TEXTO 1
MAIS UM POUCO DE FELICIDADE
1.º§ Interessante pensar que desejamos algo que não conhecemos. Todos queremos
ardentemente a felicidade, mas não sabemos verdadeiramente como ela é. E esse
desejo, essa busca incessante pela felicidade que não conhecemos é, talvez, uma
prova de que é intrínseca, inerente ao ser humano. Ela nos pertence, mas de alguma
forma, em algum momento, parece ter se separado de nós. É como se um membro
de nosso corpo estivesse faltando.
2.º§ Queremos esse estado de plenitude a todo custo e para isso recorremos a tudo.
Vivemos numa civilização que nos cria desejos e “necessidades” o tempo todo, para
atender a uma política de consumo, por vezes cruel, e pensamos que, quando
realizarmos tais desejos ou tivermos atendidas as nossas “necessidades”,
acharemos a tão sonhada felicidade. Mas isso não é verdade, pois sempre teremos
mais e mais desejos e “necessidades” sendo criados, e essa roda não terá fim.
3.º§ É chegada a hora da reflexão. Nossa civilização está chegando a um nível intolerável
de loucura, ansiedade, depressão e violência, o número de farmácias cresce
vertiginosamente (que bom que existem) e ainda achamos que estamos no caminho
certo para encontrar a felicidade. Faço um apelo para que sejamos mais conscientes
de nossa humanidade.
4.º§ Não existe um caminho, mas vários. Quero aqui tratar de um deles, que é adequarmos
os nossos desejos à realidade que nos envolve. Quando são muito maiores do que
nossa capacidade de realizá-los, ou partimos para os remédios, ou passamos por cima
dos outros sem piedade. Façamos uma reflexão sobre tudo o que desejamos ou que
nos faz pensar que “necessitamos”. Adequando esse aspecto de nossa vida, teremos
maior tranquilidade no dia a dia, maior imperturbabilidade da alma.
5.º§ Não estou dizendo para eliminarmos os desejos e os sonhos de nossa vida (sonhar
é preciso). Queremos uma vida melhor para nós e nossos filhos, estudar, viajar, ter
uma vida agradável e isso é ótimo, mas que nosso bom senso prevaleça e reflitamos
sobre o que realmente é o nosso tesouro, o que importa em nossas vidas, de
verdade, e que esse seja o norte para que cheguemos um pouquinho mais perto
daquilo que nos pertence, queremos, mas não conhecemos e que chamamos de
felicidade.
CASSEL, Marco. 29 de jan. 2021. Adaptado. Disponível em: https://www.jornalrepercussao.com.br. Acesso em 15 de maio de 2022
TEXTO 2
Fonte: Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho.Acesso em 04 mai 2022.
O enunciador se apresenta discursivamente por meio da primeira pessoa do plural, com a intenção de estabelecer com o interlocutor uma relação de: