Questões de Sociologia - Cultura
“A Lei nº 13.718, que entrou em vigor recentemente, em 24 de setembro de 2018, alterou o texto do Código Penal para inserir o crime de importunação sexual. A mencionada figura penal foi inserida no capitulo “Dos Crimes Contra a Liberdade Sexual", com a criação do artigo 215-A. O artigo descreve como crime o ato de praticar ato libidinoso (de caráter sexual), na presença de alguém, sem sua autorização e com a intenção de satisfazer lascívia (prazer sexual) próprio ou de outra pessoa. Podem ser considerados atos libidinosos, práticas e comportamentos que tenham finalidade de satisfazer desejo sexual, tais como: apalpar, lamber, tocar, desnudar, masturbar-se ou ejacular em público, dentre outros.”
Fonte:https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direitofacil/edicao-semanal/importunacao-sexual. Acesso em: 04/03/2023
Além da importunação sexual há também o assédio sexual que se caracteriza “[...] como o constrangimento com conotação sexual no ambiente de trabalho, em que, como regra, o agente utiliza sua posição hierárquica superior ou sua influência para obter o que deseja [...]”
Fonte:https://www.tst.jus.br/assediosexual#:~:text=O%20ass%C3%A9dio%20sexual%20%C3%A9%20definido,proce ssos%20na%20Justi%C3%A7a%20do%20Trabalho. Acesso em: 04/03/2023
Segundo as afirmações apresentadas, assinale a alternativa CORRETA.
“Cultura é um conjunto de valores, crenças, costumes, hábitos e fatores históricos materiais e imateriais que permeiam, de forma dinâmica, a vida social. Ou seja, a cultura é construída ao longo de processos históricos e materiais de um povo, através de suas inter-relações e modos de vida.”(LARAIA, 1997).
O Estado do Maranhão é rico em manifestações culturais. Entre elas estão o tambor de crioula, os blocos tradicionais, a festa do divino e o bumba meu boi.
Em 2019, a UNESCO concedeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade ao bumba-meuboi maranhense, cuja celebração congrega fé, religião, música, dança, artesanato, entre outros aspectos. Os grupos são divididos em sotaques, que se distinguem por características como personagens, instrumentos e coreografia.
Cada gravura, identificada pelos numerais 1, 2, 3 e 4, corresponde a uma manifestação cultural do Estado do Maranhão.
LARAIA, Roque de barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
A sequência das figuras representa, respectivamente, as seguintes manifestações culturais maranhenses:
As imagens I e II retratam situação-problema concernente às relações sociais e ao consumismo na era pósmoderna
Leia o texto sobre a série britânica Black Mirror, que retrata a influência das redes sociais nas atitudes cotidianas das pessoas.
A série britânica Black Mirror (Espelho preto) retrata, no episódio Nosedive [Queda livre], uma cidade futurista onde as pessoas avaliam e são avaliadas o tempo todo por suas postagens e atitudes diárias. O resultado dessa avaliação ocorre por meio da quantidade de likes (curtidas) que as pessoas recebem e, assim determina-se, por exemplo, que tipo de carro as pessoas podem alugar, que tipo de casa podem comprar e até mesmo que tipo de evento podem frequentar, ou seja, as notas geradas pelo número de likes, determinam o status social das pessoas.
As imagens I e II ilustram dois momentos distintos da personagem principal, Lacie, que encara o processo com destrutiva obsessão por likes e aprovação alheia. Na imagem I, a personagem (com roupão e toalha na cabeça) sorri numa self de apresentação que mostra sua nota de avaliação positiva nas redes sociais. Na imagem II, Lacie aparece com aspecto sujo, cabelos desarrumados e com maquiagem borrada, forçando um sorriso na tentativa de mostrar que continua a mesma pessoa, ainda que tenha recebido avaliação negativa. Com o rebaixamento de suas notas e, consequentemente, sua marginalização social a personagem demonstra seu desespero em meio à falta de aprovação social. Além dessa representação sobre as relações e as conexões entre os indivíduos nas redes sociais, o episódio Nodivide traz também uma reflexão sobre a ideia de conquistar a felicidade, a partir do consumismo orientado socialmente.
https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/tv/noticia/2016/11/episodi HYPERLINK "https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/tv/noticia/2016/11 (adaptado)
O conceito de modernidade líquida, apresentado por Zygmunt Bauman, pode ser referência para a análise do texto, pois a situação-problema retratada traduz
TEXTO PARA A QUESTÃO
Luc Boltanski e Ève Chiapello demonstram com clareza e sagacidade a capacidade antropofágica do capitalismo financeiro que “engole” a linguagem do protesto e da libertação para transformá-la e utilizá-la para legitimar a dominação social e política a partir do próprio mercado.
Na dimensão do mundo do trabalho, por exemplo, todo um novo vocabulário teve que ser inventado para escamotear as novas transformações e melhor oprimir o trabalhador. Com essa linguagem aparentemente libertadora, passa-se a impressão de que o ambiente de trabalho melhorou e o trabalhador se emancipou.
Assim houve um esforço dirigido para transformar o trabalhador em "colaborador", para eufemizar e esconder a consciência de sua superexploração; tenta-se também exaltar os supostos valores de liderança para possibilitar que, a partir de agora, o próprio funcionário, não mais o patrão, passe a controlar e vigiar o colega de trabalho. Ou, ainda, há a intenção de difundir a cultura do empreendedorismo, segundo a qual todo mundo pode ser empresário de si mesmo. E, o mais importante, se ele falhar nessa empreitada, a culpa é apenas dele. É necessário sempre culpar individualmente a vítima pelo fracasso socialmente construído.
SOUZA, Jessé. Como o racismo criou o Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2021.
De acordo com o texto, o uso de "colaborador” no lugar de “trabalhador”, no campo das relações de trabalho, indica
Conheço um povo sem poligamia: o povo macua. Este povo deixou as suas raízes e apoligamou-se por influência da religião. Islamizou-se. (...) Conheço um povo de tradição poligâmica: o meu, do sul do meu país. Inspirado no papa, nos padres e nos santos, disse não à poligamia. Cristianizou-se. Jurou deixar os costumes bárbaros de casar com muitas mulheres para tornar-se monógamo ou celibatário. (...) Um dia dizem não aos costumes, sim ao cristianismo e à lei. No momento seguinte, dizem não onde disseram sim, ou sim onde disseram não.
(CHIZIANE, Paulina. Niketche. Uma história de poligamia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 92.)
Baseando-se no excerto e na leitura da obra, é correto afirmar que
Texto I
Contam que, num tempo muito antigo, os Kayapó moravam no céu. Lá, muito acima do teto do céu, havia tudo o que se pode imaginar. Tinha batata-doce, macaxeira, inhame, mandioca, milho, inajá, banana, caça das mais diversas e tartarugas da terra. Enfim, era um lugar com muita fartura.
Fonte: MUNDURUKU, Daniel. Outras tantas histórias indígenas de origem das coisas e do universo. São Paulo: Global, 2008, p. 34. (fragmento)
Texto II
Contam os antigos que, no princípio, não havia fogo. As pessoas eram obrigadas a comer frutas e raízes se não quisessem comer carne crua. Mas elas tinham uma vaga noção de que existia algo que aquecia o corpo e tornava a comida deliciosa.
Fonte: MUNDURUKU, Daniel. Outras tantas histórias indígenas de origem das coisas e do universo. São Paulo: Global, 2008, p. 20. (fragmento)
Os fragmentos de Daniel Munduruku apresentam histórias indígenas.
A partir da leitura desses fragmentos, é CORRETO afirmar que: