[1] O referencial teórico herdado do modelo organizador
da Educação Especial colocou, no passado, uma forte
orientação nas tecnologias como suporte à ação médica
e à reabilitação. A ação terapêutica colocava a ênfase
[5] na doença e nas estratégias de minimização de
problemas decorrentes da incapacidade.
Encontramos um entendimento do papel inclusivo
dessas tecnologias na síntese feita pelo Prof. António
Nunes Barbosa Filho (NEAR/UFPE), que define a
[10] “Tecnologia Adaptada como aquela que é desenvolvida
e orientada para buscar propiciar ao portador de
deficiência plena autonomia às suas atividades
quotidianas, sejam domésticas ou profissionais”.
A lista de discussão eletrônica da Oficina de
[15] Educação Inclusiva proporcionou várias possibilidades
de um novo entendimento do papel da tecnologia
assistiva, remetendo-a para “uma nova lógica”: a da
inclusão, da saúde, da possibilidade e da potencialidade.
Segundo Rita Bersh, “A reabilitação só tem sentido
[20] se orientada à vida independente e à inclusão. Para os
profissionais da saúde/reabilitação, a inclusão está
exigindo uma revisão de conceitos e práticas, que parte
da valorização do sujeito, que não é o paciente, e sim o
ator de sua reabilitação e, além disso, parte de
[25] seu potencial funcional e não de sua deficiência,
explorando as potencialidades do indivíduo, de
valorização de seus desejos e de suas habilidades, da
saúde e da expectativa positiva”.
A nova nomenclatura de tecnologias assistivas
[30] aposta em categorização baseada numa abordagem
funcional. Descreve-se uma modalidade de recurso que
parte da deficiência e não das dificuldades funcionais
dela advindas. Algumas modalidades de tecnologias
assistivas poderão ser, entre outras, os recursos de
[35] comunicação suplementar e alternativa; de acessibilidade
ao computador; de mobilidade; para adequação postural;
para acessibilidade e para adaptação de veículos;
órteses e próteses.
PINTO, Pedro. Tecnologia assistiva no Brasil. Disponível em: <http:// www.cnotinfor.pt/inclusiva/pdf/Tecnologias_assistivas_Br_pt.pdf>. Acesso em: 19 set. 2012. Adaptado.
Relacionando-se a análise da charge aos processos históricos vivenciados pela humanidade, pode-se afirmar: