A Idade Média constituiu-se como uma cultura patriarcal e continuou patriarcal. Os papéis das mulheres eram rigidamente determinados e, não por acaso, tornaram-se uma das vítimas preferenciais da Inquisição. Mas a relação não é simplesmente a de vítimas passivas sofrendo de opressão imutável. As ideias medievais sobre as mulheres têm um contrapeso no papel da própria Virgem Maria, a figura terrena mais importante de toda a cristandade então, cujo culto foi crescendo ao longo do período. Com um limite expressado pelo Papa Inocêncio 3º em 1210: “Não obstante o quanto a mais abençoada Virgem Maria esteja acima, e é mais ilustre que todos os apóstolos juntos, não foi a ela, mas a eles, que o Senhor confiou as chaves do Reino dos Céus”. Santidade sim, autoridade, nunca.
Na ponta oposta estava outra figura bíblica: Eva, a tentadora, a que aceitou a maçã da Serpente e a entregou a Adão, causando a queda da humanidade. Santo Agostinho, ainda no século 5, assim se expressava “Não será por que ele [Adão] não podia acreditar [na Serpente] que a mulher foi apresentada [ao fruto proibido]; ela que tinha pouca inteligência e talvez vivesse de acordo com o senso corporal e não de acordo com o senso da mente?”.
Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/a-mulhermedieval/. Acesso em: 15 jun. 2022.
Considerando o contexto histórico da sociedade feudal, assinale a alternativa INCORRETA.