic Wacquant, a de ‘capitalismo de pilhagem’. São dinâmicas capitalistas à margem da lei, o que não as impede de contar com representantes, ou ao menos simpatizantes, nas esferas legais, inclusive da política e nas instituições.
O domínio territorial exercido por esses grupos transforma vastos espaços da cidade em campos de pilhagem e predação. Implica desafio ao Estado, supostamente o detentor do monopólio do uso legítimo da força, e ainda inscreve no horizonte de possibilidades da cidade uma imagem apocalíptica, a da territorialidade rígida e segmentada, controlada pelos detentores do monopólio do uso de fato da força, sobre cada uma das parcelas da vida urbana sob seu império.
Mais do que uma questão de segurança pública, a desarticulação dos grupos armados é uma exigência para a viabilidade da cidade democrática.
LESSA, Renato. Crime, violência e territorialidade. Ciência Hoje, ed. 288, jul. 2009. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/ revista-ch/revista-ch-2009/261/crime-violencia-e-territorialidade
De acordo com o primeiro parágrafo do texto, podemos dizer que a
I – sociabilidade é uma marca da cidade do Rio de Janeiro.
II – vida em sociedade, no Rio de Janeiro, está marcada pelos efeitos da violência e da criminalidade na forma de ocupação do espaço urbano.
III – ação de grupos armados mostra-se de forma intensa em determinados espaços da vida urbana, denunciando uma mazela de difícil solução.
Assinale a alternativa correta.
Questão 43 8491278
UNESP 2023/1A necessária redução do tempo é melhor alcançada se os consumidores não puderem prestar atenção ou concentrar o desejo por muito tempo em qualquer objeto; isto é, se forem impacientes, impetuosos, indóceis e, acima de tudo, facilmente instigáveis e também se facilmente perderem o interesse. […] A relação tradicional entre necessidades e sua satisfação é revertida: a promessa e a esperança de satisfação precedem a necessidade que se promete satisfazer e serão sempre mais intensas e atraentes que as necessidades efetivas.
(Zygmunt Bauman. Globalização, 2021.)
A argumentação apresentada no excerto sobre o tempo do consumo expressa ações características
Questão 24 8533803
Unioeste Tarde 2023Leia atentamente o seguinte trecho:
[Falar em gênero é colocar a questão de que] não há natureza, há desde sempre criação cultural (...) é assumir o poder de escolha para nós humanos, como sujeitos da história. Não é do além-mundo que os sentidos e destinos serão criados. É da vida na história.
DUARTE, C. TELLES, C. “Entrevista: Professora Débora Diniz”. Revista Publicum. Rio de Janeiro, Número 2, 2016, p. 1-12.
Agora, considere as seguintes afirmações:
I A compreensão acerca do que é natureza é a mesma para todas as culturas.
II A antropologia é a disciplina acadêmica responsável por registrar e distinguir as diferentes maneiras de organizar simbolicamente o mundo.
III O reconhecimento das mais diversas expressões humanas é importante para a construção de um mundo mais tolerante e sem discriminação.
IV Os estudos de gênero fundamentam a luta contra a restrição de direitos sexuais e reprodutivos e contra a violação da igualdade entre homens e mulheres.
Assinale a alternativa que indica quais das afirmações são CORRETAS.
Questão 2 6305988
EMESCAM 2022INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
Os calendários de vacinação e as expectativas frustradas
A população brasileira, felizmente, tem percebido que a vacinação contra a Covid-19 é a grande porta de saída para o país vencer a pandemia e finalmente deixar para trás todas as restrições ao convívio social e à atividade econômica, este dito “novo normal” que de normal não tem praticamente nada. As pesquisas de opinião mostram uma intenção maciça de se vacinar – algumas das sondagens mais recentes colocam essa adesão na casa dos 80% e até dos 90%, um sinal animador quando se considera que a pandemia estará sob controle com ao menos 70% da população vacinada. Mídias sociais veiculam registros em foto ou vídeo de pessoas celebrando o fato de receberem a imunização, seja na primeira ou na segunda dose.
Por isso, é compreensível que inúmeros brasileiros recebam como um banho de água fria as suspensões da vacinação em diversas cidades – principalmente a vacinação pelo critério de idade, que em vários centros urbanos já avançava. O motivo é a já conhecida falta de vacinas ou de insumos para produzi-las. Por mais que haja demanda da população e infraestrutura capaz de conduzir esforços de vacinação em massa – campanhas passadas contra a poliomielite ou gripe já mostraram que o Brasil consegue aplicar dezenas de milhões de vacinas em questão de dias ou semanas –, a velocidade de produção local (no caso do Instituto Butantan e da Fiocruz) e da entrega de vacinas importadas (como a da Pfizer ou da Janssen) não tem dado conta da necessidade, forçando as pausas até que novas remessas cheguem aos municípios.
Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/ editoriais/os-calendarios-de-vacinacao-e-as-expectativasfrustradas/. Acesso em: 29 ago.2021 (adaptado).
Com base na construção desse editorial, assinale a alternativa que pode ser confirmada no texto.
Questão 38 6325535
CESMAC Medicina 1° Dia 2022Para essa corrente demográfica, haveria uma total incompatibilidade entre a capacidade de reprodução humana e a possibilidade de produção dos meios de subsistência, uma vez que a população, quando não controlada, tende a crescer em progressão geométrica, enquanto os meios de subsistência aumentam em progressão aritmética (Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011).
O texto está referindo-se à seguinte corrente da demografia: