Elevada taxa de umidade, devido à presença dos rios e da vegetação da região, e altas temperaturas, por encontrar-se em baixa latitude. As chuvas são constantes, abundantes e bem distribuídas durante o ano.

É o clima mais representativo do Brasil, abrange maior parte da região Nordeste e apresenta as seguintes características marcantes: existência de duas estações bem definidas, temperaturas altas e amplitudes térmicas anuais elevadas devido à influência da continentalidade.

É o clima brasileiro com menor índice pluviométrico anual, o que causa o problema da estiagem. Há uma má distribuição das chuvas, que estão concentradas em alguns meses do ano. As médias térmicas estão em torno de 28º C, as temperaturas são elevadas e possui baixa umidade do ar ao longo do ano.

Apresenta chuvas concentradas no inverno e médias térmicas elevadas. Nessa estação, no litoral nordestino, o encontro da Massa Tropical Atlântica (MTA), de ar quente e úmido, com a Massa Polar Atlântica (MPA), de ar frio e úmido, provoca chuvas frontais.

Sofre grande influência anual da Massa Tropical Atlântica (MTA), que é úmida. No inverno, a Massa Polar Atlântica (MPA) é responsável pelas baixas temperaturas e pelas geadas que costumam ocorrer nessa época.

Na década de 1990, avolumaram-se as bases para a promoção do apoio à irrigação privada na Região Nordeste. No âmago de seus objetivos, encontra-se a busca da competitividade para mercado interno centrada na expansão da produção de hortaliças, leguminosas e frutas nas áreas irrigáveis e encabeçada pela iniciativa privada voltada para os mercados mais próximos.

No âmago da expansão da fronteira agrícola na Região Nordeste, aproximaram-se, de modo muito intenso, pequenos e grandes agricultores em função das políticas públicas voltadas aos pequenos agricultores, integrando-os de forma muito sólida, à irrigação empresarial moderna.

A partir dos anos 1950, a expansão da fronteira agrícola na Região levou ao desmatamento acelerado da vegetação nativa, para que em seu lugar se expandissem as pastagens para a pecuária e a agricultura científica comoditizada de grãos para exportação.

A expansão da fronteira agrícola não se deu de modo homogêneo no território, pois a integração econômica não homogeneizou as estruturas produtivas do ponto de vista sociotécnico, permanecendo desigualdades profundas e desequilíbrios regionais como produto desse processo de expansão.

atuação do Ciclone Semifixo do Atlântico Sul, trazendo massas de ar oceânicas.

influência das vertentes norte do Maciço de Baturité, através de fenômenos adiabáticos.

penetração da Zona de Convergência Intertropical – ZCIT –, que registra o encontro dos ventos alísios.

ocorrência do fenômeno ENOS no verão/outono, e do fenômeno La Niña no inverno/primavera do Hemisfério Sul.

unidade nacional

legitimidade social

patrimônio cultural

conservadorismo regional

Os solos predominantes na região do MATOPIBA são os latossolos amarelos, passíveis de correção e com elevada fertilidade, além de serem terras de preços baixos e com ausência de resistência à expansão do agronegócio globalizado, o que determinou o sucesso dos altos índices de produtividade na região.

Nas últimas décadas do século XX e na primeira do século XXI, diversas transformações socioeconômicas ocorreram nessa área, como a infraestrutura viária, logística e energética, tendo, entre outras consequências, o surgimento de regiões produtivas agrícolas e a expansão da fronteira econômica baseados na adoção de tecnologias agropecuárias de alta produtividade.

Como apontou o último Censo, o de 2010, a população total do MATOPIBA era de mais de cinco milhões de habitantes, dos quais 65,31% viviam em áreas urbanas e 34,69% em áreas rurais, o que demonstra que as metrópoles são as responsáveis pelas transformações atuais nos espaços rurais e urbanos, pois as intensas mudanças das formas de produção contribuíram para a modernização dos grandes empreendimentos agropecuários e para a homogeneização das regiões produtivas do agronegócio no país.

A exaustão dos solos nas regiões litorâneas nordestina e na Zona da Mata, onde o cultivo da cana-de-açúcar degradou solos e paisagens naturais ao longo de séculos, culminaram no avanço da fronteira agrícola para a região do MATOPIBA, levando nesse processo, principalmente, retirantes oriundos da região Sudeste do país interessados no agronegócio.

o ENOS tem induzido a ocorrência da formação de padrões sistemáticos regulares anuais na circulação atmosférica nos últimos 100 anos e, como consequência, observa-se um aumento da precipitação em grandes extensões do globo, principalmente nos trópicos, subtrópicos e extratópicos da América do Sul, da Europa e do Norte da Ásia.

La Niña e El Niño são partes do mesmo fenômeno atmosférico-oceânico que ocorre no oceano Pacífico Equatorial e na atmosfera adjacente, denominado ENOS. Nos períodos em que o oceano Pacífico Equatorial está mais quente, podem ocorrer episódios de El Niño e, quando essa região do oceano apresenta temperaturas mais frias, ocorrem os episódios de La Niña.

o gradiente de anomalias na temperatura do Atlântico Tropical intensifica a ação dos alísios, aumentando a acumulação de águas mais frias, além de controlar a posição latitudinal da Zona de Convergência Intertropical, que é o principal responsável pelo regime de chuvas no Ceará, favorecendo o seu deslocamento até o Trópico de Capricórnio.

o El Niño provoca uma grande variabilidade climática interanual que se relaciona diretamente com a recarga dos aquíferos subterrâneos no semiárido brasileiro, promovendo, durante os períodos de estio, nas regiões de menor pluviometria, um aumento na recarga dos aquíferos, que, por sua vez, podem ser utilizados com uma boa alternativa para convivência com a seca na região.