Questões de História - América - Contemporânea
Todos os homens reconhecem o direito de revolução, isto é, o direito de recusar lealdade ao governo e opor-lhe resistência quando sua tirania ou sua ineficiência tornam-se insuportáveis. (...) Se alguém me dissesse que um governo é ruim porque tributa determinadas mercadorias estrangeiras trazidas a seus portos, é bastante provável que eu não movesse uma palha a respeito, já que posso passar sem elas. Todas as máquinas têm seu atrito, e isto possivelmente tem um lado bom que compensa o lado ruim. De qualquer modo, seria bastante nocivo fazer muito alvoroço por causa disso. Mas, quando o atrito chega ao ponto de controlar a máquina, e a opressão e o roubo se tornam organizados, digo que não devemos mais ficar presos a tal máquina. Em outras palavras, quando um sexto da população de uma nação que se comprometeu a ser o abrigo da liberdade é formado por escravos, e um país inteiro é injustamente invadido e conquistado por um exército estrangeiro e submetido à lei militar, penso que não é demasiado cedo para os homens honestos se rebelarem e darem início a uma revolução. O que torna este dever ainda mais urgente é o fato de que o país invadido não é o nosso, mas é nosso o exército invasor.
Henry D. Thoreau. A desobediência civil. 1849 (com adaptações).
Tendo como referência esse texto de Thoreau, julgue o item.
A guerra dos Estados Unidos da América contra o México foi severamente criticada por Thoreau, que chegou a ser preso por não pagar impostos, em defesa dessa sua crítica.
O Destino Manifesto era uma doutrina na qual os norte-americanos se viam, sob o ponto de vista bíblico, como o “povo eleito” a tomar posse da “terra prometida”. Essa ideia foi expressa pela primeira vez pelo presidente Thomas Jefferson que, no início do século XIX, declarou ser o destino dos Estados Unidos se estender pelo continente, pois é a “ordem natural das coisas e o curso manifesto dos acontecimentos”. Em seu governo, a Louisiana foi comprada da França napoleônica, mais que duplicando o território do país. VAINFAS ET AL. 2010, p. 236).
Os desdobramentos políticos e culturais decorrentes da ideologia do Destino Manifesto, nos Estados Unidos, podem ser identificados
Após a conquista da independência dos Estados Unidos da América em 1776, no início do século XIX, as principais lideranças do novo país promoveram uma política de expansão territorial, dando continuidade à colonização do território. Em relação ao expansionismo norte-americano, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) A ideia de unidade e de expansão territorial, que fundamentava o projeto da nova nação, relacionava-se ao princípio chamado de Destino Manifesto, baseado na tradição católica. Difundia a necessidade de sacrifício e sofrimento para enfrentar a agressividade dos indígenas, ensinando-lhes os princípios cristãos da pacificidade.
( ) A chamada Marcha para o Oeste ganhou força com a promulgação da Lei de Remoção dos Índios, de 1830, que estabelecia o deslocamento das comunidades indígenas de suas terras para a região de Oklahoma, onde deveriam se assentar em uma reserva determinada pelo governo.
( ) Com a descoberta de minas de ouro no interior do território em 1848, o processo de expansão para o Oeste do país se intensificou. Famílias inteiras deslocaram-se em busca de enriquecimento nas regiões da Califórnia, na chamada Corrida do Ouro.
( ) Em 1838, colonizadores marcharam 1.500 quilômetros para o Oeste dos Estados Unidos, o que ficou conhecida como “Trilha das Lágrimas” devido ao frio, à fome e às doenças e causou a morte de milhares de pessoas.
( ) A Batalha de Buena Vista (1847), também chamada de Batalha de la Angostura, foi um conflito armado entre o exército dos Estados Unidos da América e o exército do México, durante a Guerra México Estados Unidos. O motivo da guerra era o expansionismo estadunidense.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
A doutrina do “Destino Manifesto” expunha uma visão bíblica dos Estados Unidos segundo a qual seu povo estava destinado a tomar posse de uma suposta “terra prometida”. A crença em tal doutrina é considerada uma forma radical do nacionalismo norte-americano que respaldou, no século XIX, o expansionismo territorial do país para o Sul e para o Oeste.
Sobre o expansionismo territorial dos Estados Unidos apoiado na doutrina do “Destino Manifesto”, pode-se afirmar que ele:
[...] que os Estados separados, como são chamados, estão fora da sua relação prática apropriada com a União, e que o único objetivo do governo, civil e militar, em relação a esses Estados, é conseguir que voltem à sua relação prática apropriada. Acredito que seja não só possível mas, na verdade, mais fácil, fazer uma coisa dessas sem decidir se esses Estados estiveram algum dia fora da União ou com ela. Encontrando-se seguramente em casa, seria de todo irrelevante que eles já tivessem ou não estado fora de casa.
(Abraham Lincoln apud Harold C. Syrett (org.). Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.)
O texto é parte do último discurso de Abraham Lincoln, proferido em abril de 1865. Nele, o presidente norte-americano
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