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Refugiados e deslocados internos
82,4 milhões de pessoas estão atualmente fugindo de conflitos e perseguições pelo mundo. Seus lares já não são seguros por questões de raça, religião ou nacionalidade, e seus governos não podem mais oferecer-lhes proteção.
MSF (Médicos Sem Fronteira) trabalha pelo mundo para oferecer aos refugiados e às pessoas que se deslocam internamente por seus países tudo o que precisam, de assistência psicológica a tratamento nutricional vital. Nós estruturamos hospitais em campos de refugiados, ajudamos mulheres a darem à luz com segurança, vacinamos crianças para prevenir epidemias e garantimos acesso à água potável.
Lei internacional
Refugiados são protegidos por leis internacionais. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) é responsável por garantir que refugiados tenham direito a asilo, recebam assistência – alimentos, abrigo, cuidados de saúde – e estejam protegidos da violência. O ACNUR também é responsável por viabilizar uma solução duradoura para a situação dessas pessoas. Entretanto, algumas políticas são estruturadas para impedir que os refugiados busquem asilo: políticas que toleram medidas inadequadas ou que, simplesmente, mandam os refugiados de volta aos seus países. Assim como levar cuidados de saúde e saneamento para refugiados, acreditamos que seja igualmente importante nos manifestarmos acerca dessas políticas.
O maior campo de refugiados do mundo
Pelo menos 920 mil rohingyas vivem abrigados no distrito de Cox‘s Bazar, região que se tornou o maior campo de refugiados do mundo. Uma fuga em massa começou em 25 de agosto de 2017, quando o exército de Mianmar lançou ―operações de varredura‖ contra o povo rohingya, causando violência e destruição generalizadas e forçando centenas de milhares de pessoas a fugirem para o país vizinho, Bangladesh. [...]
Pessoas deslocadas internamente
Apesar de as pessoas deslocadas internamente fugirem de suas casas por razões similares às dos refugiados (conflitos armados, violações de direitos humanos, desastres naturais), tecnicamente, elas não são refugiadas. Deslocados internos não cruzam fronteiras internacionais para buscar refúgio e, portanto, continuam, legalmente, sob a proteção de seus próprios governos, mesmo que esse governo seja, muitas vezes, a causa de sua fuga.
Mais de 48 milhões de pessoas vivem deslocadas internamente em diversos países no mundo, entre eles, em maior incidência: Síria, Venezuela, Afeganistão, Sudão do Sul, Mianmar, Sudão, RDC e Somália.
As leis internacionais exigem a proteção de civis em meio a conflitos, mulheres e crianças, mas, mesmo assim, elas são deliberadamente atacadas pelas partes beligerantes. Mesmo que existam programas para oferecer cirurgias e outros cuidados a essas pessoas, a maioria não consegue receber o atendimento médico de que precisa, porque vive em regiões onde o sistema de saúde entrou em colapso e é muito perigoso para agências de ajuda independentes atuarem.
Disponível em: https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atuacao/refugiados-edeslocados-internos/. Acesso em: 23 mar. 2022.