Texto para a questão
Professor Pelé
Sempre achei que o melhor professor de português do Brasil foi o Pelé. Quem o viu jogar ou hoje vê os seus teipes sabe que o Pelé jamais fez uma jogada que não fosse parte de uma progressão para o gol. O sentido de tudo que o Pelé escrevia com a bola no campo era o gol. O drible espetacular era apenas circunstancialmente, com perdão do longo advérbio, espetacular, porque ele existia em função do objetivo final.
A lição para escritores é: defina o seu gol e tente chegar lá como Pelé chegaria, com poucos, mas definitivos toques, sem nunca deixar que os meios o desviem do fim. E se, no caminho para o gol, você fizer alguma coisa espetacular, esforce-se para dar a impressão de que foi apenas por obrigação.
Luis Fernando Veríssimo in “Banquete com os Deuses”, trecho
”Sempre achei que o melhor professor de português do Brasil foi o Pelé”.
A partir dessa afirmação, o autor desenvolve uma analogia entre: