SUGESTÃO DE ESTRELA
Daquela estrela chegou-me uma carta
do tempo em que escreviam
cartas.
Eu pude ler
em sua intermitência
frases saudosas
que aprendi um dia
e hoje releio
numa sugestão simbolista
as confissões de um tempo
tão distante, tão distante...
A estrela me acenou um poema
que nunca escrevi.
(MAIA, Luciano. Mar e Vento. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2009, p.33)
SUGESTÃO DE ESTRELA
Daquela estrela chegou-me uma carta
do tempo em que escreviam
cartas.
Eu pude ler
em sua intermitência
frases saudosas
que aprendi um dia
e hoje releio
numa sugestão simbolista
as confissões de um tempo
tão distante, tão distante...
A estrela me acenou um poema
que nunca escrevi.
(MAIA, Luciano. Mar e Vento. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2009, p.33)
Nos versos do poeta “Eu pude ler/em sua intermitência/frases saudosas...”, a palavra intermitência pode ser substituída sem perda de sentido por
Examinando um período que se inicia nos primeiros contatos realizados pelos colonizadores portugueses e espanhóis com o continente americano, até o século XVI, 'Visão do Paraíso' é um ensaio sobre o imaginário do colonizador. O livro estuda os mitos edênicos que acompanharam as narrativas dos descobrimentos e da colonização da América. Sérgio Buarque de Holanda recompôs a concepção paradisíaca que os descobridores tinham do Novo Mundo, desenvolvendo uma abordagem de longa duração. O diálogo estabelecido com a historiografia europeia, acompanhado de um domínio das fontes documentais que retratam as visões idílicas do continente americano, permitiu ao autor realizar uma comparação entre a colonização portuguesa e a espanhola da América. O autor mostra como as descrições do Novo Mundo produzidas pelos conquistadores castelhanos estão repletas de elementos fantásticos e correspondem às temáticas edênicas, enquanto, no caso português, o pragmatismo lusitano assume o lugar da imaginação criadora, assegurando às visões do Paraíso um espaço limitado na América portuguesa. A obra traz um caderno de imagens com reproduções de documentos e fotografias do acervo pessoal do autor, além de posfácios dos historiadores Laura de Mello e Souza e Ronaldo Vainfas.
Disponível em: < http://books.google.com.br/books?id=nhJkuAAACAAJ&dq=vis%C3%A3o+do+paraiso&hl=pt- BR&sa=X&ei=Kw2rUPtIx7HRAcihgQg&ved=0CEsQ6AEwBw > Acesso em: 11/11/2012.
A produção textual por meio da qual o autor faz uma breve apreciação e uma descrição a respeito de acontecimentos culturais ou de obras de arte no intuito de apresentá-los de forma sintetizada, pode ser denominada
ASA BRANCA
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração.
(Disponível em: < http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/47081/ > Acesso em: 08/11/2012.
Assim como “prantação”, no 2º verso e 3ª estrofe da canção de Luiz Gonzaga, outras palavras da língua portuguesa, como, por exemplo, “ingrês”, “pubricar”, “pranta” “frauta”, “frecha”, são pronunciadas por falantes que não tiveram acesso à norma culta dentro de uma variação linguística considerada não padrão. Todavia, na história da formação da língua portuguesa já foram consideradas como pronúncias corretas. Assinale a opção que nomeia esse fenômeno fonético que contribuiu para a formação da própria língua portuguesa.
ASA BRANCA
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração.
(Disponível em: < http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/47081/ > Acesso em: 08/11/2012.
poesia de Luiz Gonzaga apresenta a variação da norma padrão da língua no que se refere:
Estudar é também uma arte e, como tal, depende muito da motivação. Estudioso é quem tem motivação própria para estudar. O que seria – como é para a grande maioria das pessoas – chato passa a ter sentido e preencher o sentido da vida. Motivação não implica necessariamente prazer, em especial prazer físico imediato. Não se estuda apenas o que dá prazer. É inevitável estudar também o que não nos dá prazer, se isto for importante. Estudo é também trabalho, dedicação, esforço, renúncia. Tudo o que se faz com prazer é mais fácil. Mas a vida não se reduz a prazer. Seria fútil. Não segue que o estudo mais proveitoso seja o mais estafante. Segue apenas que estudar pode acarretar sacrifício. E isto faz parte da vida também.
(Texto adaptado de DEMO, Pedro. Metodologia para quem quer aprender. São Paulo: Atlas, 2008, p.9.)
A partir da leitura do texto é correto inferir que: