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Acesse GrátisQuestões de Sociologia - Temática
Questão 19 101018
ENEM PPL 1° Dia 2012A cultura ocidental acentuadamente antropocêntrica foi marcada por processos convergentes de desenvolvimento técnico–científico e acumulação de riquezas, propiciados pela expansão colonial, que resultaram na revolução industrial, no fortalecimento da ideia de progresso e no processo de ocidentalização do mundo.
FERREIRA, L. C. Dilemas do século XX: ideias para uma sociologia da questão ecológica. In: SILVA, J. P. (Org.) Por uma Sociologia do século XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
Esse processo de acumulação de riquezas no Ocidente, por longos séculos, se fez à custa da degradação do meio natural. Do ponto de vista da cultura e do imaginário ocidental moderno, isso se deveu à
Questão 36 8494175
UNESP 2023/2A expressão “Educação Ambiental” passou a ser usada como termo genérico para algo que se aproximaria de tudo o que pudesse ser acolhido sob o guarda-chuva das “boas práticas ambientais” ou ainda dos “bons comportamentos ambientais”. Mas, mesmo assim, restaria saber: que critérios definiriam as tais boas práticas? Do ponto de vista de quem são boas? [...]) Com base em que concepção de meio ambiente certas práticas sociais estariam sendo classificadas como ambientalmente adequadas ou inadequadas?
(Isabel C. de M. Carvalho. Educação ambiental, 2012.)
A expressão “Educação Ambiental” envolve outros aspectos importantes, tais como:
Questão 1 297848
Unisinos Inverno 2017A sociedade contemporânea e o consumismo*
Matheus Arcaro**
[1] Consumir é uma atividade humana. Certo, mas o que consumimos? Rapidamente, vem à mente uma
[2] resposta elementar: bens materiais e serviços. Contudo, mesmo sem uma reflexão mais profunda, é possível
[3] concluir que isso não é tudo. Consumimos também tempo, espaço e, principalmente, representações. A re-
[4] presentação da perfeição, da beleza, da força, da atuação sobre as possibilidades. Por exemplo: quando um
[5] indivíduo compra um carro, além do bem material, ele adquire o domínio sobre a distância e, dependendo do
[6] modelo do veículo, status, virilidade etc.
[7] Na sociedade contemporânea, consumo e felicidade estão intrinsecamente ligados. Segundo Bau-
[8] drillard, eles se associam, principalmente, quando a Indústria Cultural mostra, em suas produções (novelas,
[9] propagandas, filmes), personagens realizados porque adquiriram bens materiais. Todavia, quem compra obje
[10] tos crendo que obterá felicidade, muitas vezes, não a encontra e, assim, cai em um vazio que só um novo con-
[11] sumo pode preencher. A incessante decepção de encontrar a felicidade no consumo leva a indústria a sempre
[12] produzir lançamentos para trocar a insatisfação por uma nova necessidade. Epicuro dizia que a ambição é a
[13] grande vilã da felicidade, pois o sentimento de insaciedade conduz o homem a buscar incessantemente mais
[14] do que o necessário para viver bem.
[15] Não é exagero afirmar que tudo é mercadoria na contemporaneidade. Mesmo as relações do indivíduo
[16] com o outro e consigo mesmo são coisificadas.[...]
[17] Muitas pessoas só conseguem encontrar raros momentos de felicidade nas festas, passeios, novelas,
[18] filmes, músicas, entorpecentes, ou seja, apenas fugindo dessa vida estressante, conflituosa e contraditória.
[19] Mas não há efetividade sem contradições. E, assim, novamente cai-se na decepção. Trabalha-se seis dias da
[20] semana para ter condições financeiras de desfrutar um sábado nas festas, um domingo nas praias ou uma
[21] viagem de uma semana. E, quanto mais se desfruta, mais traumatizado pode tornar-se e acabar mais vicia-
[22] do nesse processo catártico. Theodor Adorno afirmava: “Divertir-se significa que não devemos pensar; que
[23] devemos esquecer a dor, mesmo onde ela se mostra. Na base do divertimento, planta-se a impotência.” [...]
[24] Guy Debord descreve a sociedade contemporânea como a “sociedade do espetáculo”, que substitui o
[25] cogito cartesiano “Penso, logo existo!” por “Sou visto, logo existo!”. A mídia, obviamente, é o centro de seus
[26] exames. Mesmo quando se veste de criticidade, é preciso analisá-la com ressalvas, pois, na maioria das ve-
[27] zes, ou ela é descritiva ou sensacionalista. [...]
[28] E, além disso, é nos meios de comunicação que se propaga o que deve ser consumido. Cientificiza-se
[29] o discurso midiático, como nos casos dos cremes de beleza que são testados nos melhores laboratórios, pelos
[30] melhores cientistas. Perde-se a credibilidade no vazio discursivo, como se observa na capa de uma revista de
[31] circulação nacional: “Chegue com todo gás aos cem anos!”. Cabe a questão: estamos preparados para viver
[32] cem anos? Difícil, pois, na sociedade contemporânea, a vida do sujeito resume-se à vida “ativa”. E, para ser
[33] “ativo”, esse sujeito precisa trabalhar oito horas por dia (às vezes mais) em um local de que muitas vezes não
[34] gosta. Como consequência, ele acaba subutilizando sua capacidade crítica, reflexiva e estética e, sem perce-
[35] ber, abre mão da sua humanidade. Vale tamanho sacrifício em prol do consumo?
*Texto disponível em: http://www.educadois.com.br/sociedade-contemporanea- -consumismo/. Acesso em: 21 abr. 2017. Adaptação. **Colunista.
Considerando o sentido do texto, assinale a única alternativa correta.
Questão 23 127773
UNITAU Medicina Inverno - 1ª Fase 2016“Quando tudo era meio natural, o homem escolhia da natureza aquelas suas partes ou aspectos considerados fundamentais ao exercício da vida, valorizando, diferentemente, segundo os lugares e as culturas, essas condições naturais que se constituíam a base material da existência do grupo”.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2002. p. 235.
Sobre o meio natural, analise as afirmativas abaixo.
I. O homem, que era considerado parte do meio, utilizava os recursos naturais sem muitas transformações.
II. As motivações de uso do meio eram, sobretudo, espirituais.
III. A sociedade territorial produzia uma série de comportamentos, cuja razão era a preservação da vida.
Está CORRETO o que se afirma em
Questão 55 109973
UERJ 2015/1O movimento e a avenida
Em vista da importância do Exército para as classes dominantes, não é de admirar que o tráfego militar fosse o fator determinante do planejamento das cidades, exemplificado pelo traçado das avenidas de Paris, proposto pelo prefeito Haussmann entre 1853 e 1870.
Adaptado de MUNFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Topografia da Maré facilita ocupação pelo Exército
Ao adotar no Complexo da Maré estratégia semelhante à utilizada para ocupar os Complexos do Alemão e da Penha, o Exército vai encontrar mais vantagens do que desvantagens, apesar de a nova região ser maior e mais populosa. A topografia da área a ser pacificada é plana, e as ruas são mais largas, fatores que acabam facilitando a distribuição do efetivo e as manobras dos veículos militares.
Adaptado de extra.globo.com, 02/04/2014.
Apesar das muitas diferenças existentes entre Paris no século XIX e Rio de Janeiro no século XXI, os textos apontam para manifestações do exercício do poder militar em ambas as cidades.
Nos dois contextos, é reconhecível a seguinte relação estratégica entre o espaço da cidade e a ação do Estado:
Questão 45 141843
UPE 1° Fase / 2° Dia SSA 2015Leia o texto a seguir:
Moradores do Coque fecham Estrada de Belém em frente ao Centro de Convenções
Coque (R)Existe - No início do mês, o Circuito Coque (R)Existe, criado pela união de moradores e líderes da localidade com organizações, instituições, centros de ensino, movimentos e ativistas, realizou um dia de atividades para recontar a história da comunidade através de um viés afetivo, crítico e propositivo. Foram realizadas rodas de diálogo e espaços lúdicos de integração entre a comunidade e o seu entorno.
Entre os principais objetos estavam: reforçar a garantia dos direitos essenciais, como a preservação do meio ambiente natural e construído; a urgência na implementação de uma infraestrutura básica; inibição da especulação imobiliária em relação às áreas urbanas, evitando o processo de expulsão de moradores; estímulo e incentivo à participação comunitária no processo de urbanização e regularização fundiária das Leis; respeito às tipicidades e características das áreas em que se encontra a comunidade do Coque. Devem participar moradores do bairro e bairros vizinhos, professores, estudantes, movimentos sociais, profissionais de várias áreas de atuação.
Fonte: Diário de Pernambuco, 22/08/2013. Caderno Vida Urbana. Adaptado.
Com base no texto, comunidade pode ser definida como