A pequena cavalgata continuou a marcha através da picada, e aproximou-se de uma dessas clareiras das matas virgens, que se assemelham a grandes zimbórios de verdura
Neste momento um rugido espantoso fez estremecer a floresta, e encheu a solidão com os ecos estridentes.
Os caminheiros empalideceram e olharam um para o outro; os cavaleiros engatilharam os arcabuzes e seguiram lentamente, lançando um olhar cauteloso pelos ramos das árvores. [...]
Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.
Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, viase um índio na flor da idade.
Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
(Trecho do romance “O Guarani”, de 1857, de José de Alencar)
A partir do trecho acima, pode-se dizer que
I. O Guarani pode ser considerado um romance histórico, já que se utiliza do exame do passado nacional, traço tipicamente romântico.
II. O Guarani pode ser considerado um romance indianista, já que se utiliza do exame da vida do índio brasileiro, do nativo, sendo o exotismo um traço típico romântico.
III. José de Alencar tinha uma visão estereotipada do índio, por isso o diminuía frente ao homem branco europeu.
Está correto o que se afirma