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Acesse GrátisQuestões de Sociologia - Trabalho e Estratificação Social
Questão 6 6431008
UEA-Específico Humanas 2022Enquanto a desigualdade de renda atingia o seu ponto mais alto na América Latina, seguida pela África, ela era em geral baixa em vários países asiáticos, onde uma reforma agrária bastante radical fora imposta pelas forças de ocupação americanas: Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Observadores dos triunfos industrializantes desses países têm se perguntado se eles foram favorecidos pelas vantagens sociais ou econômicas dessa situação. Em compensação, observadores do avanço da economia brasileira têm-se perguntado até onde ele tem sido refreado pela espetacular desigualdade de sua distribuição de renda.
(Eric J. Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX, 1998. Adaptado.)
O texto compara os desenvolvimentos industriais dos países asiáticos com o do Brasil, empregando como critério de análise
Questão 35 6901904
EBMSP 2022/1Enquanto na sociedade primitiva a organização entre os homens se fundamentava na propriedade coletiva e nos laços de sangue, na sociedade que começou a se dividir em classes, a propriedade passou a ser privada, e os laços de sangue retrocederam diante do novo vínculo que a escravidão estabeleceu. Neste sentido, as transformações ocorridas no modo de produção e nas relações de trabalho têm importância fundamental para a compreensão da dinâmica econômica, bem como das relações sociais no mundo contemporâneo.
DALLAGO, C. S. T. Relações de trabalho e modo de produção capitalista. Sem. de Saúde do Trabalhador de Franca, set. 2010. Disponível em: http://www.proceedings. scielo.br> Acesso em: nov. 2021. Adaptado.
Com base na leitura do texto, é correto afirmar que a evolução do trabalho para os moldes capitalistas possibilitou
Questão 41 6902767
UnB 1° Dia 2022O Brasil não tem sorte com seus centenários. O primeiro, em 1922, teve de conviver com os restos da devastação causada pela gripe espanhola, chegada ao país em 1918. O ano foi ainda marcado pela primeira revolta tenentista e pela decretação do estado de sítio. O segundo centenário, a ocorrer neste ano, virá na cauda de outra pandemia. As mudanças nesses 200 anos foram enormes. No entanto, os analistas que se encarregaram do tema de nossa trajetória reconhecem que há mais continuidades do que rupturas.
José Murilo de Carvalho. 200 anos de Brasil: pouco a celebrar, muito a questionar. In: O Estado de S. Paulo, 1.º/1/2022, p. D20 (com adaptações).
Infere-se do texto que, em dois séculos de vida nacional independente, não foi expressiva a transformação ocorrida no país: mantiveram-se a economia agroexportadora, a baixa taxa de urbanização e o pequeno acesso à educação, embora se tenha reduzido significativamente o problema da desigualdade.
Questão 72 6916681
UnB 1° Dia 2022Com um custo de 0,5% do produto interno bruto (PIB), o Bolsa-Família conseguiu, em seus dezoito anos de história, reduzir a pobreza e a pobreza extrema, diminuir a mortalidade infantil, aumentar a participação escolar feminina, reduzir a desigualdade regional do país e melhorar indicadores de insegurança alimentar entre os mais pobres.
Enquanto todos esses benefícios eram colhidos, a fertilidade da população de baixa renda diminuiu - o que mostra a falta de fundamento de uma das ideias difundidas inicialmente para atacar o programa: a de que ele seria um incentivo para que famílias buscassem ter mais filhos para receberem mais.
Embora o programa necessitasse de ajustes - como ser ampliado em número de beneficiários e valor dos benefícios, além de ser reajustado periodicamente como os salários, para que seus beneficiários não fossem prejudicados pela inflação -, os resultados positivos são visíveis. Eles foram reconhecidos internacionalmente ao longo dos anos e constatados nos mais de dezenove mil estudos sobre o programa.
Internet: www.bbc.com/ (com adaptações).
Considerando o texto precedente e o assunto nele abordado, julgue o seguinte item.
Como o benefício do Bolsa-Família era direito da mulher, o programa combateu desigualdades de gênero.
Questão 105 6926773
UnB 1° Dia 2022Crianças são as principais vítimas da crise
Mais de 17 milhões de brasileiros até 14 anos de idade sobreviveram em 2020 abaixo da linha de pobreza, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse contingente equivalente a 38,6% da população nessa faixa etária , 3,9 milhões estavam em situação extrema, a de miséria. Além dos mais jovens, a pobreza atinge com mais força as pessoas de cor preta ou parda. São quase três vezes mais negros do que brancos na extrema pobreza. Cerca de 8,8 milhões abaixo da linha de miséria são pretos ou pardos, o que representa quase 75% do total de pessoas nessa condição. Os brancos na miséria, em 2020, totalizavam 3,2 milhões. Entre os brasileiros abaixo da linha de pobreza, 36,8 milhões eram negros, enquanto os brancos somavam quase 13,6 milhões.
Internet: economia.uol.com.br (com adaptações).
Programas sociais que priorizem o combate à exclusão social da população negra não se justificam, na medida em que há também brancos em situação de exclusão.
Questão 40 6943138
URCA 2° Dia 2022/1Leia o texto a seguir e responda a questão.
Segurança privada em supermercados reproduz racismo no Brasil
A morte de João Alberto Silveira Freitas, espancado por seguranças prestadores de serviço do Carrefour, em novembro de 2020, levantou o debate sobre a existência de racismo estrutural no funcionamento do setor de segurança privada no país. Na avaliação de José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, há um olhar seletivo dos vigilantes, quase automático, que se volta contra a população negra. "Ele se sente como sendo o responsável por manter a ordem. No entanto, este conceito de ’ordem’ exclui a pele negra. A reação é o olhar de suspeita, a perseguição pelos corredores, a postura intimidadora e o constrangimento. Isso acontece mesmo se o vigilante for negro, por conta do racismo enraizado na sociedade contra os corpos negros", explica.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública e com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há aproximadamente 687 mil policiais e bombeiros e 99 mil guardas municipais no Brasil em exercício da função. Logo, o percentual de profissionais que fazem ’bico’ equivale a pelo menos 47 mil policiais, bombeiros e guardas municipais que também trabalham de maneira informal. Dados compilados pela Fenavist (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores) e publicados na 15ª. Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que o setor formal de segurança privada tem reduzido a quantidade de pessoas contratadas nos últimos anos. Em 2018, havia no país 604.746 seguranças privados aptos a exercer a profissão na ativa. Em 2020, esse número foi reduzido para 526.108.
(Texto de Caroline Nunes e Juca Guimarães, disponível em https://ojoioeotrigo.com.br/2022/03/seguranca-privada-emsupermercados-reproduz-racismo-no-brasil/. Adaptado.)
O fato de que as empresas de segurança privada têm diminuído o número de contratações formais, permite deduzir, de acordo com o texto, que: