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Acesse GrátisQuestões de Geografia - Geral
Questão 1 6303007
UFT Manhã 2022Leia o texto a seguir para responder a questão.
Texto
Nem aqui, nem lá: os efeitos da transnacionalidade sobre os migrantes*
Ao se mudar para um novo país, um imigrante enfrenta as dificuldades da distância de amigos e de familiares e, a curto prazo, sofre adversidades no processo de integração. Por mais que uma rede de contatos se forme aos poucos, com a distância, os obstáculos são enfrentados sozinhos, e enquanto o migrante estiver fora de seu país de origem, vai passar por uma situação comumente conhecida como “nem aqui, nem lá.”
Nem aqui, pois dificilmente o imigrante ficará 100% integrado, sempre levando consigo a cultura e os costumes do país de origem. E nem lá, pois, enquanto estiver afastado, estará distante de seu país de residência habitual, perdendo acontecimentos importantes e querendo estar próximo dos entes queridos. Assim é a vida de todos que escolhem ou que precisam continuar suas vidas longe de seus países de origem.
Quer seja um imigrante, quer seja um refugiado, os momentos difíceis são os mesmos no que diz respeito à cultura, aos entes queridos e aos momentos para se dividir. Estar com alguém do mesmo país ameniza as dificuldades, e com a tecnologia fica relativamente possível estar mais próximo, mas ainda assim, estar em outro país, longe dos costumes e da vida habitual, mexe com todos aqueles que emigram.
Como nação, as pessoas geralmente dividem um sentimento de identidade e de pertencimento, envolvendo uma consciência nacional. O Brasil, tendo sempre sido um país que acolheu e acolhe diversas nacionalidades, fez da heterogeneidade algo natural.
No entanto, para que essa identidade coletiva seja formada, geralmente há um conjunto de dialetos, de línguas, de religião nacional, de cidadania, de serviço militar, de sistema educacional, hinos e bandeiras que precisam ser usados como ferramentas para criar algo mais homogêneo. É preciso olhar para a sociedade que está recebendo e perceber suas características. Mas como os imigrantes podem perceber as mudanças que estão ocorrendo no processo migratório? É uma dinâmica que muitas vezes leva ao “nem aqui, nem lá”. Através da assimilação, os imigrantes aos poucos deixariam de lado sua cultura do país de origem e se tornariam parte do país que os recebeu. Com a integração, no entanto, ambas as culturas se acomodam: os recém-chegados se adaptam gradualmente, mas há também transformações no país que decide hospedar.
Desse modo, o “nem aqui, nem lá”, um efeito da transnacionalidade, é um processo simultâneo que mexe com os imigrantes nos países de destino e seu envolvimento com a sociedade local. O que pode minimizar esse choque são comunidades que promovam a incorporação desses imigrantes, para que haja esforços mútuos das nacionalidades envolvidas e essas saiam ganhando com um ambiente mais diverso e plural.
Ao mesmo tempo, a transnacionalidade permite que esses indivíduos mantenham identidades múltiplas, contatos e afiliações. Esse fenômeno tem efeitos positivos e negativos, tanto para aqueles que se mudam para outro país, como para os que ficam. Como impactos negativos, pode ser mencionado que geralmente pessoas transnacionais têm que lidar com um sentimento de não pertencimento, quando inicialmente é difícil se estabelecer em um lugar onde eles tentam fazer parecer como um lar. Além disso, alguns expatriados podem viver numa “bolha nacional” fora de seu país de origem, não dispostos a integrar, nem de aprender a língua ou fazer alguns esforços para se adaptar à nova cultura. Como pontos positivos, os transnacionais têm a possibilidade de enviar remessas e de dividir conhecimentos e experiências culturais com os que ficaram para trás.
Migrantes transnacionais têm que lidar com desafios diferentes quando se movem. Embora pudesse ser dito que seja mais fácil migrar agora por conta da tecnologia e lugares mais heterogêneos, ainda é difícil passar por um processo de integração, algo que depende dos esforços dos imigrantes, pois a integração é uma via de mão dupla, que pode ser amenizada quando a população local é mais aberta ao diverso e ao acolhimento.
*Migrante: o que muda de lugar, de região ou de país. (DICIONÁRIO ON LINE). Disponível em: www.dicio.com.br/migrante/. Acesso em: 30 jan. 2020 (adaptado).
Sobre a interpretação do texto, assinale a alternativa INCORRETA.
Questão 25 6780767
UNITINS Medicina 2022Observe a figura e o texto a seguir para responder a questão.
“Nos últimos anos, a Europa teve de responder ao desafio migratório mais grave desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Os fluxos migratórios da UE registrados em 2015 e 2016 diminuíram. Em 2019, 120.000 pessoas chegaram à Europa por via marítima, contra mais de um milhão, em 2015. No entanto, a travessia do Mediterrâneo continuou a ser mortal, com 1.319 mortos ou desaparecidos em 2019, contra 2.277 em 2018; e 3.139, em 2017. O afluxo de migrantes e requerentes de asilo à Europa demonstrou a necessidade de políticas europeias de asilo e migração mais justas e eficazes”.
https://www.europarl.europa,25/10/2021.
Sobre a crise de refugiados retratada no texto, é possível verificar que:
I. Nos últimos anos, as pessoas têm migrado em grande número para a Europa. Os principais motivos são os conflitos, o medo e a perseguição nos seus próprios países.
II. Dos 295.800 requerentes de asilo a quem foi concedido estatuto de proteção na União Europeia (UE), em 2019, mais de um terço provinha da Turquia devastada pela guerra, ocupando o Afeganistão e a Alemanha o segundo e terceiro lugares respetivos nessa lista. Em todos esses países, os civis enfrentam ameaças devido a conflitos armados, violações dos direitos humanos ou perseguição.
III. Em 2019, 272 milhões de pessoas em todo o mundo viviam fora do seu país de origem. Na UE, cerca de 35 milhões de pessoas tinham nascido num país diferente do seu país de residência. Dessas pessoas, quase 22 milhões tinham nascido fora da UE, enquanto cerca de 13 milhões eram originárias de outro país da UE.
IV. O desafio da migração na Europa expôs deficiências no sistema de asilo da União Europeia. O Parlamento Europeu tentou combater esse problema ao propor reformas do regulamento de Dublin, que determina o país da UE responsável pelo tratamento dos pedidos de proteção internacional.
V. Uma vez que a reforma da política comum de asilo tinha estagnado, em setembro de 2020, a Comissão propôs um Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo, que estabelece procedimentos mais rápidos em todo o sistema de asilo e migração da UE, e inclui uma revisão do regulamento de Dublin, além de fornecer novas opções sobre como os Estados-Membros podem expressar a sua solidariedade nesse tema.
Estão corretas:
Questão 64 7370667
UERR 2022A rejeição dos venezuelanos que emigraram em massa nos últimos anos cresce em toda a América Latina, em um contexto econômico sombrio e de pandemia do novo coronavírus. As saídas dos venezuelanos de seu país começaram após a eleição de Nicolás Maduro, após a morte de Hugo Chávez em 2013, e se intensificaram entre 2014 e 2015, com uma crise econômica que arruinou o poder de compra e fez com que mais de cinco milhões de venezuelanos abandonassem a Venezuela em busca de melhores condições de vida.
Internet: <www.correiobraziliense.com.br/mundo/2021/05/49247 47-odio-a-imigrantes- venezuelanos-se-espalha-pela-america-latina.html>. Acesso em: 8/2021 (com adaptações).
Considerando o assunto tratado no texto, assinale a opção correta, a respeito da migração na América Latina e de xenofobia.
Questão 52 8077166
ENEM 1° Dia (Prova Rosa) 2022Brasileiros levam mais tempo de casa para o trabalho
Pesquisa do IBGE aponta que a situação é mais grave no Sudeste: 13% das pessoas levam mais de uma hora para chegar ao trabalho. Nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio, o IBGE registrou os maiores percentuais de trabalhadores que levam mais de uma hora no trajeto até o emprego. Quem vê o Marcelo chegar ao trabalho nem imagina a maratona que ele enfrenta todos os dias antes das 5 h. “Acordo 4 h 30, saio de casa 5 h, pego trem 5 h 20, chego na Central umas 6 h 50, pego ônibus e chego no trabalho mais ou menos 7 h 10º, conta, Segundo especialista, são os mais pobres os que moram mais longe do emprego.
Disponfvel em: www portaldotransito. com.br Acesso em: 23 nov, 2021 (adaptado).
A pesquisa desenvolvida retrata a seguinte dinâmica populacional:
Questão 79 8077963
ENEM 1° Dia (Prova Rosa) 2022Nascidas no Líbano, as duas irmãs não puderam ser registradas no país, porque lá é exigido que os nascidos sejam filhos de pais e mães libaneses. Seus pais, de nacionalidade síria, também não puderam registrá-las no país de origem. Na Síria, crianças só são registradas por pais oficialmente casados, o que não era o caso deles.
Disponível em: hitps://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 7 nov. 2021.
Em situações como a apresentada no texto, as pessoas ao nascerem já se encontram na condição sociopolítica de
Questão 17 8870658
UNIDOMPEDRO MEDICINA 2022A presença de uma corrente migratória, por si só, não explica a condição de vida dos migrantes. Esta será somente a aparência de um fenômeno mais profundo, estruturado em relações socioeconômicas, muitas vezes, perversas. Desde a década de 1990, o mundo tem acompanhado um endurecimento nas leis de imigração, principalmente nos países desenvolvidos, tendo, como consequências diretas dessas políticas migratórias, o aumento das migrações clandestinas e as solicitações de refúgio.
ROSS, Jurandyr L. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2014. Adaptado.
Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre os deslocamentos populacionais no mundo, é correto afirmar que um dos motivos para o aumento do número de refugiados na atualidade é: