O progresso tomou conta de todos os cantos do planeta, embora alguns lugares tenham avançado mais que outros. Quase todos os povos do mundo conhecem o rádio e a tevê. Com o telefone pode-se falar com alguém a milhares de quilômetros, enquanto os satélites artificiais transmitem fatos que estão ocorrendo em países distantes.
(Strazzacappa, C. Montanari, V. Globalização, o que é isso, afinal? 2ª ed. Moderna, São Paulo SP, 2003. p. 25)
A partir do texto podemos concluir que a globalização representa
DOS EFEITOS NÃO-LINEARES DA VALORIZAÇÃO ESTÉTICA NA EMPRESA
Um dos mais importantes estudos da antropologia é o da "estética". Os valores estéticos são considerados de suma importância para o ser humano. Assim, uma guerra só tem início depois que todos os guerreiros da tribo fizeram todas as cerimônias e pinturas corporais e colocaram os adereços próprios da arte plumária. Sem a cerimônia estética da dança, da arte rupestre, da pintura corporal, da arte plumária, a guerra não pode começar. Modernamente vimos também os chamados "caras-pintadas" – jovens protestando – com pinturas nos rostos simbolizando sua condição guerreira, tal qual os indígenas norteamericanos.
Transpondo esses estudos para o mundo empresarial, temos uma realidade semelhante, com efeitos similares.
Uma empresa mal cuidada, suja, escura, com pessoas mal vestidas, terá baixa qualidade de produtos e serviços. As pessoas "respondem" ao meioambiente. Da mesma forma, uma empresa limpa, bonita, clara, iluminada, com mobiliário adequado, ar condicionado, plantas, etc. produz colaboradores preocupados com qualidade.
O medíocre popular considera a valorização estética uma "perda de dinheiro", uma "perfumaria" desnecessária. A ignorância da magna caterva só consegue enxergar o "conteúdo" e não compreende o valor do "continente".
O metrô de São Paulo é um exemplo emblemático dos efeitos não-lineares da valorização estética. No metrô nada pode ficar quebrado por muito tempo. Qualquer aparelho ou equipamento danificado é consertado ou é retirado do local dentro do menor tempo possível. O resultado é que o mesmo povo que destrói os orelhões, quebra as praças e emporcalha as ruas de São Paulo, protege o metrô que é considerado um dos mais bem cuidados, limpos e eficientes do mundo. Como explicar? São milhares de usuários que diariamente "conservam" o metrô, porque dele sentem orgulho. Depredam os ônibus e protegem o metrô!
A valorização estética aumenta a auto-estima das pessoas. Trabalhar num ambiente bonito, limpo, climatizado, com pessoas bem vestidas, perfumadas, etc., faz o homem sentir-se mais humano. Todos estamos buscando desesperadamente melhor "qualidade de vida". E não há nenhuma dúvida de que a qualidade de vida para o ser humano passa necessariamente pela valorização estética.
Um dos maiores exemplos dos efeitos não-lineares da valorização estética em urbanismo é a cidade de Curitiba. A partir da valorização estética da cidade, o então prefeito Jaime Lerner conseguiu fazer de Curitiba uma outra cidade. Atraiu um novo polo automobilístico, fez da cidade uma das mais belas e admiradas cidades da América Latina por sua "qualidade de vida" e equipamentos urbanos de qualidade. E tudo começou pela valorização estética. Como nas cidades, a mesma realidade precisa ser compreendida pela empresa. E a valorização estética na empresa ultrapassa os limites do ambiente físico e deve abranger a ética, as boas maneiras, a polidez, atingindo aspectos de valorização da cultura, da educação, das artes e da música.
Você, empresário, pense nos detalhes estéticos da sua empresa. Não estará a sua empresa "embrutecida" pelo descuido dos detalhes estéticos? Como estão os jardins? Como está a pintura? As cores são alegres, induzem limpeza? O ambiente interno é agradável? Os veículos são limpos e cuidados? Como é a iluminação interna e externa? Os ambientes são claros, bem iluminados? O café é bom? As xícaras são bonitas? Os móveis são confortáveis e de qualidade? Como é o refeitório dos funcionários? E como são os banheiros? Os luminosos da fachada estão com todas as lâmpadas acesas? Estão limpos? Como as pessoas se trajam? Existe um “dress code”?
Faça você mesmo o seu check list e lembre-se da importância dos efeitos não-lineares da valorização estética para o ser humano, para as cidades e para as empresas.
[...]
(MARINS, Luiz. Dos efeitos não lineares da valorização estética. Gestão & Negócios – PME, São Paulo, ed. 98, 2017, p.5)
Análise as assertivas a seguir acerca do conteúdo do texto.
I – Apenas as empresas que têm valorização estética alcançam a fidelização do público.
II – Os valores estéticos otimizam os resultados.
III – Os usuários do metrô de São Paulo sentem orgulho desse meio de transporte, por isso cuidam dele.
Assinale a opção correta:
DOS EFEITOS NÃO-LINEARES DA VALORIZAÇÃO ESTÉTICA NA EMPRESA
Um dos mais importantes estudos da antropologia é o da "estética". Os valores estéticos são considerados de suma importância para o ser humano. Assim, uma guerra só tem início depois que todos os guerreiros da tribo fizeram todas as cerimônias e pinturas corporais e colocaram os adereços próprios da arte plumária. Sem a cerimônia estética da dança, da arte rupestre, da pintura corporal, da arte plumária, a guerra não pode começar. Modernamente vimos também os chamados "caras-pintadas" – jovens protestando – com pinturas nos rostos simbolizando sua condição guerreira, tal qual os indígenas norteamericanos.
Transpondo esses estudos para o mundo empresarial, temos uma realidade semelhante, com efeitos similares.
Uma empresa mal cuidada, suja, escura, com pessoas mal vestidas, terá baixa qualidade de produtos e serviços. As pessoas "respondem" ao meioambiente. Da mesma forma, uma empresa limpa, bonita, clara, iluminada, com mobiliário adequado, ar condicionado, plantas, etc. produz colaboradores preocupados com qualidade.
O medíocre popular considera a valorização estética uma "perda de dinheiro", uma "perfumaria" desnecessária. A ignorância da magna caterva só consegue enxergar o "conteúdo" e não compreende o valor do "continente".
O metrô de São Paulo é um exemplo emblemático dos efeitos não-lineares da valorização estética. No metrô nada pode ficar quebrado por muito tempo. Qualquer aparelho ou equipamento danificado é consertado ou é retirado do local dentro do menor tempo possível. O resultado é que o mesmo povo que destrói os orelhões, quebra as praças e emporcalha as ruas de São Paulo, protege o metrô que é considerado um dos mais bem cuidados, limpos e eficientes do mundo. Como explicar? São milhares de usuários que diariamente "conservam" o metrô, porque dele sentem orgulho. Depredam os ônibus e protegem o metrô!
A valorização estética aumenta a auto-estima das pessoas. Trabalhar num ambiente bonito, limpo, climatizado, com pessoas bem vestidas, perfumadas, etc., faz o homem sentir-se mais humano. Todos estamos buscando desesperadamente melhor "qualidade de vida". E não há nenhuma dúvida de que a qualidade de vida para o ser humano passa necessariamente pela valorização estética.
Um dos maiores exemplos dos efeitos não-lineares da valorização estética em urbanismo é a cidade de Curitiba. A partir da valorização estética da cidade, o então prefeito Jaime Lerner conseguiu fazer de Curitiba uma outra cidade. Atraiu um novo polo automobilístico, fez da cidade uma das mais belas e admiradas cidades da América Latina por sua "qualidade de vida" e equipamentos urbanos de qualidade. E tudo começou pela valorização estética. Como nas cidades, a mesma realidade precisa ser compreendida pela empresa. E a valorização estética na empresa ultrapassa os limites do ambiente físico e deve abranger a ética, as boas maneiras, a polidez, atingindo aspectos de valorização da cultura, da educação, das artes e da música.
Você, empresário, pense nos detalhes estéticos da sua empresa. Não estará a sua empresa "embrutecida" pelo descuido dos detalhes estéticos? Como estão os jardins? Como está a pintura? As cores são alegres, induzem limpeza? O ambiente interno é agradável? Os veículos são limpos e cuidados? Como é a iluminação interna e externa? Os ambientes são claros, bem iluminados? O café é bom? As xícaras são bonitas? Os móveis são confortáveis e de qualidade? Como é o refeitório dos funcionários? E como são os banheiros? Os luminosos da fachada estão com todas as lâmpadas acesas? Estão limpos? Como as pessoas se trajam? Existe um “dress code”?
Faça você mesmo o seu check list e lembre-se da importância dos efeitos não-lineares da valorização estética para o ser humano, para as cidades e para as empresas.
[...]
(MARINS, Luiz. Dos efeitos não lineares da valorização estética. Gestão & Negócios – PME, São Paulo, ed. 98, 2017, p.5)
Quanto aos elementos linguísticos e às construções gramaticais, observe as assertivas:
I – As analogias realizadas, no 1º parágrafo, mostram que a estética é parte integrante da vida das pessoas.
II – É possível assegurar que este texto trata-se de um gênero textual, vinculado ao domínio discurso jornalístico. Assim, traz as características do gênero notícia.
III – A ausência de pessoalidade gramatical – 1ª pessoa do singular e 1ª pessoa do plural – revela um afastamento do autor em relação ao seu público alvo que é, essencialmente, de empresários.
Assinale a alternativa correta:
DOS EFEITOS NÃO-LINEARES DA VALORIZAÇÃO ESTÉTICA NA EMPRESA
Um dos mais importantes estudos da antropologia é o da "estética". Os valores estéticos são considerados de suma importância para o ser humano. Assim, uma guerra só tem início depois que todos os guerreiros da tribo fizeram todas as cerimônias e pinturas corporais e colocaram os adereços próprios da arte plumária. Sem a cerimônia estética da dança, da arte rupestre, da pintura corporal, da arte plumária, a guerra não pode começar. Modernamente vimos também os chamados "caras-pintadas" – jovens protestando – com pinturas nos rostos simbolizando sua condição guerreira, tal qual os indígenas norteamericanos.
Transpondo esses estudos para o mundo empresarial, temos uma realidade semelhante, com efeitos similares.
Uma empresa mal cuidada, suja, escura, com pessoas mal vestidas, terá baixa qualidade de produtos e serviços. As pessoas "respondem" ao meioambiente. Da mesma forma, uma empresa limpa, bonita, clara, iluminada, com mobiliário adequado, ar condicionado, plantas, etc. produz colaboradores preocupados com qualidade.
O medíocre popular considera a valorização estética uma "perda de dinheiro", uma "perfumaria" desnecessária. A ignorância da magna caterva só consegue enxergar o "conteúdo" e não compreende o valor do "continente".
O metrô de São Paulo é um exemplo emblemático dos efeitos não-lineares da valorização estética. No metrô nada pode ficar quebrado por muito tempo. Qualquer aparelho ou equipamento danificado é consertado ou é retirado do local dentro do menor tempo possível. O resultado é que o mesmo povo que destrói os orelhões, quebra as praças e emporcalha as ruas de São Paulo, protege o metrô que é considerado um dos mais bem cuidados, limpos e eficientes do mundo. Como explicar? São milhares de usuários que diariamente "conservam" o metrô, porque dele sentem orgulho. Depredam os ônibus e protegem o metrô!
A valorização estética aumenta a auto-estima das pessoas. Trabalhar num ambiente bonito, limpo, climatizado, com pessoas bem vestidas, perfumadas, etc., faz o homem sentir-se mais humano. Todos estamos buscando desesperadamente melhor "qualidade de vida". E não há nenhuma dúvida de que a qualidade de vida para o ser humano passa necessariamente pela valorização estética.
Um dos maiores exemplos dos efeitos não-lineares da valorização estética em urbanismo é a cidade de Curitiba. A partir da valorização estética da cidade, o então prefeito Jaime Lerner conseguiu fazer de Curitiba uma outra cidade. Atraiu um novo polo automobilístico, fez da cidade uma das mais belas e admiradas cidades da América Latina por sua "qualidade de vida" e equipamentos urbanos de qualidade. E tudo começou pela valorização estética. Como nas cidades, a mesma realidade precisa ser compreendida pela empresa. E a valorização estética na empresa ultrapassa os limites do ambiente físico e deve abranger a ética, as boas maneiras, a polidez, atingindo aspectos de valorização da cultura, da educação, das artes e da música.
Você, empresário, pense nos detalhes estéticos da sua empresa. Não estará a sua empresa "embrutecida" pelo descuido dos detalhes estéticos? Como estão os jardins? Como está a pintura? As cores são alegres, induzem limpeza? O ambiente interno é agradável? Os veículos são limpos e cuidados? Como é a iluminação interna e externa? Os ambientes são claros, bem iluminados? O café é bom? As xícaras são bonitas? Os móveis são confortáveis e de qualidade? Como é o refeitório dos funcionários? E como são os banheiros? Os luminosos da fachada estão com todas as lâmpadas acesas? Estão limpos? Como as pessoas se trajam? Existe um “dress code”?
Faça você mesmo o seu check list e lembre-se da importância dos efeitos não-lineares da valorização estética para o ser humano, para as cidades e para as empresas.
[...]
(MARINS, Luiz. Dos efeitos não lineares da valorização estética. Gestão & Negócios – PME, São Paulo, ed. 98, 2017, p.5)
Quanto ao emprego de aspas no texto. Analise as assertivas.
I – Em “[...] vimos também os chamados “caraspintadas” [...].” (1º parág.), o termo entre aspas remete à possibilidade de dois grupos de pessoas que, embora distintos, possuem semelhanças físicas.
II – Em “As pessoas “respondem” ao meio ambiente.” (3º parág.), as aspas em “respondem” são utilizadas para denotar que a palavra tem sentido metafórico.
III – Em “O medíocre popular considera a valorização estética uma “perda de dinheiro”, uma “perfumaria”
desnecessária.” (4º parág.), os fragmentos entre aspas “perda de dinheiro” e “perfumaria” remetem ao discurso de um grupo de pessoas.
Assinale a alternativa correta:
DOS EFEITOS NÃO-LINEARES DA VALORIZAÇÃO ESTÉTICA NA EMPRESA
Um dos mais importantes estudos da antropologia é o da "estética". Os valores estéticos são considerados de suma importância para o ser humano. Assim, uma guerra só tem início depois que todos os guerreiros da tribo fizeram todas as cerimônias e pinturas corporais e colocaram os adereços próprios da arte plumária. Sem a cerimônia estética da dança, da arte rupestre, da pintura corporal, da arte plumária, a guerra não pode começar. Modernamente vimos também os chamados "caras-pintadas" – jovens protestando – com pinturas nos rostos simbolizando sua condição guerreira, tal qual os indígenas norteamericanos.
Transpondo esses estudos para o mundo empresarial, temos uma realidade semelhante, com efeitos similares.
Uma empresa mal cuidada, suja, escura, com pessoas mal vestidas, terá baixa qualidade de produtos e serviços. As pessoas "respondem" ao meioambiente. Da mesma forma, uma empresa limpa, bonita, clara, iluminada, com mobiliário adequado, ar condicionado, plantas, etc. produz colaboradores preocupados com qualidade.
O medíocre popular considera a valorização estética uma "perda de dinheiro", uma "perfumaria" desnecessária. A ignorância da magna caterva só consegue enxergar o "conteúdo" e não compreende o valor do "continente".
O metrô de São Paulo é um exemplo emblemático dos efeitos não-lineares da valorização estética. No metrô nada pode ficar quebrado por muito tempo. Qualquer aparelho ou equipamento danificado é consertado ou é retirado do local dentro do menor tempo possível. O resultado é que o mesmo povo que destrói os orelhões, quebra as praças e emporcalha as ruas de São Paulo, protege o metrô que é considerado um dos mais bem cuidados, limpos e eficientes do mundo. Como explicar? São milhares de usuários que diariamente "conservam" o metrô, porque dele sentem orgulho. Depredam os ônibus e protegem o metrô!
A valorização estética aumenta a auto-estima das pessoas. Trabalhar num ambiente bonito, limpo, climatizado, com pessoas bem vestidas, perfumadas, etc., faz o homem sentir-se mais humano. Todos estamos buscando desesperadamente melhor "qualidade de vida". E não há nenhuma dúvida de que a qualidade de vida para o ser humano passa necessariamente pela valorização estética.
Um dos maiores exemplos dos efeitos não-lineares da valorização estética em urbanismo é a cidade de Curitiba. A partir da valorização estética da cidade, o então prefeito Jaime Lerner conseguiu fazer de Curitiba uma outra cidade. Atraiu um novo polo automobilístico, fez da cidade uma das mais belas e admiradas cidades da América Latina por sua "qualidade de vida" e equipamentos urbanos de qualidade. E tudo começou pela valorização estética. Como nas cidades, a mesma realidade precisa ser compreendida pela empresa. E a valorização estética na empresa ultrapassa os limites do ambiente físico e deve abranger a ética, as boas maneiras, a polidez, atingindo aspectos de valorização da cultura, da educação, das artes e da música.
Você, empresário, pense nos detalhes estéticos da sua empresa. Não estará a sua empresa "embrutecida" pelo descuido dos detalhes estéticos? Como estão os jardins? Como está a pintura? As cores são alegres, induzem limpeza? O ambiente interno é agradável? Os veículos são limpos e cuidados? Como é a iluminação interna e externa? Os ambientes são claros, bem iluminados? O café é bom? As xícaras são bonitas? Os móveis são confortáveis e de qualidade? Como é o refeitório dos funcionários? E como são os banheiros? Os luminosos da fachada estão com todas as lâmpadas acesas? Estão limpos? Como as pessoas se trajam? Existe um “dress code”?
Faça você mesmo o seu check list e lembre-se da importância dos efeitos não-lineares da valorização estética para o ser humano, para as cidades e para as empresas.
[...]
(MARINS, Luiz. Dos efeitos não lineares da valorização estética. Gestão & Negócios – PME, São Paulo, ed. 98, 2017, p.5)
“A ignorância da magna caterva só consegue enxergar o “conteúdo” e não compreende o valor do “continente” (4º parágrafo).
O autor, ao declarar isso, emprega a construção “magna caterva” para:
DOS EFEITOS NÃO-LINEARES DA VALORIZAÇÃO ESTÉTICA NA EMPRESA
Um dos mais importantes estudos da antropologia é o da "estética". Os valores estéticos são considerados de suma importância para o ser humano. Assim, uma guerra só tem início depois que todos os guerreiros da tribo fizeram todas as cerimônias e pinturas corporais e colocaram os adereços próprios da arte plumária. Sem a cerimônia estética da dança, da arte rupestre, da pintura corporal, da arte plumária, a guerra não pode começar. Modernamente vimos também os chamados "caras-pintadas" – jovens protestando – com pinturas nos rostos simbolizando sua condição guerreira, tal qual os indígenas norteamericanos.
Transpondo esses estudos para o mundo empresarial, temos uma realidade semelhante, com efeitos similares.
Uma empresa mal cuidada, suja, escura, com pessoas mal vestidas, terá baixa qualidade de produtos e serviços. As pessoas "respondem" ao meioambiente. Da mesma forma, uma empresa limpa, bonita, clara, iluminada, com mobiliário adequado, ar condicionado, plantas, etc. produz colaboradores preocupados com qualidade.
O medíocre popular considera a valorização estética uma "perda de dinheiro", uma "perfumaria" desnecessária. A ignorância da magna caterva só consegue enxergar o "conteúdo" e não compreende o valor do "continente".
O metrô de São Paulo é um exemplo emblemático dos efeitos não-lineares da valorização estética. No metrô nada pode ficar quebrado por muito tempo. Qualquer aparelho ou equipamento danificado é consertado ou é retirado do local dentro do menor tempo possível. O resultado é que o mesmo povo que destrói os orelhões, quebra as praças e emporcalha as ruas de São Paulo, protege o metrô que é considerado um dos mais bem cuidados, limpos e eficientes do mundo. Como explicar? São milhares de usuários que diariamente "conservam" o metrô, porque dele sentem orgulho. Depredam os ônibus e protegem o metrô!
A valorização estética aumenta a auto-estima das pessoas. Trabalhar num ambiente bonito, limpo, climatizado, com pessoas bem vestidas, perfumadas, etc., faz o homem sentir-se mais humano. Todos estamos buscando desesperadamente melhor "qualidade de vida". E não há nenhuma dúvida de que a qualidade de vida para o ser humano passa necessariamente pela valorização estética.
Um dos maiores exemplos dos efeitos não-lineares da valorização estética em urbanismo é a cidade de Curitiba. A partir da valorização estética da cidade, o então prefeito Jaime Lerner conseguiu fazer de Curitiba uma outra cidade. Atraiu um novo polo automobilístico, fez da cidade uma das mais belas e admiradas cidades da América Latina por sua "qualidade de vida" e equipamentos urbanos de qualidade. E tudo começou pela valorização estética. Como nas cidades, a mesma realidade precisa ser compreendida pela empresa. E a valorização estética na empresa ultrapassa os limites do ambiente físico e deve abranger a ética, as boas maneiras, a polidez, atingindo aspectos de valorização da cultura, da educação, das artes e da música.
Você, empresário, pense nos detalhes estéticos da sua empresa. Não estará a sua empresa "embrutecida" pelo descuido dos detalhes estéticos? Como estão os jardins? Como está a pintura? As cores são alegres, induzem limpeza? O ambiente interno é agradável? Os veículos são limpos e cuidados? Como é a iluminação interna e externa? Os ambientes são claros, bem iluminados? O café é bom? As xícaras são bonitas? Os móveis são confortáveis e de qualidade? Como é o refeitório dos funcionários? E como são os banheiros? Os luminosos da fachada estão com todas as lâmpadas acesas? Estão limpos? Como as pessoas se trajam? Existe um “dress code”?
Faça você mesmo o seu check list e lembre-se da importância dos efeitos não-lineares da valorização estética para o ser humano, para as cidades e para as empresas.
[...]
(MARINS, Luiz. Dos efeitos não lineares da valorização estética. Gestão & Negócios – PME, São Paulo, ed. 98, 2017, p.5)
São estabelecidas entre frases e orações determinadas relações textuais. Observe as assertivas a seguir quanto às relações textuais.
I – “Assim, uma guerra só tem início depois que todos os guerreiros da tribo [...]” (1º parág.). O termo “assim” introduz uma ideia de consequência a qual está vinculada a uma causa.
II – “Da mesma forma, uma empresa limpa [...]” (3º parág.). A expressão sublinhada mostra a continuidade do raciocínio.
III – Em “[...] porque dele sentem orgulho” (5º parág.), traz expressa a ideia de finalidade.
IV – Em “[...] mesmo povo que destrói os orelhões [...]” (5º parág.), há a ideia de concessão que se vincula ao campo semântico da oposição.
Assinale a alternativa correta: