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Acesse GrátisQuestões de Sociologia - Cultura
Questão 22 5521363
FACASPER 2021O QAnon é uma teoria da conspiração que defende ser o mundo governado por um suposto “estado profundo” dominado por uma elite satânica e pedófila. Apesar de seu aspecto delirante, a teoria disseminou-se pelos Estados Unidos e tem arregimentado adeptos em todo o globo. Nas eleições norte-americanas deste ano, o movimento QAnon elegeu uma parlamentar no estado sulista da Geórgia. Teorias conspiratórias não são um fenômeno recente. No final do século XIX, um texto antissemita, “Os protocolos dos sábios de Sião”, foi forjado pelo governo czarista da Rússia para comprovar a existência de um complô judaico para dominar o mundo. O texto fraudulento alcançou ampla notoriedade e credibilidade, e, ainda hoje, muitas pessoas creem em sua veracidade.
A partir de tais informações, é correto afirmar que:
Questão 8 6902416
UniNassau 2021/1Texto
Movimento que ganhou força nas redes sociais, a cultura do cancelamento descreve uma forma de denúncia, crítica e boicote a um indivíduo, geralmente artista, celebridade, político ou personalidade pública, cuja opinião ou atitude são consideradas ofensivas, preconceituosas, controversas ou inaceitáveis. Mesmo se você não for muito ativo nas mídias sociais, provavelmente já experimentou a repentina onda de medo quando percebe que disse algo que não deveria - e alguém notou. Essa aflição não ocorre à toa. Um deslize nas redes e você é cancelado. Seu erro, de repente, parece grave e irreparável, talvez possa custar seu emprego, afetar toda a sua vida e trazer consequências por anos. O termo cancelar, que antes se referia a produtos ou serviços, agora passa a ser usado também para pessoas. Impossível resistir à reflexão de que talvez estejamos empregando para nossas relações interpessoais as mesmas práticas utilitaristas adotadas pela sociedade de consumo. (...)
Embora as variantes históricas do que hoje chamamos de cultura do cancelamento funcionem há muito como ferramenta de reivindicação por justiça e necessidade de reforma, o fenômeno atual ganha contornos específicos. Alguns dos movimentos coletivos mais importantes dos últimos anos transcorreram na esteira da cultura do cancelamento, quando pautas de combate às desigualdades sociais, raciais e de gênero puderam ganhar maior visibilidade. Fizeram parte desse processo movimentos como #metoo e #blacklivesmatter, que aprofundaram o debate na polis ao denunciar casos de abuso sexual e de racismo, respectivamente. A questão, contudo, não é simples e, paradoxalmente, o resultado da cultura do cancelamento pode ser oposto ao que se pretende, aumentando a visibilidade do cancelado. Ademais, o ato de simplesmente cancelar pode esvaziar o debate político, ao gerar a ilusão de que o problema deixou de existir.
Pode-se questionar ainda qual o destino daquele que foi cancelado. Há indícios fortes para acreditarmos que o mero banimento virtual não seja capaz de promover transformações favoráveis sólidas. O ressentimento advindo do cancelamento pode fortalecer nas redes movimentos conservadores ou extremistas, dispostos a contestar o cancelamento - e cancelar quem cancelou. Portanto, o banimento por determinado grupo pode significar adesão por parte de outro, alimentando relações que contemplam cada vez menos as nuances e o contraditório. O cancelamento alimenta-se de uma métrica severa e intolerante ao erro, que em algum momento recairá também sobre quem o pratica, afinal, quem nunca falhou? Nesse cenário, sobra pouco espaço para o arrependimento e o debate frequentemente cede lugar ao revanchismo, acusação e certeza cega.
A escassez de produção de dúvida, própria do comportamento em massa visto nas mídias sociais, não abre espaço para o debate mais aprofundado e verdades absolutas - como se elas existissem - são facilmente absorvidas. O fenômeno é rapidamente propagado e amplificado nos espaços virtuais, que proporcionam a ilusão de anonimato e a facilidade de denunciar ou cancelar alguém com um simples clique. Soma-se isso à urgência de que cada um posicionese a respeito de qualquer tema, ainda que não se tenha informação ou tempo suficientes para formar uma opinião sobre determinado assunto.
Esse comportamento visto nas redes é cada vez mais refletido nos relacionamentos para além das telas. É exatamente nessa transição entre a experiência virtual e a vida real que se revelam os impasses sobre a cultura do cancelamento. Afinal, o cancelamento atinge seus objetivos e promove mudança? Pessoas tornam-se mais sensíveis às causas que motivaram seu cancelamento? As respostas devem conter um tanto de sim e de não, e instigam a reflexão de que talvez estejamos cada vez menos propensos ao diálogo e à contraposição de ideias, fundamentais para a construção de qualquer projeto coletivo democrático. Além disso, a atual situação de pandemia especialmente nos vulnerabiliza, aflora os ânimos e nos torna mais permeáveis a julgamentos instantâneos nesse momento. O risco é enfraquecer debates importantes sob a ilusão de que ao se cancelar alguém o que ela representa encerrouse junto.
(Filipe batista - https://bityli.com/7vxX6)
Com base nas ideias apresentadas no texto, é correto afirmar que:
Questão 9 6902423
UniNassau 2021/1Texto
Movimento que ganhou força nas redes sociais, a cultura do cancelamento descreve uma forma de denúncia, crítica e boicote a um indivíduo, geralmente artista, celebridade, político ou personalidade pública, cuja opinião ou atitude são consideradas ofensivas, preconceituosas, controversas ou inaceitáveis. Mesmo se você não for muito ativo nas mídias sociais, provavelmente já experimentou a repentina onda de medo quando percebe que disse algo que não deveria - e alguém notou. Essa aflição não ocorre à toa. Um deslize nas redes e você é cancelado. Seu erro, de repente, parece grave e irreparável, talvez possa custar seu emprego, afetar toda a sua vida e trazer consequências por anos. O termo cancelar, que antes se referia a produtos ou serviços, agora passa a ser usado também para pessoas. Impossível resistir à reflexão de que talvez estejamos empregando para nossas relações interpessoais as mesmas práticas utilitaristas adotadas pela sociedade de consumo. (...)
Embora as variantes históricas do que hoje chamamos de cultura do cancelamento funcionem há muito como ferramenta de reivindicação por justiça e necessidade de reforma, o fenômeno atual ganha contornos específicos. Alguns dos movimentos coletivos mais importantes dos últimos anos transcorreram na esteira da cultura do cancelamento, quando pautas de combate às desigualdades sociais, raciais e de gênero puderam ganhar maior visibilidade. Fizeram parte desse processo movimentos como #metoo e #blacklivesmatter, que aprofundaram o debate na polis ao denunciar casos de abuso sexual e de racismo, respectivamente. A questão, contudo, não é simples e, paradoxalmente, o resultado da cultura do cancelamento pode ser oposto ao que se pretende, aumentando a visibilidade do cancelado. Ademais, o ato de simplesmente cancelar pode esvaziar o debate político, ao gerar a ilusão de que o problema deixou de existir.
Pode-se questionar ainda qual o destino daquele que foi cancelado. Há indícios fortes para acreditarmos que o mero banimento virtual não seja capaz de promover transformações favoráveis sólidas. O ressentimento advindo do cancelamento pode fortalecer nas redes movimentos conservadores ou extremistas, dispostos a contestar o cancelamento - e cancelar quem cancelou. Portanto, o banimento por determinado grupo pode significar adesão por parte de outro, alimentando relações que contemplam cada vez menos as nuances e o contraditório. O cancelamento alimenta-se de uma métrica severa e intolerante ao erro, que em algum momento recairá também sobre quem o pratica, afinal, quem nunca falhou? Nesse cenário, sobra pouco espaço para o arrependimento e o debate frequentemente cede lugar ao revanchismo, acusação e certeza cega.
A escassez de produção de dúvida, própria do comportamento em massa visto nas mídias sociais, não abre espaço para o debate mais aprofundado e verdades absolutas - como se elas existissem - são facilmente absorvidas. O fenômeno é rapidamente propagado e amplificado nos espaços virtuais, que proporcionam a ilusão de anonimato e a facilidade de denunciar ou cancelar alguém com um simples clique. Soma-se isso à urgência de que cada um posicionese a respeito de qualquer tema, ainda que não se tenha informação ou tempo suficientes para formar uma opinião sobre determinado assunto.
Esse comportamento visto nas redes é cada vez mais refletido nos relacionamentos para além das telas. É exatamente nessa transição entre a experiência virtual e a vida real que se revelam os impasses sobre a cultura do cancelamento. Afinal, o cancelamento atinge seus objetivos e promove mudança? Pessoas tornam-se mais sensíveis às causas que motivaram seu cancelamento? As respostas devem conter um tanto de sim e de não, e instigam a reflexão de que talvez estejamos cada vez menos propensos ao diálogo e à contraposição de ideias, fundamentais para a construção de qualquer projeto coletivo democrático. Além disso, a atual situação de pandemia especialmente nos vulnerabiliza, aflora os ânimos e nos torna mais permeáveis a julgamentos instantâneos nesse momento. O risco é enfraquecer debates importantes sob a ilusão de que ao se cancelar alguém o que ela representa encerrouse junto.
(Filipe batista - https://bityli.com/7vxX6)
De acordo com o texto, não caracteriza a cultura do cancelamento:
Questão 43 5693559
FAI 2020Cerca de 400.000 pessoas do Reino Unido podem ter tido seus dados pessoais roubados dos sistemas da companhia de gestão de crédito Equifax. Uma investigação indicou que um arquivo contendo dados dos seus clientes pode ter sido acessado, ilegalmente, por terceiros. Os dados incluem nome, data de nascimento, endereço de e-mail e número de telefone. Representantes da empresa disseram que os clientes devem ficar precavidos quanto ao recebimento de telefonemas de estranhos, bem como de e-mails não solicitados
THE GUARDIAN. Disponível em: https://www.theguardian.com/technology/2017/sep/16. Acesso em: Set. 2017(adaptado).
A invasão ilegal de sistemas e de computadores, por meio da Internet, visando apoderar-se de informações privadas, é conhecido como:
Questão 106 6313137
ENCCEJA 2020A característica da sociedade contemporânea abordada na imagem é o(a)
Questão 85 463271
ENEM 1° Dia 2018A primeira fase da dominação da economia sobre a vida social acarretou, no modo de definir toda realização humana, uma evidente degradação do ser para o ter. A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada pelos resultados da economia, leva a um deslizamento generalizado do ter para o parecer, do qual todo ter efetivo deve extrair seu prestígio imediato e sua função última. Ao mesmo tempo, toda realidade individual tornou-se social, diretamente dependente da força social, moldada por ela.
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.
Uma manifestação contemporânea do fenômeno descrito no texto é o(a)