Leia o texto a seguir para responder às questões.
Linguagem online: o problema dos pânicos morais
Desde o início da internet, têm sido feitas críticas a características linguísticas que aparecem com frequência na comunicação online.
Esses discursos públicos, ou pânicos morais estão centrados em como a linguagem adotada pelos jovens em sua comunicação online poderia afetar negativamente suas habilidades de letramento, isto é, as habilidades de leitura e de escrita. Alega-se que o fato de as pessoas lerem menos livros ou terem habilidades de leitura e de concentração mais reduzidas se deve ao aumento do uso de novas mídias (por exemplo, CARR, 2010). Criaram-se novos rótulos ou neologismos para o que talvez pareça ser um gênero de linguagem de mensagens de texto, como “textese” e “textspeak". Apesar das grandes mudanças provocadas pelos usos massivos da internet, esses tecnopânicos existem há bastante tempo na história; eles já existiam quando as tecnologias anteriores foram inventadas, como o rádio, a TV e o estilo de escrita de inventadas, como o rádio, a TV e o estilo de escrita de telegrama, como Crystal (2011) assinalou. Essas alegações tendem a ser superficiais e muitas vezes contrárias à pesquisa acadêmica sobre a linguagem na nova mídia discutida. Isso tem gerado uma crescente tensão entre as compreensões acadêmicas e não acadêmicas de linguagem online.
Um problema relacionado a isso é o das previsões sobre a influência da internet no uso da língua. Uma previsão é que o inglês dominará a internet. Isso pode ter sido verdade por breve tempo na década de 1990, mas agora a internet e seus usuários estão se tornando cada vez mais monolíngues agora inevitavelmente se engajam em reduzidas se deve ao aumento do uso de novas mídias (por práticas translíngues.
Outra previsão é que os elementos do “internetês” ameaçam a língua padrão. No entanto, como Crystal (2011) observa quanto ao inglês, apenas uma pequena proporção do vocabulário foi modificada para a comunicação na internet. Formas abreviadas existiam anteriormente à internet. Além disso, a estrutura gramatical básica da língua não mudou por causa da internet. Estudos acadêmicos começaram a surgir como reação a esses equívocos. Por exemplo, a pesquisa de Plester e Wood (2009) revela uma relação positiva entre mensagens de texto e habilidades ortográficas entre as crianças britânicas.
BARTON, David; LEE, Carmen. Linguagem online: textos e práticas.
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