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Acesse GrátisQuestões de Sociologia - Temática
Questão 70 5124918
UECE 2021Considere a seguinte afirmação do pensador indígena Ailton Krenak: “Nas narrativas tradicionais do nosso povo, das nossas tribos, não tem data, é quando foi criado o fogo, é quando foi criada a lua, quando nasceram as estrelas, quando nasceram as montanhas, quando nasceram os rios. Antes, antes, já existia uma memória puxando o sentido das coisas, relacionando o sentido dessa fundação do mundo com a vida, com o comportamento nosso, como aquilo que pode ser entendido como o jeito de viver”.
Krenak, Ailton. Antes o mundo não existia. In: Novaes, Adauto (org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
A afirmação, acima apresentada, se baseia em uma concepção de narrativas tradicionais, segundo a qual elas
Questão 9 6846750
Unioeste Tarde 2021A partir da ênfase destacada na tira citada acima, Mafalda sugere o adoecimento do planeta.
Ao pensar sobre essa indicação, é CORRETO afirmar que em relação à pandemia de COVID-19 e o convívio global na atualidade:
Questão 93 9515272
UnB - PAS 2021/1O propósito do primeiro episódio da série O povo brasileiro, de Isa G. Ferraz, é apresentar um panorama da formação sociocultural tupinambá-tupiniquim: a organização aldeã, o sistema de crenças, a antropofagia, as práticas agrícolas, as guerras e festas, os conhecimentos astronômicos, a trama do parentesco, a vida amorosa e sexual... Em suma, mostrar quem eram aqueles que circulavam, com seus mitos e ritos, pelos litorais da terra brasílica.
Internet: canalcurta.tv.br (com adaptações).
Tendo como referência o documentário O povo brasileiro (parte I): a matriz Tupi, de que trata o texto anterior, assinale a opção correta no item.
Trazendo uma reflexão sobre o Brasil, esse documentário
Questão 51 3188323
UFU 1° Dia 2019/2Segundo alguns teóricos, há múltiplas possibilidades de orientação para a vida em que o uso de tecnologias age sobre as ações dos indivíduos. Para Sales (2014), a juventude, particularmente, “estabelece um vínculo com a tecnologia da ordem da impregnação e da composição. Símbolos compartilhados no ciberespaço geram significados e referenciam atitudes e posturas das pessoas tanto quanto sinais e gestos do encontro físico.”
SALES, Shirlei Rezende. Tecnologias digitais e juventude ciborgue: alguns desafios para o currículo do Ensino Médio. In: DAYRELL, Juarez, CARRANO, Paulo e MAIA, Carla Linhares (Org.). Juventude e Ensino Médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 234.
Com base na charge e na teorização apresentadas, é correto afirmar que os jovens do século XXI
Questão 102 305900
UnB 2018/1 A imaginação sociológica permite-nos compreender a história e a biografia e as relações entre ambas dentro da sociedade. Essa é a sua tarefa e a sua promessa. Nenhum estudo social que não se volte ao problema da biografia, da história e de suas interligações dentro de uma sociedade completará a sua jornada intelectual, pois essa imaginação é a capacidade de passar de uma perspectiva a outra — da política para a psicológica; do exame de uma única família para a análise comparativa dos orçamentos nacionais do mundo; da escola teológica para a estrutura militar; de considerações de uma indústria petrolífera para estudos da poesia contemporânea.
Charles Wright Mills A promessa In: Charles Wright Mills A imaginação sociológica Trad Waltensir Dutra Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982, p 12-3 (com adaptações)
Com base no excerto de texto precedente, julgue o item seguinte.
No fragmento, o autor elenca diferentes formas de manifestação da “imaginação sociológica” e as considera como atribuições do cientista social.
Questão 2 1373498
UESB 1° Dia 2018TEXTO:
"Eu me amo, eu me amo, não posso mais viver sem mim": narcisismo, ciberespaço e capitalismo
Caetano Veloso, em tom poético, cantou que
"Narciso acha feio o que não é espelho". O Mito de
Narciso é uma história que nos remete à mitologia
grega, uma história que fala sobre um jovem que, ao
[5] se deparar com sua imagem na lâmina d'água de um
lago, apaixona-se por si mesmo. O mito é utilizado
para fazer referência ao apego de muitas pessoas a si
mesmas. Essas pessoas são geralmente chamadas de
narcisistas ou até mesmo de egocêntricas.
[10] Narcisismo e egocentrismo são dois termos de
grande difusão social, o que se deve à Psicanálise, que
utilizou o mito de Narciso para explicar a dificuldade
de muitas pessoas em adiar suas satisfações, guiadas
por um sentimento de urgência. Daí surgiu o termo
[15] narcisismo, que consiste numa fixação presente nos
primeiros estágios do desenvolvimento humano,
quando somos guiados pela urgência de satisfazer
nossas necessidades. A criança chora e a mãe dá-lhe
o peito. A satisfação quase sempre é imediata. Disso
[20] podem resultar registros mentais que levam à busca
de satisfação imediata, e, no futuro, a pessoa pode se
tornar um adulto que toma a si mesmo como medida
de todas as coisas, ou seja, coloca seu "eu" (ego) como
centro do universo.
[25] Ego é outro termo psicanalítico. Quase um sinônimo
de "eu", o ego seria a estrutura mental responsável por
negociar com o id (inconsciente) quando a satisfação de
nossos desejos ocorrerá. O ego é regido pelo princípio
de realidade, dominado pela razão; já o id é regido pelo
[30] princípio do prazer, da busca de satisfação de desejos
reprimidos. Um ego frágil vai ceder aos impulsos do
id, tendo, portanto, dificuldades de adiar a satisfação
dos desejos e de lidar com frustrações. Deriva dessa
dificuldade o egocentrismo. Daí a aproximação entre os
[35] conceitos de narcisismo e egocentrismo.
Essa propensão à intolerância quase sempre é
produto de esquemas de reforçamento contínuo. Nesse
tipo de esquema, o reforço segue o comportamento
praticamente todas as vezes que ele é emitido e
[40] costuma estar presente em histórias de pessoas
"mimadas", que tiveram de se esforçar muito pouco para
obter a satisfação de suas necessidades e desejos, pois
os pais ou outros membros da família quase sempre
proviam essa satisfação ao menor sinal de alteração
[45] emocional. É sabido que quanto mais imediato um
reforço ocorre depois de um comportamento, maior
a chance de esse comportamento ser fortalecido.
Portanto, a intolerância como padrão comportamental
pode ter relação com o esquema de reforçamento e
[50] com a imediaticidade com a qual os reforços foram
apresentados ao longo da história do indivíduo.
Sendo assim, pessoas podem se tornar reféns do
reforço, tornando-se incapazes de adiar a satisfação
de seus desejos e necessidades. São modeladas não
[55] somente para ser intolerantes às frustrações, como
também para buscar satisfação imediata. Elas se
tornam presas fáceis do ciberespaço, onde a satisfação
pode ser obtida apenas com um clique.
No ciberespaço, tudo parece ser mais fácil. As
[60] amizades são virtuais, sendo assim, os aborrecimentos
podem ser evitados bloqueando ou excluindo alguém
da rede de contatos. O prazer pode ser buscado em
chats e redes sociais.
Talvez seja hora de parar e pensar nos efeitos da
[65] cultura digital sobre o comportamento das pessoas.
Essa cultura não criaria circunstâncias favoráveis para
a modelagem de comportamentos narcisistas? Essa
cultura não favorece o fechamento sobre si mesmo,
de modo que as pessoas passem a entender que se
[70] bastam a si mesmas? Essa cultura não acaba por
favorecer o individualismo? Quais são os efeitos da
obtenção tão facilitada de reforços com apenas um
clique?
Se, na vida real, os reforços podem ser adiados
[75] por causa de uma série de circunstâncias, no
ciberespaço eles são facilmente obtidos. Mas que
tipos de comportamentos estão sendo reforçados?
Comportamentos de não fazer nada, ou de se
empenhar em atividades que concorrem com outras
[80] mais produtivas. Muitas empresas bloqueiam o acesso
a chats e redes sociais, pois navegar em tais redes e
chats afeta o trabalho e a produtividade, acarretando
prejuízos.
Não estaria o mundo digital contribuindo para a
[85] criação de uma cultura do imediatismo? Creio que
não. Talvez esteja apenas fortalecendo contingências
que já operavam no mundo antes de sua existência,
contingências que fazem parte de um mundo capitalista
em que "tempo é dinheiro", um mundo do "just in time",
[90] um mundo regido pela urgência em produzir, pois
existe, de outra parte, a urgência em consumir. Um
mundo, pois, regido por produção versus consumo.
Se produzir com urgência é preciso, pois existe
premência de consumir o que se produz, cria-se um
[95] círculo vicioso em que o consumo é uma satisfação
inadiável e é realizado sem que se pense nas
consequências, sem consciência das contingências
que o determinam. Dessa forma, não se questiona
sobre o que está sendo consumido, pois o que importa
[100] é consumir para obter prazer.
O produto desse ciclo é a construção de pessoas
cada vez menos conscientes dos determinantes
de seu comportamento, incapazes de assumir um
posicionamento crítico sobre seu modo de vida e o
[105] mundo em que vivem, inseridas numa teia de consumo
em que elas mesmas são um produto à venda em
stands reais e virtuais. O não pensar nas consequências
produz pessoas alienadas, enamoradas por seu prazer,
como Narciso por sua imagem refletida no espelho
[110] d'água, pessoas que podem ser descritas com o refrão
da música do Ultraje a Rigor: "Eu me amo, eu me amo,
não posso mais viver sem mim".
Adaptado de Ribeiro, Bruno Alvarenga. "Eu me amo, eu me amo, não posso mais viver sem mim": narcisismo, ciberespaço e capitalismo. Em: http://cafe-com-ciencia.blogspot.com.br/2012/08/eu-me-amoeu-me-amo-nao-posso-mais.html. Acesso em 10.01.2018. Passim.
De acordo com o texto, sobre a diferença entre narcisismo e egocentrismo, está correto o que se afirma em
I. O narcisismo é um sentimento de urgência em obter satisfação; o egocentrismo se caracteriza pela focalização exclusiva em si mesmo.
II. O narcisismo é um modo de buscar compensar a falta de beleza; o egocentrismo implica o desejo de superar limitações pessoais.
III. O narcisismo se revela na intolerância e frustração do indivíduo frente à não satisfação de seus desejos; no egocentrismo, o que se destaca é a ausência de consideração do outro como referência de seus atos.
IV. No narcisismo, há uma insatisfação do indivíduo com sua própria aparência; já no egocentrismo, predomina, na mente do indivíduo, uma visão de inferioridade, que é compensada pelo ensimesmamento e rejeição da realidade objetiva.
V. O narcisismo consiste na busca de resolução imediata e urgente de necessidades pessoais; já o egocentrismo se caracteriza pela centralização do indivíduo em si mesmo como definidor de suas ações, concepções e decisões.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a