Questões de Sociologia - Cultura - Cultura e Sociedade - Consumo
59 Questões
Questão 94 13249517
UNICENTRO 2024Observe a imagem e leia a reportagem a seguir.
(Crédito da Foto: Secretaria Municipal de Cultura de Curitiba.)
Na manhã desta quinta-feira, a Kapibarbie [a Capivara foi tomada como um símbolo da cidade de Curitiba em suas mídias sociais], que segundo a prefeitura é uma influencer digital, recepcionou o público no Cine Passeio, complexo cultural da prefeitura que está exibindo o filme. A primeira sessão do filme foi exibida para o público infantil. À noite, 19h40, a Kapibarbie volta ao Cine Passeio para recepcionar o restante do público.
(G1 PR; RPC. Curitiba apresenta Barbie Capivara ao multiverso da boneca no dia da estreia do filme. Conheça. G1. 20 jul. 2023. Disponível em: . Acesso em: 1 ago. 2023.)
Com base nos conhecimentos sobre sociedade de consumo, considere as afirmativas a seguir.
I. O consumo de bens e serviços reflete a cultura de uma sociedade, seus valores e prioridades. Itens de consumo podem se tornar símbolos culturais que representam afiliação a grupos específicos.
II. Na sociedade de consumo, os bens materiais têm pouco ou nenhum impacto nas identidades individuais. Sendo assim, as escolhas que os indivíduos realizam na esfera do consumo independem da posição que ocupam em determinado grupo social e das relações em que estão inseridos.
III. A sociedade de consumo é um modelo social sustentável, em que a compra de bens materiais, como a boneca Barbie e seus inúmeros acessórios, é incentivada para promover a distribuição de riqueza entre todas as camadas sociais.
IV. A “Kapibarbie” é uma expressão da força da publicidade na sociedade de consumo, que influencia e persuade os consumidores a adquirirem determinados produtos ou serviços, criando desejos e necessidades.
Assinale a alternativa correta.
Questão 48 10735005
ETEC 2024Há milênios, os seres humanos utilizam os corpos celestes como ferramenta para marcação da passagem do tempo. Embora sob o mesmo céu, povos diferentes o experienciaram de formas variadas e, para identificar os movimentos celestes, criaram regiões que eram, basicamente, desenhos formados pela união de estrelas, como em um jogo de ligar os pontos. Dessa forma, as mesmas estrelas compuseram diversas constelações ao longo da História e estiveram associadas a diferentes significados e simbologias.
No Egito Antigo, a constelação de Escorpião marcava o período das secas na região do Nilo, por conta da posição que essa constelação ocupava no céu nesse período. Já para os Tukanos, grupos indígenas localizados na região do noroeste amazônico, as estrelas que compõem Escorpião fazem parte da maior constelação da cultura Tukano, a constelação da Jararaca, cuja posição ocupada no céu está relacionada ao início do ciclo anual para esses povos. Nessa época do ano, acontecem chuvas intensas, o nível dos rios se eleva e ocorrem as primeiras reproduções dos peixes.
Podemos partir do exemplo citado para inferir corretamente que a interpretação dos fenômenos da natureza
Questão 8 10526863
FUVEST (USP) 2024“Entre os anos de 2012 e 2022, o número de pessoas autodeclaradas pretas e pardas aumentou em uma taxa superior à do crescimento do total da população do país, segundo o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE. No caso dos negros, essa porcentagem variou de 7,4% em 2012 para 10,6% em 2022. ‘(...) uma das hipóteses para o crescimento da proporção é que a percepção racial tenha mudado dentro da população, nos últimos anos’.”
O Globo, 22/07/2022; CNN Brasil, 16/06/2023.
“Pois bem, é justamente a partir daí que aparece a necessidade de teorizar as ‘raças’ como o que elas são, ou seja, construtos sociais, formas de identidade baseadas numa ideia biológica errônea, mas eficaz, socialmente, para construir, manter e reproduzir diferenças e privilégios. Se as raças não existem num sentido estritamente realista de ciência, ou seja, se não são um fato do mundo físico, são, contudo, plenamente existentes no mundo social, produtos de formas de classificar e de identificar que orientam as ações dos seres humanos.”
GUIMARÃES, Antônio Sergio Alfredo. Raças e estudos de relações raciais no Brasil. Novos Estudos CEBRAP, n.54, 1999. p.153.
Relacionando os dados trazidos pela PNAD/IBGE e o conceito de raça do sociólogo Antônio Sergio Alfredo Guimarães, é correto afirmar:
Questão 14 12502711
Barão de Mauá Outubro 2023A questão baseia-se no texto a seguir, extraído de uma das 44 Cartas do mundo líquido moderno, de Zygmunt Bauman.
Todos nós somos consumidores, é óbvio… Enquanto vivermos. Não pode ser de outro modo, porque, se paramos de consumir morremos. A única dúvida é quantos dias vai durar o desfecho fatal. O consumo – cuja ação é definida pelos dicionários como sinônimo de “usar”, “comer”, “ingerir (líquido ou comida)” e, por extensão, “gastar”, “dilapidar”, “exaurir” – é uma necessidade. Mas o “consumismo”, a tendência a situar a preocupação com o consumo no centro de todos os demais focos de interesse e quase sempre como aquilo que distingue o foco último desses interesses, não é.
O consumismo é um produto social, e não o veredicto inegociável da evolução biológica. Não basta consumir para continuar vivo se você quer viver e agir de acordo com as regras do consumismo. Ele é mais, muito mais que o mero consumo. Serve a muitos propósitos; é um fenômeno polivalente e multifuncional, uma espécie de chave mestra que abre todas as fechaduras, um dispositivo verdadeiramente universal. Acima de tudo, o consumismo tem o significado de transformar seres humanos em consumidores e rebaixar todos os outros aspectos a um plano inferior, secundário, derivado. [...]
O arquétipo dessa extensiva e incessante categoria de soluções de problemas que passam pelo incentivo ao consumo é a enfermidade física para a qual buscamos remédios na farmácia. Pode-se dizer que, numa sociedade consumista, todo comércio de produtos e serviços constitui, antes de mais nada, farmácias – quaisquer que sejam as mercadorias, além de medicamentos, que exponham em suas prateleiras e balcões para vender a fregueses atuais ou futuros.
Sejam quais forem os demais usos das mercadorias à venda, a maior parte delas (ou pelo menos é o que se sugere e imagina que sejam) é de remédios. Presume-se e espera-se que a aquisição e o consumo dessas mercadorias consigam aplacar desconfortos ou dores que de outra forma continuariam a inflamar e a infeccionar; melhor ainda, espera-se que esses atos evitem reações desagradáveis que sem dúvida se abaterão sobre o comprador preguiçoso e indolente. Desconfortos de toda sorte, não só a necessidade de abastecer a geladeira ou incrementar o guarda-roupa, para atender às nossas rotinas diárias de consumo ou à renovação cíclica de estoques de objetos usados ou gastos; inclusive o medo de perder nosso “valor de mercado” e de sermos alijados do “circuito social”, perder a estima social, a popularidade, a companhia de amigos – tudo porque você está por fora dos assuntos do momento e das jogadas mais cobiçadas, e por isso ignorou e perdeu as coisas de que todo mundo está falando e está louco para fazer.
Em síntese, os graves desconfortos causados pelo desconhecimento do fato de que outras pessoas depararam com novas invenções ou descobertas capazes de proporcionar sensações e satisfações das quais você – que dormiu no ponto – estaria lamentavelmente privado. Ou a incerteza que não para de fermentar em você sobre a atualidade dos conhecimentos e das habilidades que adquiriu no passado e que continua a usar no presente, de forma imprudente; uma torturante suspeita de que esses conhecimentos e habilidades, como é típico desse nosso mundo moderno em que tudo se move em alta velocidade, talvez necessitem de urgente atualização e revisão.
É preciso diariamente renovar e confirmar a confiança de que você tem acompanhado o ritmo frenético das mudanças, e por isso está certo. Um passeio normal pelos corredores de um centro comercial pode ser a resposta adequada para todas essas aflições, porque lhe permite reassegurar-se de que se encontra na trilha certa e está bem-informado. A pior sensação de malestar, uma espécie de metadesconforto que está na base de todas as inquietações específicas e que nos leva a repetir sem parar as visitas às farmácias consumistas, é a incerteza de estarmos no caminho certo, a insegurança de não saber se nossas preferências são corretas do ponto de vista das avaliações em curso, se estamos fazendo as coisas direito e nos comportando da maneira adequada.
BAUMAN, Zygmunt. 44 Cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011. Adaptado.
O travessão é um sinal de pontuação versátil que pode ser empregado com diversos propósitos. Sua aplicação proporciona clareza, organização e fluidez à escrita, como se nota nas passagens a seguir:
I. O consumo – cuja ação é definida pelos dicionários como sinônimo de “usar”, “comer”, “ingerir (líquido ou comida)” e, por extensão, “gastar”, “dilapidar”, “exaurir” – é uma necessidade.
II. Em síntese, os graves desconfortos causados pelo desconhecimento do fato de que outras pessoas depararam com novas invenções ou descobertas capazes de proporcionar sensações e satisfações das quais você – que dormiu no ponto – estaria lamentavelmente privado.
Em I e II, os travessões foram empregados, respectivamente, para
Questão 23 8533779
Unioeste Tarde 2023Em 1937, o sociólogo alemão Max Horkheimer publicou a obra Teoria Tradicional e Teoria Crítica, que é considerada o manifesto da Escola de Frankfurt. Dez anos depois, Adorno e Horkheimer publicariam a obra Dialética do Iluminismo, e desenvolveram o conceito de Indústria Cultural no ensaio A Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação das massas, estabelecendo uma proximidade com a teoria social do conhecimento. A expressão indústria cultural, nas palavras dos dois pensadores, apontava para uma sociedade marcada pelo princípio da indiferença e pela equivalência de homens e coisas como valor de troca de mercado.
A partir do exposto sobre o conceito de Indústria Cultural, assinale a alternativa CORRETA.
Questão 88 8078470
ENEM 1° Dia (Prova Rosa) 2022 Hoje sou um ser inanimado, mas já tive vida pulsante em seivas vegetais, fui um ser vivo; é bem verdade que o reino vegetal, mas isso não me tirou a percepção de vida vivida como tamborete. Guardo apreço pelos meus
criadores, as mãos que me fizeram, me venderam, e pelas mulheres que me usaram para suas vendas e de. tantas outras maneiras. Essas pessoas, sim, tiveram. suas subjetividades, singularidades e pluralidades, que estão incorporadas a mim. É preciso considerar que a nossa história, de móveis de museus, está para além da mera vinculação aos estilos e à patrimonialização que recebemos como bem material vinculado ao patrimônio imaterial. A nossa história está ligada aos dons individuais das pessoas e suas práticas sociais. Alguns individuos consagravam-se por terem determinados requisitos, tais como o conhecimento de modelos clássicos ou destreza nos desenhos.
FREITAS, J. M.; OLIVEIRA, L. R. Memórias de um tamborete de baiana: as muitas vozes . em um objelo de museu. Revista Brasilsira de Pesquisa (Auto)Blográfica n. 14, meio-ago. 2020 (adaptado).
Ao descrever-se como patrimônio museológico, o objeto abordado no texto associa a sua história às
Pastas
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