A produção de mercadorias e o consumismo alteram as percepções não apenas do eu como do mundo exterior ao eu; criam um mundo de espelhos, de imagens insubstanciais, de ilusões cada vez mais indistinguíveis da realidade. O efeito refletido faz do sujeito um objeto; ao mesmo tempo, transforma o mundo dos objetos em uma extensão ou projeção do eu. É enganoso caracterizar a cultura do consumo como uma cultura dominada por coisas. O consumidor vive rodeado não apenas por coisas como também por fantasias. Vive em um mundo que não dispõe de existência objetiva ou independente e que parece existir somente para gratificar ou contrariar seus desejos.
Christopher Lasch. O mínimo eu, 1987. (Adaptado.)
Sob o ponto de vista filosófico, na sociedade de consumo, o indivíduo