Questões de Sociologia - Teoria Sociológica
No início do século XX, a obra do biólogo e geólogo britânico Charles Darwin (1809 – 1882) influenciou significativamente as ciências sociais em gestação. A teoria da evolução das espécies serviu de base para a compreensão das diferenças entre as sociedades. Nesse momento, acreditava-se que elas passariam natural e gradualmente de primitivas para civilizadas. Nos anos subsequentes, o empréstimo da teoria de Darwin foi superado pela criação de um aparato teórico metodológico próprio das ciências humanas.
Assinale a alternativa que identifica CORRETAMENTE a teoria influenciada pela obra de Darwin.
Os ideais e os sentimentos que constituem a herança cultural dos membros de uma sociedade são impessoais, isto é, desenvolvem-se socialmente, e não são o fruto e nem a propriedade de indivíduos específicos. Como exemplo, tem-se a língua que todos falam em uma sociedade. A língua como fato social desempenha um papel crucial na coesão social e na construção da consciência coletiva.
Considerando esse pensamento, analise as afirmativas a seguir e marque a alternativa CORRETA.
No século XVIII, a confiança na razão e na capacidade de o conhecimento levar a humanidade a um patamar mais alto de progresso, regenerando o mundo através da conquista da natureza e promovendo a felicidade aqui na Terra, tornou-se bandeira e símbolo do movimento de crítica cultural que marca o Setecentos, o Século das Luzes – o Iluminismo. É esse movimento de ideias – que alcança seu ponto culminante com a Revolução Francesa e o novo quadro sociopolítico por ela configurado – que teve um impacto decisivo na formação da Sociologia e na definição de seu principal foco: o conflito entre o legado da tradição e as forças da modernidade. Considerando as ideias e o contexto que contribuíram para o surgimento da Sociologia, analise as afirmativas a seguir:
I- A ideia de liberdade passa a conotar a emancipação do indivíduo da autoridade social e religiosa, a conquista de direitos e a autonomia frente às instituições.
II- A ideia de que o progresso era uma lei inevitável que governava as sociedades consolida-se e vem a manifestar toda a sua força no pensamento social no século XIX.
III- A busca de explicações sobre a origem, a natureza e os possíveis rumos que tomariam as sociedades em vias de transformação ganham destaque e passam a fazer parte dos debates sobre o futuro das sociedades.
Estão CORRETAS as afirmativas
De que maneira ocorrem as mudanças e as transformações sociais em uma sociedade? A resposta para esta indagação constitui, na verdade, um dos tema-dilemas na sociologia e podem ter respostas bastante diferentes, de acordo com a perspectiva teórico-metodológica em que se refere. Entre os primeiros teóricos desta ciência social, podemos destacar Auguste Comte, Karl Marx e Émile Durkheim como os pensadores que possuem explicações sobre como ocorrem as mudanças em sociedade. Em síntese, para entender as mudanças sociais Comte partia da perspectiva do positivismo, Marx do materialismo histórico dialético e Durkheim do funcionalismo.
Considerando o enunciado acima, é correto afirmar que,
Atente para os seguintes excertos do Manifesto Comunista de Marx e Engels, de 1848.
“Ao invés das antigas necessidades, satisfeitas pelos produtos nacionais, surgem novas demandas, que reclamam para a sua satisfação os produtos das regiões mais longínquas e de climas os mais diversos. No lugar do antigo isolamento de regiões e nações autossuficientes, desenvolvem-se um intercâmbio universal e uma universal interdependência das nações.
[...]
Com o desenvolvimento da burguesia, isto é, do capital, desenvolve-se também o proletariado, [...], os quais só vivem enquanto têm trabalho e só têm trabalho enquanto o seu trabalho aumenta o capital. Esses operários, constrangidos a vender-se a retalho, são mercadoria, artigo de comércio como qualquer outro; em consequência, estão sujeitos a todas as vicissitudes da concorrência, a todas as flutuações do mercado”.
MARX, Karl e ENGELS, Friendrich. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2005.
Os trechos acima tratam, respectivamente, dos seguintes fenômenos sociais ainda atuais:
Do século XVI em diante, pelo menos nas classes mais altas, o garfo passou a ser usado como utensílio para comer, chegando através da Itália primeiramente à França e, em seguida, à Inglaterra e à Alemanha, depois de ter servido, durante algum tempo, apenas para retirar alimentos sólidos da travessa. Henrique Ill introduziu-o na França, trazendo-o provavelmente de Veneza. Seus cortesãos não foram pouco ridicularizados por essa maneira “afetada” de comer e, no princípio, não eram muito hábeis no uso do utensílio: pelo menos se dizia que metade da comida caía do garfo no caminho do prato à boca. Em data tão recente como o século XVII, o garfo era ainda basicamente artigo de luxo, geralmente feito de prata OU Ouro.
ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
O processo social relatado indica a formação de uma etiqueta que tem como princípio a