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Acesse GrátisQuestões de Sociologia - Cultura
Questão 88 8078470
ENEM 1° Dia (Prova Rosa) 2022 Hoje sou um ser inanimado, mas já tive vida pulsante em seivas vegetais, fui um ser vivo; é bem verdade que o reino vegetal, mas isso não me tirou a percepção de vida vivida como tamborete. Guardo apreço pelos meus
criadores, as mãos que me fizeram, me venderam, e pelas mulheres que me usaram para suas vendas e de. tantas outras maneiras. Essas pessoas, sim, tiveram. suas subjetividades, singularidades e pluralidades, que estão incorporadas a mim. É preciso considerar que a nossa história, de móveis de museus, está para além da mera vinculação aos estilos e à patrimonialização que recebemos como bem material vinculado ao patrimônio imaterial. A nossa história está ligada aos dons individuais das pessoas e suas práticas sociais. Alguns individuos consagravam-se por terem determinados requisitos, tais como o conhecimento de modelos clássicos ou destreza nos desenhos.
FREITAS, J. M.; OLIVEIRA, L. R. Memórias de um tamborete de baiana: as muitas vozes . em um objelo de museu. Revista Brasilsira de Pesquisa (Auto)Blográfica n. 14, meio-ago. 2020 (adaptado).
Ao descrever-se como patrimônio museológico, o objeto abordado no texto associa a sua história às
Questão 72 4448339
UNICAMP 2° Dia 2021Como justificar que somos uma humanidade, se mais de 70% estão totalmente alienados do mínimo exercício de ser? A modernização jogou essa gente do campo e da floresta para viver em favelas e em periferias, para virar mão de obra em centros urbanos. Essas pessoas foram arrancadas de seus coletivos, de seus lugares de origem, e jogadas nesse liquidificador chamado humanidade. Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos.
(Adaptado de Ailton Krenak, Ideias para adiar o fim do mundo. Apple Books, 2018, p. 10.)
Com base no texto e em seus conhecimentos, assinale a alternativa que apresenta corretamente os conceitos de “alienação” e “identidade”, respectivamente.
Questão 19 1408066
URCA 2° Dia 2020/1Ana Fani (1994, p.19) ao citar “Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios “ ou ainda “ Tudo bem , eu vou indo correndo pegar meu lugar no futuro “
Essas metáforas expressam de forma clara que:
Questão 15 3673447
ENEM Digital 1° Dia 2020Indústria cultural da felicidade
Tornou-se perigoso o emprego da palavra felicidade desde seu mau uso pela propaganda. Os que se negam a usá-la acreditam liberar os demais dos desvios das falsas necessidades, das bugigangas que se podem comprar em shoppings grã-finos ou em camelôs na beira da calçada, que, juntos, sustentam a indústria cultural da felicidade à qual foi reduzido o que, antes, era o ideal ético de uma vida justa. Infelicidade poderia ser o nome próprio desse novo estado da alma humana que se perdeu de si ao perder-se do sentido do que está a fazer. Desespero é um termo ainda mais agudo quando se trata da perda do sentido das ações pela perda da capacidade de reflexão sobre o que se faz. A felicidade publicitária está ao alcance dos dedos e não promete um depois. Resulta disso a massa de “desesperados” trafegando como zumbis nos shoppings e nas farmácias do país em busca de alento.
TIBURI, M. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br. Acesso em: 12 nov. 2014 (adaptado).
Ao reprovar a ação da indústria da felicidade e um comportamento humano, o texto associa a
Questão 85 463271
ENEM 1° Dia 2018A primeira fase da dominação da economia sobre a vida social acarretou, no modo de definir toda realização humana, uma evidente degradação do ser para o ter. A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada pelos resultados da economia, leva a um deslizamento generalizado do ter para o parecer, do qual todo ter efetivo deve extrair seu prestígio imediato e sua função última. Ao mesmo tempo, toda realidade individual tornou-se social, diretamente dependente da força social, moldada por ela.
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.
Uma manifestação contemporânea do fenômeno descrito no texto é o(a)
Questão 11 647891
FPS Demais Cursos 2018/2TEXTO
A era das compras
A economia capitalista moderna deve aumentar a produção constantemente se quiser sobreviver. Mas só produzir não é o bastante. Também é preciso que alguém compre os produtos, ou os industrialistas e os investidores irão à falência. Para evitar essa catástrofe e garantir que as pessoas comprem o que quer que a indústria produza, surgiu um novo tipo de ética: o consumismo.
A maioria das pessoas ao longo da história viveu em condições de escassez. A frugalidade era, portanto, sua palavra de ordem. A ética austera dos puritanos e a dos espartanos são apenas dois exemplos famosos. Uma pessoa boa evitava luxos, nunca desperdiçava comida e remendava calças rasgadas em vez de comprar novas. Somente reis e nobres renunciavam publicamente a tais valores e ostentavam suas riquezas.
O consumismo vê o consumo de cada vez mais produtos e serviços como algo positivo. Encoraja as pessoas a cuidarem de si mesmas, a se mimarem e até a se matarem pouco a pouco por meio do consumo exagerado. A frugalidade é uma doença a ser curada.
Durante a maior parte da história, as pessoas teriam sido repelidas, e não atraídas, por comerciais que oferecem “um verdadeiro deleite com o sabor maravilhoso de quero mais”. O consumismo trabalhou duro, com a ajuda da psicologia popular para convencer as pessoas de que a indulgência é algo bom ao passo que a frugalidade significa auto-opressão.
Ou seja, o consumismo prosperou. Somos todos bons consumistas. Compramos uma série de produtos de que não precisamos. Os fabricantes criam deliberadamente produtos de vida curta e inventam modelos novos e desnecessários que devemos comprar para “não ficar de fora”. Ir às compras se tornou um passatempo favorito, e os bens de consumo se tornaram mediadores essenciais nas relações sociais. Feriados religiosos, como o Natal, se tornaram festivais de compras.
O florescimento consumista é mais visível no mercado de alimentos. No mundo afluente de hoje, um dos principais problemas de saúde é a obesidade, que acomete pobres e ricos. Todos os anos, a população dos Estados Unidos gasta mais dinheiro em dietas do que a quantidade necessária para alimentar todas as pessoas famintas do mundo. A obesidade é vitória dupla para o consumismo. Em vez de comer pouco, o que levará à contração econômica, as pessoas comem demais e, então, compram produtos para dieta – contribuindo duplamente para o crescimento econômico.
A ética capitalista e a consumista são dois lados da mesma moeda, uma combinação de dois mandamentos. O mandamento supremo dos ricos é “invista”. O mandamento supremo do resto de nós é “compre”.
Yuval Noah Harari. Uma breve história da humanidade. Sapiens. Porto alegre, RS: L&PM, 2017, p.357-358. Adaptado.
Segundo o parecer do autor:
1) existe entre o capitalismo e o consumismo uma relação de interdependência.
2) o crescimento econômico está na raiz da oferta de supostas condições de prazer, de bem-estar e de autoestima.
3) ‘indulgência’ e ‘frugalidade’, semanticamente, estão em oposição.
4) a obesidade é uma doença restrita a ricos; os pobres são presa da contração econômica.
5) o consumismo é fruto de estratégias de produção, que, em nome do crescimento econômico, incita à indulgência.
Estão corretas: