Essa crítica é reforçada, nas falas da personagem, principalmente pelo uso de:
O melhor exemplo de paradoxo presente na fala de Joana é:
Superman: 75 anos
Não era um pássaro nem um avião. O verdadeiro Superman era um pacato contador passando
férias num resort1 ao norte de Nova York.
Joe Shuster, um dos criadores do personagem, junto com Jerry Siegel, descansava na colônia
de férias quando encontrou Stanley Weiss, jovem de rosto quadrado e porte atlético, que ele
[5] julgou ser a encarnação do herói. Lá mesmo, pediu para desenhar o moço que serviria de modelo
para os quadrinhos dali em diante. Só neste ano, esses desenhos estão vindo à tona nos E.U.A.,
como parte das atividades comemorativas dos 75 anos do personagem.
Embora tenha mantido a aparência de rapagão musculoso, Superman não foi o mesmo ao longo
dos anos. Nos gibis, oscilou entre mais e menos sarado. Na TV, já foi mais rechonchudo, até
[10] reencarnar como o púbere2 Tom Welling, da série de TV “Smallville”.
“Desde pequeno eu sabia que Superman não existia. Mas também sabia que meu pai era o
verdadeiro Superman”, brincou David Weiss, filho do modelo do herói, em entrevista à Folha
de São Paulo. Weiss cresceu comparando o rosto do pai ao desenho pendurado na sala de casa.
Mas logo Joe Shuster, que foi seu principal desenhista, acabaria cedendo espaço para novos
[15] cartunistas, que adaptaram a figura aos fatos correntes.
“Essa mudança é o segredo do Superman. Cada época precisa de um herói só seu, e ele sempre
pareceu ser o cara certo”, diz Larry Tye, considerado o maior estudioso do personagem. “Nos
anos 1930, ele tiraria a América da Grande Depressão. Nos anos 1940, era duro com os nazistas.
Nos anos 1950, lutou contra a onda vermelha do comunismo.”E foi mudando de cara de acordo
[20] com a função.
Invenção dos judeus Jerry Siegel e Joe Shuster, Superman também é visto como um paralelo
da história de Moisés, a criança exilada que cresce numa terra estrangeira e depois se apresenta
como um salvador. A aparência é um misto do também personagem bíblico Sansão, do
deus grego Hércules e de acrobatas de circo. Mas há quem atribua, até hoje, a dualidade do
[25] personagem, que se alterna entre o nerd3 indefeso, tímido e de vista fraca (como Joe Shuster) e
um super-herói possante, à origem judaica dos seus criadores.
“É o estereótipo judeu do homem fraco, tímido e intelectual que depois se revela um grande
herói”, diz Harry Brod, autor do e-book Superman Is Jewish? (Superman é judeu?), lançado
nos E.U.A. em novembro passado. “Ele é a versão moderna de Moisés: um bebê de Krypton
[30] enviado à Terra, que desenvolve superpoderes para salvar o seu povo.”
Segundo Brod, a analogia é tão nítida que os nazistas chegaram a discutir a suposta relação
em revistas de circulação interna do regime. Mas, para ele, Hollywood e o tempo suavizaram o
paralelo, transformando Superman numa releitura de Jesus Cristo. “Sua figura foi se tornando
mais cristã com o tempo”, diz Brod. ”Não importa a religião. A ideia de um fracote que se torna
um herói não deixa de ser uma fantasia universal.”
Silas Martí Adaptado de folha.uol.com.br, 03/03/2013.
Não era um pássaro nem um avião. (l. 1)
A primeira frase do texto remete às perguntas feitas por personagens que observavam intrigados o voo do Super-homem em suas muitas histórias: É um pássaro? É um avião? Não! É o Superhomem!
Essa primeira frase configura um recurso da linguagem conhecido como:
Superman: 75 anos
Não era um pássaro nem um avião. O verdadeiro Superman era um pacato contador passando
férias num resort1 ao norte de Nova York.
Joe Shuster, um dos criadores do personagem, junto com Jerry Siegel, descansava na colônia
de férias quando encontrou Stanley Weiss, jovem de rosto quadrado e porte atlético, que ele
[5] julgou ser a encarnação do herói. Lá mesmo, pediu para desenhar o moço que serviria de modelo
para os quadrinhos dali em diante. Só neste ano, esses desenhos estão vindo à tona nos E.U.A.,
como parte das atividades comemorativas dos 75 anos do personagem.
Embora tenha mantido a aparência de rapagão musculoso, Superman não foi o mesmo ao longo
dos anos. Nos gibis, oscilou entre mais e menos sarado. Na TV, já foi mais rechonchudo, até
[10] reencarnar como o púbere2 Tom Welling, da série de TV “Smallville”.
“Desde pequeno eu sabia que Superman não existia. Mas também sabia que meu pai era o
verdadeiro Superman”, brincou David Weiss, filho do modelo do herói, em entrevista à Folha
de São Paulo. Weiss cresceu comparando o rosto do pai ao desenho pendurado na sala de casa.
Mas logo Joe Shuster, que foi seu principal desenhista, acabaria cedendo espaço para novos
[15] cartunistas, que adaptaram a figura aos fatos correntes.
“Essa mudança é o segredo do Superman. Cada época precisa de um herói só seu, e ele sempre
pareceu ser o cara certo”, diz Larry Tye, considerado o maior estudioso do personagem. “Nos
anos 1930, ele tiraria a América da Grande Depressão. Nos anos 1940, era duro com os nazistas.
Nos anos 1950, lutou contra a onda vermelha do comunismo.”E foi mudando de cara de acordo
[20] com a função.
Invenção dos judeus Jerry Siegel e Joe Shuster, Superman também é visto como um paralelo
da história de Moisés, a criança exilada que cresce numa terra estrangeira e depois se apresenta
como um salvador. A aparência é um misto do também personagem bíblico Sansão, do
deus grego Hércules e de acrobatas de circo. Mas há quem atribua, até hoje, a dualidade do
[25] personagem, que se alterna entre o nerd3 indefeso, tímido e de vista fraca (como Joe Shuster) e
um super-herói possante, à origem judaica dos seus criadores.
“É o estereótipo judeu do homem fraco, tímido e intelectual que depois se revela um grande
herói”, diz Harry Brod, autor do e-book Superman Is Jewish? (Superman é judeu?), lançado
nos E.U.A. em novembro passado. “Ele é a versão moderna de Moisés: um bebê de Krypton
[30] enviado à Terra, que desenvolve superpoderes para salvar o seu povo.”
Segundo Brod, a analogia é tão nítida que os nazistas chegaram a discutir a suposta relação
em revistas de circulação interna do regime. Mas, para ele, Hollywood e o tempo suavizaram o
paralelo, transformando Superman numa releitura de Jesus Cristo. “Sua figura foi se tornando
mais cristã com o tempo”, diz Brod. ”Não importa a religião. A ideia de um fracote que se torna
um herói não deixa de ser uma fantasia universal.”
Silas Martí Adaptado de folha.uol.com.br, 03/03/2013.
Ao longo da reportagem, observa-se o uso de uma linguagem informal, registro que estaria mais próximo do usado pelo leitor.
Um claro exemplo desse registro informal da linguagem está em:
Superman: 75 anos
Não era um pássaro nem um avião. O verdadeiro Superman era um pacato contador passando
férias num resort1 ao norte de Nova York.
Joe Shuster, um dos criadores do personagem, junto com Jerry Siegel, descansava na colônia
de férias quando encontrou Stanley Weiss, jovem de rosto quadrado e porte atlético, que ele
[5] julgou ser a encarnação do herói. Lá mesmo, pediu para desenhar o moço que serviria de modelo
para os quadrinhos dali em diante. Só neste ano, esses desenhos estão vindo à tona nos E.U.A.,
como parte das atividades comemorativas dos 75 anos do personagem.
Embora tenha mantido a aparência de rapagão musculoso, Superman não foi o mesmo ao longo
dos anos. Nos gibis, oscilou entre mais e menos sarado. Na TV, já foi mais rechonchudo, até
[10] reencarnar como o púbere2 Tom Welling, da série de TV “Smallville”.
“Desde pequeno eu sabia que Superman não existia. Mas também sabia que meu pai era o
verdadeiro Superman”, brincou David Weiss, filho do modelo do herói, em entrevista à Folha
de São Paulo. Weiss cresceu comparando o rosto do pai ao desenho pendurado na sala de casa.
Mas logo Joe Shuster, que foi seu principal desenhista, acabaria cedendo espaço para novos
[15] cartunistas, que adaptaram a figura aos fatos correntes.
“Essa mudança é o segredo do Superman. Cada época precisa de um herói só seu, e ele sempre
pareceu ser o cara certo”, diz Larry Tye, considerado o maior estudioso do personagem. “Nos
anos 1930, ele tiraria a América da Grande Depressão. Nos anos 1940, era duro com os nazistas.
Nos anos 1950, lutou contra a onda vermelha do comunismo.”E foi mudando de cara de acordo
[20] com a função.
Invenção dos judeus Jerry Siegel e Joe Shuster, Superman também é visto como um paralelo
da história de Moisés, a criança exilada que cresce numa terra estrangeira e depois se apresenta
como um salvador. A aparência é um misto do também personagem bíblico Sansão, do
deus grego Hércules e de acrobatas de circo. Mas há quem atribua, até hoje, a dualidade do
[25] personagem, que se alterna entre o nerd3 indefeso, tímido e de vista fraca (como Joe Shuster) e
um super-herói possante, à origem judaica dos seus criadores.
“É o estereótipo judeu do homem fraco, tímido e intelectual que depois se revela um grande
herói”, diz Harry Brod, autor do e-book Superman Is Jewish? (Superman é judeu?), lançado
nos E.U.A. em novembro passado. “Ele é a versão moderna de Moisés: um bebê de Krypton
[30] enviado à Terra, que desenvolve superpoderes para salvar o seu povo.”
Segundo Brod, a analogia é tão nítida que os nazistas chegaram a discutir a suposta relação
em revistas de circulação interna do regime. Mas, para ele, Hollywood e o tempo suavizaram o
paralelo, transformando Superman numa releitura de Jesus Cristo. “Sua figura foi se tornando
mais cristã com o tempo”, diz Brod. ”Não importa a religião. A ideia de um fracote que se torna
um herói não deixa de ser uma fantasia universal.”
Silas Martí Adaptado de folha.uol.com.br, 03/03/2013.
O autor do texto recorre a depoimentos e falas de entrevistados, o que confere credibilidade à reportagem.
Essa credibilidade se deve à seguinte característica dos entrevistados:
Superman: 75 anos
Não era um pássaro nem um avião. O verdadeiro Superman era um pacato contador passando
férias num resort1 ao norte de Nova York.
Joe Shuster, um dos criadores do personagem, junto com Jerry Siegel, descansava na colônia
de férias quando encontrou Stanley Weiss, jovem de rosto quadrado e porte atlético, que ele
[5] julgou ser a encarnação do herói. Lá mesmo, pediu para desenhar o moço que serviria de modelo
para os quadrinhos dali em diante. Só neste ano, esses desenhos estão vindo à tona nos E.U.A.,
como parte das atividades comemorativas dos 75 anos do personagem.
Embora tenha mantido a aparência de rapagão musculoso, Superman não foi o mesmo ao longo
dos anos. Nos gibis, oscilou entre mais e menos sarado. Na TV, já foi mais rechonchudo, até
[10] reencarnar como o púbere2 Tom Welling, da série de TV “Smallville”.
“Desde pequeno eu sabia que Superman não existia. Mas também sabia que meu pai era o
verdadeiro Superman”, brincou David Weiss, filho do modelo do herói, em entrevista à Folha
de São Paulo. Weiss cresceu comparando o rosto do pai ao desenho pendurado na sala de casa.
Mas logo Joe Shuster, que foi seu principal desenhista, acabaria cedendo espaço para novos
[15] cartunistas, que adaptaram a figura aos fatos correntes.
“Essa mudança é o segredo do Superman. Cada época precisa de um herói só seu, e ele sempre
pareceu ser o cara certo”, diz Larry Tye, considerado o maior estudioso do personagem. “Nos
anos 1930, ele tiraria a América da Grande Depressão. Nos anos 1940, era duro com os nazistas.
Nos anos 1950, lutou contra a onda vermelha do comunismo.”E foi mudando de cara de acordo
[20] com a função.
Invenção dos judeus Jerry Siegel e Joe Shuster, Superman também é visto como um paralelo
da história de Moisés, a criança exilada que cresce numa terra estrangeira e depois se apresenta
como um salvador. A aparência é um misto do também personagem bíblico Sansão, do
deus grego Hércules e de acrobatas de circo. Mas há quem atribua, até hoje, a dualidade do
[25] personagem, que se alterna entre o nerd3 indefeso, tímido e de vista fraca (como Joe Shuster) e
um super-herói possante, à origem judaica dos seus criadores.
“É o estereótipo judeu do homem fraco, tímido e intelectual que depois se revela um grande
herói”, diz Harry Brod, autor do e-book Superman Is Jewish? (Superman é judeu?), lançado
nos E.U.A. em novembro passado. “Ele é a versão moderna de Moisés: um bebê de Krypton
[30] enviado à Terra, que desenvolve superpoderes para salvar o seu povo.”
Segundo Brod, a analogia é tão nítida que os nazistas chegaram a discutir a suposta relação
em revistas de circulação interna do regime. Mas, para ele, Hollywood e o tempo suavizaram o
paralelo, transformando Superman numa releitura de Jesus Cristo. “Sua figura foi se tornando
mais cristã com o tempo”, diz Brod. ”Não importa a religião. A ideia de um fracote que se torna
um herói não deixa de ser uma fantasia universal.”
Silas Martí Adaptado de folha.uol.com.br, 03/03/2013.
“Desde pequeno eu sabia que Superman não existia. Mas também sabia que meu pai era o verdadeiro Superman” (l. 11-12)
Essas frases foram ditas, em tom de brincadeira, pelo filho do homem que inspirou o desenho do personagem.
O tom de brincadeira é construído sobre um elemento linguístico que pode ser considerado como: