Questões de Matemática - Números
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O Tocantins tem 40 Comunidades Remanescentes de Quilombo já certificadas pela Fundação Cultural Palmares. O Censo Demográfico brasileiro de 2022, pela primeira vez, contou a população quilombola. No quadro a seguir, tem-se alguns dos municípios tocantinenses com os maiores percentuais de pessoas quilombolas.
Quadro – População, pessoas quilombolas e percentual de pessoas quilombolas com relação à população.
Fonte: IBGE. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/22827-censo-demografico2022.html?edicao=37415&t=resultados. Acesso em: 28 set 2023 (adaptado).
Considere as informações apresentadas e as afirmativas a seguir.
I. O número de pessoas quilombolas do município de Mateiros é maior do que do município de Arraias.
II. O percentual de pessoas quilombolas do município de Aragominas é maior do que o de São Félix do Tocantins.
III. Mateiros é o município com o maior percentual de pessoas quilombolas.
Com base nas informações anteriores, assinale a alternativa CORRETA.
Um micro-ônibus percorreu 144 km e consumiu um total de 32 litros de diesel. Para seguir viagem o motorista abasteceu o microônibus deixando-o com o tanque cheio. Sabendo que seu tanque tem capacidade máxima de 120 litros.
E supondo que esse consumo se mantenha o mesmo, este micro-ônibus poderá percorrer, no máximo, quantos quilômetros antes de abastecer novamente?
Em um estado com instituições de ensino superior municipais, estaduais e federais, ficou estabelecido que as instituições municipais reservariam 30% das suas X vagas para pretos ou pardos; as instituições estaduais reservariam 40% das suas Y vagas; e as federais, 50% das suas Z vagas.
A expressão que representa o total T de vagas ofertadas para pretos ou pardos nesse estado é
TEXTO
Dez anos da Lei das Cotas
Rosane Garcia postado em 08/07/2022 | 06:00
A Lei das Cotas (nº 12.711/2012), que reserva 50% das vagas em universidade e institutos federais para negros, completará uma década em 28 de agosto próximo. Ao longo desses 10 anos, ela se tornou mais inclusiva, ao abrir espaço para indígenas e estudantes da rede pública, segmentos da sociedade que, como os negros, foram, historicamente, segregados pelo Estado, pautado pelo racismo estrutural e ambiental, base orientadora da formulação de políticas públicas excludentes.
Vista como uma reparação por danos provocados aos negros, após mais de 300 anos de escravidão, o novo marco legal esbarrou na reação dos abomináveis racistas e escravagistas contemporâneos, indignados com a conquista do movimento negro, que completou 40 anos neste 2022. Congressistas foram ao Supremo Tribunal Federal para tentar derrubar a nova lei.
Entre os argumentos, havia a alegação de que a regra privilegia pretos e pardos em detrimento dos direitos dos brancos, tornando desigual a disputa por uma vaga nas universidades. É puro deboche falar em desigualdade, quando todas as ações do poder público e setor privado sempre mortificaram o artigo da Constituição anterior a de 1988, em que todos "são iguais perante as leis". Escárnio.
Um discurso ridículo, ante os mais de 300 anos de escravidão, tortura e assassinatos de homens, mulheres e crianças sequestrados em terras africanas. Um crime de lesa-humanidade nunca reparado pelo Estado brasileiro. Pelo contrário. Ter muitos escravos e ser dono de grandes extensões de terra — latifúndios — representavam o poder político do explorador. Hoje, a eliminação de negros ainda é fato corriqueiro, protagonizado por integrantes de forças de segurança pública em investidas nas periferias dos centros urbanos.
Em uma década, a Lei das Cotas mudou o perfil das universidades brasileiras. Nesse período, o número de alunos negros cresceu em torno de 400%. Hoje, eles somam mais de 38% dos estudantes, embora o povo preto seja 56% da população brasileira.
O movimento pela diversidade tem mexido com as organizações privadas. Hoje, grandes corporações do setor privado com compromisso social, nos mais diferentes ramos de atividade, criam programas para que profissionais negros ocupem cargos de chefia ou de coordenação dentro das empresas. Uma mudança importante no comportamento do empresariado, cujo olhar passa a enxergar a pluralidade étnica e, também, de gêneros no país.
Mesmo com todos os efeitos positivos, a Lei das Cotas tem sido rechaçada por grupos conservadores e neonazistas, inconformados com a presença dos negros nas universidades ou em postos de mando em algumas empresas. Esses segmentos têm representantes no Congresso e incitam os parlamentares a não revalidarem a Lei das Cotas. As eleições de novembro podem ser um escudo, para evitar o estilhaçamento da legislação. Mas, considerando-se a atual composição do parlamento, é preciso ficar atento, pois o compromisso da maioria não tem sido, em hipótese alguma, com a sociedade. E, menos ainda, com os afrobrasileiros.
Texto adaptado para fins pedagógicos. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/07/5020827- artigo-dez-anos-da-lei-das-cotas.html. Acesso em: 28 ago. 2022
O Texto informa que foram mais de 300 anos de escravidão.
Se um legislador propuser que a Lei das Cotas, e seus efeitos, seja reavaliada a cada quinquênio por um período de 300 anos, o total de reavaliações sobre a Lei das Cotas a serem realizadas será
Em 2020, o número de estudantes em universidades federais era de 1,1 milhão.
Considerando que a reserva de 50% das vagas para negros (pretos ou pardos) foi integralmente aplicada, o total de estudantes negros em universidades federais no ano de 2020, em notação científica, era
Conforme informações do Índice Folha de Equilíbrio Racial (IFER), para que seja atingido um equilíbrio entre brancos e negros (pretos ou pardos) com ensino superior completo, é preciso que, dentre cada 1500 habitantes de 30 anos ou mais que têm o curso superior completo, 645 sejam pretos ou pardos.
Considerando uma população de 23 mil habitantes com ensino superior completo e faixa etária de 30 anos ou mais, o número necessário de indivíduos pretos ou pardos nessa população para que essa proporção seja atingida é
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