A chave para a especificidade do Oriente Médio não é o Islã, mas o petróleo. […] A riqueza petrolífera da região do Golfo levou o Império Britânico a consolidar ou instaurar os sistemas monárquicos mais arcaicos do mundo contemporâneo. […] Essa riqueza levou os Estados Unidos a agir da mesma forma com o seu mais antigo protetorado de fato na região: o reino saudita. O líder do “mundo livre” apoia o Estado mais antidemocrático, misógino e fundamentalista do planeta, o único em que o Corão e a Sunnah (tradição) assumem o lugar da Constituição.
(Gilbert Achcar. “O impasse saudita no Oriente Médio”. Le monde diplomatique Brasil, março de 2018.)
O excerto argumenta que as condições políticas de uma região do planeta, caracterizada contemporaneamente por grande instabilidade social, vinculam-se