Questões de Arte - Linguagens artísticas - Teatro - Experimentação
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PAULO
Mas afinal, o que é a liberdade?
Apesar de tudo o que já se disse e de tudo o que dissemos sobre a liberdade, muitos dos senhores ainda estão naturalmente convencidos que a liberdade não existe, que é uma figura mitológica criada pela pura imaginação do homem. Mas eu lhes garanto que a liberdade existe. Não só existe, como é feita de concreto e cobre e tem cem metros de altura. A liberdade foi doada aos americanos pelos franceses em 1866 porque naquela época os franceses estavam cheios de liberdades e os americanos não tinham nenhuma. Recebendo a liberdade dos franceses, os americanos a colocaram na ilha de Liberty Island, na entrada do porto de Nova York. Esta é a verdade indiscutível. Até agora a liberdade não penetrou no território americano. Quando Bernard Shaw esteve nos Estados Unidos foi convidado a visitar a liberdade, mas recusou-se afirmando que seu gosto pela ironia não ia tão longe. Aquelas coisas pontudas colocadas na cabeça da liberdade ninguém sabe o que sejam. Parecem previsão de defesa antiaérea. Coroa de louros certamente não é. Antigamente era costume coroarem-se heróis e deuses com coroas de louros. Mas quando a liberdade foi doada aos Estados Unidos, nós os brasileiros já tínhamos desmoralizado o louro, usando-o para dar gosto no feijão.
Millôr Fernandes e Flávio Rangel. Liberdade, Liberdade (com adaptações).
Considerando a obra Liberdade, Liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel, e o fragmento dela apresentado anteriormente, julgue o item.
No teatro, é possível encontrar tanto a presença de perguntas retóricas como “Mas afinal, o que é a liberdade?”, no fragmento apresentado, como de perguntas em que a plateia é incitada de fato a responder aos atores em performance.
Atendente 1: Ui, hora do almoço.
Advogada: Por favor, dê entrada antes. Por favor. É só um minutinho.
Atendente 1: Você está de brincadeira, é? Um minuto é todo o tempo de almoço que temos aqui no inferno.
A Atendente 1 coloca um relógio na mesa e sai de cena. A princípio, os segundos se passam normalmente. De repente, começam a andar mais lentos, até quase pararem. Pode-se utilizar a estética de se ficar esperando e passar a ação para a plateia ou a de dar blackouts para indicar a passagem de tempo, que somente volta a andar quando a plateia já está exausta de esperar.
Atendente 1: Ô, inferno! Esse relógio quebrou de novo. Próximo!
Advogada: Sou eu, estou aqui esperando já faz mais de 1 minuto. Grupo G7. A advogada que viu Deus, o Diabo e depois voltou para a Terra. p. 23 (com adaptações). Tendo como referência o texto precedente, do Grupo G7, julgue os próximos itens
Grupo G7. A advogada que viu Deus, o Diabo e depois voltou para a Terra. p. 23 (com adaptações).
Tendo como referência o texto precedente, do Grupo G7, julgue o item.
No teatro, os blackouts têm a função exclusiva de auxiliar na passagem do tempo da ficção.
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