Questões de História - História da África
Iemanjá, divindade africana cuja data é celebrada em 2 de fevereiro, é a rainha das águas. Aqueles que a cultuam acreditam que ela é também uma figura materna, que irmana todas as pessoas.
Em terras brasileiras, ela ganhou um significado que remete à ancestralidade.
Afinal, se entendermos as costas brasileira e africana como duas margens do mesmo imenso Oceano Atlântico, é Iemanjá quem promove a união, por ser ela a divindade das águas.
https://tinyurl.com/ywpsbsr9%20Acesso%20em:%2016.09.2022.%20Adaptado.
Assim como diversos outros aspectos das culturas africanas, o culto a Iemanjá existe no Brasil devido
A legislação estabeleceu acessos diferenciados para negros nas escolas, nas praias, nos clubes, nos ônibus, nas universidades e em outros espaços de convivência; classificou os sul-africanos em brancos, mestiços, indianos e negros; proibiu os casamentos inter-raciais. [...] As crianças e os jovens negros recebiam uma educação diferenciada da dos brancos.
Araribá plus: história. 9. 4ªed. São Paulo: Moderna, 2014, p.197.
O texto faz referência ao regime de segregação conhecido como
A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do Ndongo, um reino da África Central situado na atual Angola, chegou ao poder graças à sua competência militar, à diplomacia bem sucedida, à manipulação da religião e de conflitos entre potências europeias. Ela criou as condições para a primeira sublevação popular mbundu contra a exploração portuguesa ao atrair para sua causa os chefes que estavam sob influência europeia. Depois conquistou o reino vizinho de Matamba e o governou por três décadas junto com o que restou do poderoso reino Ndongo; desafiou treze governadores portugueses que regeram Angola entre 1622 e 1633. Apesar de seus feitos e o longo reinado, comparável ao de Elizabeth I (1503—1603) da Inglaterra, ela foi desacreditada pelos contemporâneos europeus e por autores posteriores.
(Adaptado de Linda Heywood, Nzinga de Angola: a rainha guerreira de África. Lisboa: Casa das Letras, 2017. p. 10-12; 82.)
Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a rainha Nzinga:
Entre o ano 100 e o século X, o Império de Axum foi considerado um dos Estados mais poderosos entre o Império Romano do Oriente e a Pérsia. Ainda restam estruturas como obeliscos, estelas gigantes, túmulos reais e ruínas de castelos a testemunhar a grandeza da antiga civilização. São exemplos de como a Etiópia moderna incorpora o fluxo e o refluxo das diversas fortunas históricas que acumulou — legados de luta individual e coletiva pelo poder — pela sobrevivência e pela liberdade.
Saheed Yinka Adejumobi. Herdeiros de Axum. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 11, n. 125, julho de 2016, p. 30 (com adaptações).
Tendo como referência inicial o texto precedente, julgue o item a seguir
A Etiópia, região com conexões multisseculares com as antigas civilizações africanas, ocupa um importante papel em parte dos imaginários africano e afro-americano do século XX, figurando como uma das referências centrais nos movimentos pan-africano e rastafári.
Apartheid é um termo que define a política de segregação racial e territorial, que tem como objetivo separar as diferentes “raças' existentes em um território.
Até o início da década de 1990, o pais em que esta política prevaleceu fortemente foi:
Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores seriam as principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII.
Essas representações associavam o continente africano à barbárie e à devassidão num movimento de contraposição às sociedades europeias. Nem mesmo o confronto com formações políticas hegemônicas como Reino do Kongo e Etiópia ou o contato com outros padrões urbanísticos, estéticos e cosmológicos, puderam alterar de forma efetiva o imaginário europeu acerca do continente.
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)
As representações a respeito dos africanos, citadas no texto,