Questões de Sociologia - Temática - Ciências Sociais - Antropologia
260 Questões
Questão 113 12597871
UECE 2ª Fase 2º Dia 2024/2Atente para o seguinte enunciado sobre um processo antropológico: Há neste processo sempre uma sobredeterminação ou uma falta, mas nunca um ajuste completo, uma totalidade em si. Este processo obedece à lógica do “mais-que-um” e envolve além de um trabalho discursivo, o fechamento e a marcação de fronteiras simbólicas; ele produz fronteiras. No fim, para se consolidar, este processo requer aquilo que é “deixado de fora”, o exterior que o constitui.
O enunciado acima se refere teoricamente
Questão 111 12597856
UECE 2ª Fase 2º Dia 2024/2A antropóloga norte-americana Margaret Mead (1901-1978) demonstrou a partir de suas pesquisas com nativos da Papua-Nova Guiné nos anos 1930 que as definições e as normas de gênero variam amplamente entre as sociedades e não são determinadas por condições biológicas. Mead investigou as normas de socialização entre os Arapesh, os Mundugumor e os Tchambuli, e constatou que os modos de concepção sobre o gênero, como homens e mulheres se comportam, por exemplo, eram bastante diferentes da concepção norte-americana e/ou ocidental. Entre os Tchambuli, os homens eram educados a serem sensíveis e preocupados com a aparência, e as mulheres para serem extrovertidas e detentoras do poder econômico.
Assim, considerando essa compreensão, é correto afirmar que
Questão 32 10769436
UEMA PAES 2024Os casos de feminicídio, no século XXI, têm sido constantemente anunciados na mídia. Embora possa parecer “algo novo”, já se afirmava a violência à mulher em séculos anteriores. Leia os textos sobre o tema. O primeiro descreve as formas de opressão sofridas pelas mulheres; o segundo define o conceito de feminicídio no mundo contemporâneo.
TEXTO I
NAS MÃOS DE UM HOMEM, A LÓGICA É MUITAS VEZES VIOLÊNCIA
0 casamento incita o homem a um imperialismo caprichoso: a tentação de dominar é a mais universal, a mais irresistível que existe; muitas vezes não basta ao esposo ser aprovado, admirado, aconselhar, guiar: ele ordena, representa o papel de soberano. Todos os rancores acumulados em sua infância, durante sua vida, acumulados quotidianamente entre os outros homens cuja existência o freia e fere, ele descarrega em casa, acenando para a mulher com sua autoridade; mima a violência, a força, a intransigência: dá ordens com voz severa, ou grita, bate na mesa; essa comédia é para a mulher uma realidade quotidiana. Ele se acha tão convencido de seus direitos que a menor autonomia conservada pela mulher lhe parece uma rebeldia; gostaria de impedi-la de respirar sem ele.
BEAUVOIR, Simone. Segundo Sexo. São Paulo, Nova Fonteira: 2020.
TEXTO II
O CONCEITO DE FEMINICÍDIO
“Trata-se de um crime de ódio. O conceito surgiu na década de 1970 com o fim de reconhecer e dar visibilidade à discriminação, opressão, desigualdade e violência sistemática contra as mulheres, que, em sua forma mais aguda, culmina na morte. Essa forma de assassinato não constitui um evento isolado e nem repentino ou inesperado; ao contrário, faz parte de um processo contínuo de violências, cujas raízes misóginas caracterizam o uso de violência extrema. Inclui uma vasta gama de abusos, desde verbais, físicos e sexuais, como o estupro, e diversas formas de mutilação e de barbárie.”
Eleonora Menicucci https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/feminicidio/capitulos/o-que-e-feminicidio/#o-que-e-feminicidio
Da leitura dos dois textos, pode-se afirmar que Beauvoir já identificava, nos anos 40 do século XX, que a violência contra a mulher sempre foi.
Questão 59 10708452
FDF 2024Para responder à questão de Língua Portuguesa utilize como base os textos a seguir.
Texto 1
Cotado, Dino diz que há vários critérios de indicação ao STF além de raça e gênero
Ministro da Justiça É principal citado para a vaga de Resa Webes, Lula já disse não tee pressa com
sua senha
27 set. 2023 às 12h52 Marianna Holanda
BRASÍLIA ? O ministro Flávio Dino (Justiça) disse nesta quarta-feira (27) que existem vários critérios para a indicação do presidente Lula (PT) à vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) além de raça e gênero.
Dino é o principal cotado hoje na bolsa de apostas de candidatos à sucessão da ministra Rosa Weber, que se aposenta da corte nos próximos dias. O outro nome cotado é o do ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias.
O chefe do Executivo tem sido pressionado pela sociedade civil e por aliados a não diminuir a representatividade feminina na Suprema Corte, que hoje é de 2 mulheres para 9 homens. Há uma ânsia comum na parte que Lula escolha uma mulher negra para o posto.
"Toda reivindicação dos movimentos sociais é legítima, sempre. Agora lembramos que é um sistema. Temos instituições de Justiça com várias instâncias, com vários tribunais, e o presidente tem observado isso, sou testemunha. Ele tem nomeado muitas mulheres, pessoas negras", disse Dino a jornalistas no Palácio do Planalto [...].
"Então, ele [Lula] leva em conta isso como critério, e de fato é algo que nosso governo preza muito. Em relação ao Supremo, é claro, existem vários critérios. E aí é um arbitramento que cabe a ele, né?", completou.
Dino se declarou partido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas últimas eleições.
[...]
Além do o presidente ter sinalizado não ter pressa para as indicações, Lula disse nesta semana que gênero e cor não serão critérios para a sua escolha.
"O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo por isso que eu tô dizendo que eu vou escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e expectativas do Brasil. Uma pessoa que possa servir o Brasil. Uma pessoa que tenha respeito com a sociedade brasileira. Uma pessoa que vote adequadamente sem ficar votando pela imprensa. Saber?", afirmou o presidente a jornalistas no Itamaraty nesta semana.
A crítica a quem possa ficar "votando pela imprensa" ocorrerá três semanas depois de o mandatário já ter sugerido que votos de ministros da Suprema Corte façam eco sobre sigilo. À época, ele disse que seria para não criar "animosidade" com os magistrados e que a sociedade não tem que saber como eles votam.
Depois, Lula seguiu e disse que já tem várias pessoas "em mira". Mas, questionado sobre o nome de Dino, o presidente se esquivou e disse que vai indicar a pessoa mais correta que ele conhecer.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/09/cotado-dino-diz-que-ha-varios-criterios-de-indicacao-ao-stf-alem-de-raca-e-genero.shtml. Acesso em: 10 nov. 2023. (Adaptado)
Texto 2
O retrocesso bate à porta do STF
Diversidade não é bônus ou agrado, é dever indelével de nossos representantes 31.out.2023 às 22h00 Atualizado: 31.out.2023 às 22h58 Sheila Neder Cerezetti e Lívia Gil Guimarães
Diante da aposentadoria da ministra Rosa Weber, proliferam manifestações favoráveis à indicação de uma mulher ao posto. Nada mais natural, dado o enorme retrocesso que opção diversa representaria.
Até um dia antes de sua aposentadoria, o Supremo Tribunal Federal era composto por 9 homens e 2 mulheres; ou seja, o gênero feminino significava apenas 18,2% da mais alta corte do país. Se a vaga for preenchida por um homem, a porcentagem cairá para 9,1%. Dos atuais 10 integrantes, 1 se autoidentifica como pardo, os demais são brancos. Nunca uma mulher negra compôs o tribunal.
A ausência de indicação de uma mulher reforçaria o fato de que o Brasil está longe de alcançar equidade de gênero, sendo reflexo do descaso do Estado brasileiro em relação à situação de discriminação a que mulheres e meninas estão submetidas diariamente. É sob o prisma de evidente subvalorização do gênero feminino refletida nos índices de violência, desigualdade salarial e diminuta participação em espaços de poder que deve ser discutida a presença de ministras no STF
O debate deve centrar-se no imperativo de uma sociedade mais justa e igualitária, em que a exclusão de determinados grupos sociais seja constantemente rechaçada e combatida. Inexiste justificativa plausível para que homens sigam em pujante maioria nos altos postos públicos.
Por uma questão de igualdade distributiva e de reconhecimento, mulheres devem ter a oportunidade de contribuir ativamente nos espaços de tomada de decisão que dizem respeito às questões mais fundamentais da sociedade. Pensar diferente disso apenas revela o profundo descompasso do Brasil com instrumentos internacionais como a Cedaw (Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher) e o objetivo 5 da Agenda 2030 da ONU. Não podemos mais faltar com atenção à necessidade de combater preconceitos e discriminações que persistem na trajetória de mulheres.
Os marcadores sociais da diferença "raça" e "etnia" não devem ser entendidos como acessórios nessa análise: o Brasil historicamente secundarizou o exercício da cidadania de pessoas negras e indígenas, porque subalternizou- as em um projeto político e econômico. Na ótica interseccional, gênero e raça despontam como fatores de discriminação indevida e representam preconceitos e vivências de exclusão na dinâmica histórica brasileira.
Em perspectiva comparada, o Brasil possui posição bastante fragilizada. A ocupação feminina de apenas um assento no Supremo colocaria o país em penúltimo lugar na lista daqueles com maior desigualdade de gênero em cortes supremas da América Latina, à frente apenas da Argentina, segundo a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). Isso sem falar na comparação, por exemplo, com Canadá e Estados Unidos, em que mulheres ocupam 44,4% desses espaços.
Em 2022, esses países acompanharam inéditas indicações de juízas de suprema corte que levaram em consideração os marcadores sociais da diferença etnia e raça em intersecção com gênero. No caso canadense, houve a primeira mulher oriunda de povos originários e, nos EUA, a primeira mulher negra. Vê-se que as discussões sobre maior diversidade em cortes estão em pauta, especialmente em momentos de necessária oposição ao obscurantismo.
Perdemos reiteradamente oportunidades de melhorar os números nacionais e de favorecer a igualdade com as últimas indicações de homens brancos ao STF Diversidade não é bônus ou agrado; é dever permanente de nossos representantes, assim como o é o combate às desigualdades impregnadas nas estruturas das instituições estatais e privadas deste país.
A indicação de uma mulher progressista é ato inegociável de promoção da participação de brasileiras na vida pública. É a única medida aceitável se não quisermos compactuar com o gritante retrocesso que se avizinha e que poderá durar longos cinco anos até a próxima aposentadoria. Opções qualificadas não faltam ao presidente Lula.
Sheila Neder Cerezetti Professora de direito comercial da Faculdade de Direito da USP, é coordenadora do Grupo de Pesquisa e Estudos de Inclusão na Academia (Gpeia-USP)
Lívia Gil Guimarães Doutora e mestra em direito constitucional (USP), é autora da tese "Mulheres na Composição de Cortes Supremas: Um Estudo sobre a Desigualdade de Gênero"; coordenadora do Gpeia- USP e pesquisadora do grupo Constituição, Política e Instituições (Copi-USP)
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2023/10/o-retrocesso-bate-a-porta-do-stf.shtml.Acesso em: 10 nov. 2023. (Adaptado)
No texto 2, as autoras afirmam que a diversidade é um dever permanente de nossos representantes.
Qual outro dever das nossas autoridades elas explicam?
Questão 20 10763997
UFSM Manhã 2023Leia o texto a seguir.
“Apenas 17 mulheres receberam o Prêmio Nobel em física, química ou medicina desde Marie Curie, em 1903, em comparação a 572 homens. Hoje, apenas 28% dos pesquisadores de todo o mundo são mulheres. Essas enormes disparidades, essa profunda desigualdade, não acontecem por acaso. Muitas meninas são impedidas de se desenvolver por conta da discriminação, pelos diversos vieses e por normas e expectativas sociais que influenciam a qualidade da educação que elas recebem, bem como os assuntos que elas estudam. A sub-representação das meninas na educação em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Science, Technology, Engineering and Mathematics – STEM) tem raízes profundas e coloca um freio prejudicial no avanço rumo ao desenvolvimento sustentável. Nós precisamos entender os fatores que estão por trás dessa situação para reverter essas tendências.”
Fonte: UNESCO. Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Brasília, 2018. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000264691. Acesso em: 24 maio 2023.
Com base em seus conhecimentos e no texto, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa a seguir.
( ) O termo “minorias” é usado pelas Ciências Sociais para designar os grupos historicamente excluídos dos processos de garantia de direitos e que, por isso, se encontram em desvantagem econômica, política e/ou social. Em relação ao acesso à educação em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, as minorias são representadas, em grande medida, pelo gênero feminino.
( ) O gênero é uma categoria sociológica importante para a compreensão dos processos sociais e das relações de poder neles estabelecidas.
( ) A disparidade na distinção do Prêmio Nobel em física, química ou medicina entre homens (572 premiados) e mulheres (17 premiadas) evidencia a excelência natural dos homens em relação às mulheres nessas áreas do conhecimento científico.
( ) O acesso de meninas e mulheres às ciências exatas e às tecnologias tem sido historicamente limitado e prejudicado pela ideia de que estas áreas são naturalmente de domínio e competência do gênero masculino.
A sequência correta é
Questão 90 10324627
ENEM 1º Dia (Amarela) 2023Elas foram as pioneiras dos direitos das mulheres no Afeganistão. Defensoras ferrenhas da lei, buscaram justiça para os mais marginalizados. Mas, agora, mais de 220 juízas afegás estão escondidas por medo de retaliação sob o regime do Talibã. Uma delas condenou centenas de homens por violência contra as mulheres, incluindo estupro, assassinato e tortura. Mas poucos dias depois que o Talibã assumiu o controle de sua cidade e milhares de criminosos condenados foram libertados da prisão, as ameaças de morte começaram. O país sempre foi considerado um dos lugares mais difíceis e perigosos do mundo para as mulheres. De acordo com estudos de organizações não governamentais, cerca de 87% das mulheres e meninas serão vítimas de abuso durante a vida.
Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 12 out. 2021 (adaptado).
O texto evidencia situação representativa de
Pastas
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