Leia o texto sobre a participação feminina na luta de independência de Moçambique, ocorrida em 1975. Analise, também, a imagem da famosa guerrilheira Josina Machel.
Foto de Josina Machel no período das lutas anticoloniais de Moçambique contra Portugal.
A combatente Maconde se identificou como moradora de Namaua, do distrito de Mueda em Cabo Delgado e pertencente a uma família de sete irmãos. Em seu depoimento fez a seguinte consideração: “Quando nós mulheres começamos a trabalhar, houve forte oposição à nossa participação porque isso era contrário à nossa tradição. Iniciamos então uma grande campanha, explicando por que razão nós também devíamos combater, [...] que nós mulheres éramos mesmo mais oprimidas que os homens, que tínhamos os mesmos direitos e a mesma determinação de combater. Insistimos para que nos fosse dado treino militar e armas (Voz da Revolução, mar. 1979, p. 28).
Josina Machel ocupou cargos importantes na FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e participou da luta armada. Acreditava que as mulheres deveriam lutar ao lado dos homens para a libertação de Moçambique da dominação colonial. Em 1968, estimulou a criação de centros de saúde para soldados feridos e traumatizados e de escolas e creches para as crianças e órfãos. Considerava a educação de meninos e de meninas importante para a construção da nação. [...]Em 1972, o dia de sua morte foi declarado como o Dia Nacional das Mulheres Moçambicanas. Ela até hoje é lembrada como heroína da Luta de Libertação Nacional, sendo homenageada em monumentos, logradouros e estabelecimentos públicos.
Para o presidente Samora Machel, a emancipação feminina não consistia em igualar homens e mulheres e criticava o feminismo, acusando de ser um grupo de mulheres liberais que confundiam os propósitos de libertação e apontava os riscos de uma emancipação espelhada nos países capitalistas [...].
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As mulheres moçambicanas participaram ativamente da luta armada pela libertação de Moçambique, na África, contra a dominação colonial portuguesa.
Sobre a situação das mulheres na sociedade moçambicana do pós-independência, é correto afirmar que