Analise a charge para responder à questão.
https://projetomedicina.com.br/blog-redacao/temas/os-desafios-do-relacionamento-familiar-no-contexto-das-novas-tecnologias
A charge faz uma crítica, pois retrata uma mudança nas (nos)
Um dos expoentes da literatura brasileira, com destaque para a ficção social e nordestina, é Raquel de Queiroz. Há de se destacar que a eminente escritora foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Autora de muitas obras de ficção, dentre elas, o romance O Quinze, que versa sobre a fome, a miséria e a migração decorrentes da seca que, em 1915, castigou o Ceará. A obra apresenta o intercruzamento de dois planos narrativos: a história da família do vaqueiro Chico Bento que, juntamente com esposa e filhos, se torna retirante; e a dos primos Vicente, criador de gado, e Conceição, professora normalista à frente de seu tempo.
Apresentamos a seguir um fragmento desta obra: um diálogo entre Conceição e seu Compadre sobre as mazelas da vida no campo. Leia o trecho para responder à questão.
TEXTO
Agora, felizmente, estavam menos mal. O de que carecia era arranjar trabalho; porque a comadre Conceição bem via que o que davam no Campo mal chegava para os meninos. Conceição concordou:
— Eu sei, eu sei, é uma miséria! Mas você assim, compadre, tão fraco, lá aguenta um serviço bruto, pesado, que é só o que há para retirante?!
Ele alargou os braços, tristemente:
— A natureza da gente é que nem borracha... Havendo precisão, que jeito? Dá pra tudo...
Ela lembrou:
— Olhe, todo dia, você ou a comadre apareçam por aqui, e o que nós juntarmos, em vez de se dar aos outros, guarda-se só pra vocês. Eu vou ver se arranjo alguma coisa que lhe sirva... Assim uma vendinha de água, hein, Mãe Nácia?
Queiroz, Rachel de, 1910-2003 Q47q O quinze [recurso eletrônic]: Raquel de Queiroz. – Rio de Jan: José Olympio, 2012.
No trecho, “porque a comadre Conceição bem via que o que davam no Campo mal chegava para os meninos.”, o advérbio “mal” expressa uma ideia de
Um dos expoentes da literatura brasileira, com destaque para a ficção social e nordestina, é Raquel de Queiroz. Há de se destacar que a eminente escritora foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Autora de muitas obras de ficção, dentre elas, o romance O Quinze, que versa sobre a fome, a miséria e a migração decorrentes da seca que, em 1915, castigou o Ceará. A obra apresenta o intercruzamento de dois planos narrativos: a história da família do vaqueiro Chico Bento que, juntamente com esposa e filhos, se torna retirante; e a dos primos Vicente, criador de gado, e Conceição, professora normalista à frente de seu tempo.
Apresentamos a seguir um fragmento desta obra: um diálogo entre Conceição e seu Compadre sobre as mazelas da vida no campo. Leia o trecho para responder à questão.
TEXTO
Agora, felizmente, estavam menos mal. O de que carecia era arranjar trabalho; porque a comadre Conceição bem via que o que davam no Campo mal chegava para os meninos. Conceição concordou:
— Eu sei, eu sei, é uma miséria! Mas você assim, compadre, tão fraco, lá aguenta um serviço bruto, pesado, que é só o que há para retirante?!
Ele alargou os braços, tristemente:
— A natureza da gente é que nem borracha... Havendo precisão, que jeito? Dá pra tudo...
Ela lembrou:
— Olhe, todo dia, você ou a comadre apareçam por aqui, e o que nós juntarmos, em vez de se dar aos outros, guarda-se só pra vocês. Eu vou ver se arranjo alguma coisa que lhe sirva... Assim uma vendinha de água, hein, Mãe Nácia?
Queiroz, Rachel de, 1910-2003 Q47q O quinze [recurso eletrônic]: Raquel de Queiroz. – Rio de Jan: José Olympio, 2012.
Na informalidade desse diálogo, foram utilizadas marcas fortes de oralidade pelos interlocutores. O trecho que exemplifica essa marca forte é
A escritora Raquel de Queiroz nasceu em Fortaleza, Ceará. Em 1927, além de atuar como professora primária, começou a colaborar em um jornal com poemas e crônicas. Apresentamos a seguir uma das crônicas publicadas na época. Trata-se de uma crônica do livro Cenas Brasileiras. Leia o texto II com atenção para responder à questão.
TEXTO
METONÍMIA, OU A VINGANÇA DO ENGANADO
Metonímia – a palavra me ficou na memória desde o ano de 1930, quando publiquei o meu livro de estreia, aquele romance de seca chamado O Quinze. Um crítico, examinando a obrinha, censurava-me porque, em certo trecho da história, eu falava que o galã saíra a andar “com o peito entreaberto na blusa”. “Que disparate é esse?”, indagava o sensato homem. “Deve - se dizer é: blusa entreaberta no peito”. Aceitei a correção com humildade e acanhamento, mas aí o meu ilustre professor de Latim, Dr. Matos Peixoto, acudiu em meu consolo. Que estava direito como eu escrevera; que na minha frase eu utilizara uma figura de retórica, a chamada metonímia – tropo que consiste em transladar-se a palavra do seu sentido natural da causa para o efeito, ou do continente para o conteúdo. E citava o exemplo clássico: “taça espumante” – continente pelo conteúdo, pois não é a taça que espuma e sim o vinho. Assim sendo, “peito entreaberto” estava certo, era um simples emprego de metonímia. E juntos, numa nota de jornal, meu mestre e eu silenciamos o crítico. Não sei se o zoilo aprendeu a lição. Eu fui que a não esqueci mais. Volta e meia lá aplico a metonímia - acho mesmo que é ela a minha única ligação com a velha retórica.
QUEIROZ, Raquel. Cenas Brasileiras. São Paulo: Editora Ática, 1998. Volume 17. Crônicas.
Sabe-se que a crônica pertence a um gênero textual híbrido que pode se alternar entre a literatura e o jornalismo.
O texto apresenta traços característicos de crônica literária, porque mostra
A escritora Raquel de Queiroz nasceu em Fortaleza, Ceará. Em 1927, além de atuar como professora primária, começou a colaborar em um jornal com poemas e crônicas. Apresentamos a seguir uma das crônicas publicadas na época. Trata-se de uma crônica do livro Cenas Brasileiras. Leia o texto II com atenção para responder à questão.
TEXTO
METONÍMIA, OU A VINGANÇA DO ENGANADO
Metonímia – a palavra me ficou na memória desde o ano de 1930, quando publiquei o meu livro de estreia, aquele romance de seca chamado O Quinze. Um crítico, examinando a obrinha, censurava-me porque, em certo trecho da história, eu falava que o galã saíra a andar “com o peito entreaberto na blusa”. “Que disparate é esse?”, indagava o sensato homem. “Deve - se dizer é: blusa entreaberta no peito”. Aceitei a correção com humildade e acanhamento, mas aí o meu ilustre professor de Latim, Dr. Matos Peixoto, acudiu em meu consolo. Que estava direito como eu escrevera; que na minha frase eu utilizara uma figura de retórica, a chamada metonímia – tropo que consiste em transladar-se a palavra do seu sentido natural da causa para o efeito, ou do continente para o conteúdo. E citava o exemplo clássico: “taça espumante” – continente pelo conteúdo, pois não é a taça que espuma e sim o vinho. Assim sendo, “peito entreaberto” estava certo, era um simples emprego de metonímia. E juntos, numa nota de jornal, meu mestre e eu silenciamos o crítico. Não sei se o zoilo aprendeu a lição. Eu fui que a não esqueci mais. Volta e meia lá aplico a metonímia - acho mesmo que é ela a minha única ligação com a velha retórica.
QUEIROZ, Raquel. Cenas Brasileiras. São Paulo: Editora Ática, 1998. Volume 17. Crônicas.
No trecho, “a chamada metonímia – tropo que consiste em transladar-se a palavra do seu sentido natural da causa para o efeito, ou do continente para o conteúdo”, ao explicar a linguagem, há predomínio da seguinte função da linguagem:
A escritora Raquel de Queiroz nasceu em Fortaleza, Ceará. Em 1927, além de atuar como professora primária, começou a colaborar em um jornal com poemas e crônicas. Apresentamos a seguir uma das crônicas publicadas na época. Trata-se de uma crônica do livro Cenas Brasileiras. Leia o texto II com atenção para responder à questão.
TEXTO
METONÍMIA, OU A VINGANÇA DO ENGANADO
Metonímia – a palavra me ficou na memória desde o ano de 1930, quando publiquei o meu livro de estreia, aquele romance de seca chamado O Quinze. Um crítico, examinando a obrinha, censurava-me porque, em certo trecho da história, eu falava que o galã saíra a andar “com o peito entreaberto na blusa”. “Que disparate é esse?”, indagava o sensato homem. “Deve - se dizer é: blusa entreaberta no peito”. Aceitei a correção com humildade e acanhamento, mas aí o meu ilustre professor de Latim, Dr. Matos Peixoto, acudiu em meu consolo. Que estava direito como eu escrevera; que na minha frase eu utilizara uma figura de retórica, a chamada metonímia – tropo que consiste em transladar-se a palavra do seu sentido natural da causa para o efeito, ou do continente para o conteúdo. E citava o exemplo clássico: “taça espumante” – continente pelo conteúdo, pois não é a taça que espuma e sim o vinho. Assim sendo, “peito entreaberto” estava certo, era um simples emprego de metonímia. E juntos, numa nota de jornal, meu mestre e eu silenciamos o crítico. Não sei se o zoilo aprendeu a lição. Eu fui que a não esqueci mais. Volta e meia lá aplico a metonímia - acho mesmo que é ela a minha única ligação com a velha retórica.
QUEIROZ, Raquel. Cenas Brasileiras. São Paulo: Editora Ática, 1998. Volume 17. Crônicas.
Na construção do texto, predomina o discurso indireto, no qual as falas dos personagens são apresentadas pelo narrador. O único trecho em que é reproduzida exatamente a fala de um personagem é: