Leia o soneto “XVII”, de Alberto de Oliveira, para responder à questão.
Parado o engenho, extintas as senzalas,
Sem mais senhor, existe inda a fazenda,
A envidraçada casa de vivenda
Entregue ao tempo com as desertas salas.
Se ali penetras, vês em cada fenda
Verdear o musgo e ouves, se acaso falas,
Soturnos ecos e o roçar das alas
De atros morcegos em revoada horrenda.
Ama o luar, entretanto, essas ruínas.
Uma noite, horas mortas, de passagem
Eu a varanda olhava, quando vejo
À janela da frente, entre cortinas
De prata e luz, chegar saudosa imagem
E, unindo os dedos, atirar-me um beijo...
(Sânzio de Azevedo (org.). Parnasianismo, 2006.)
A chamada “rima rica” é aquela que ocorre entre palavras de classes gramaticais diferentes, a exemplo do que se verifica entre
Examine a tira Hagar, o Horrível, de Dik Browne.
Na tira, está empregado em sentido figurado o seguinte termo:
Leia o início do capítulo VIII do romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, para responder à questão.
Ainda hoje existe no saguão do paço imperial, que no tempo em que se passou esta nossa história se chamava palácio del-rei, uma saleta ou quarto que os gaiatos e o povo com eles denominavam o Pátio dos Bichos. Este apelido lhe fora dado em consequência do fim para que ele então servia: passavam ali todos os dias do ano três ou quatro oficiais superiores, velhos, incapazes para a guerra e inúteis na paz, que o rei tinha a seu serviço, não sabemos se com mais alguma vantagem de soldo, ou se só com mais a honra de serem empregados no real serviço. Bem poucas vezes havia ocasião de serem eles chamados por ordem real para qualquer coisa, e todo o tempo passavam em santo ócio, ora mudos e silenciosos, ora conversando sobre coisas do seu tempo, e censurando as do que com razão já não supunham do seu, porque nenhum deles era menor de 60 anos. Às vezes acontecia adormecerem todos ao mesmo tempo, e então com a ressonância de suas respirações passando pelos narizes atabacados, entoavam um quarteto, pedaço impagável, que os oficiais e soldados que estavam de guarda, criados e mais pessoas que passavam, vinham apreciar à porta. Eram os pobres homens muitas vezes vítimas de caçoadas que naquele tempo de poucas preocupações eram o objeto de estudo de muita gente.
Às vezes qualquer que os pilhava dormindo chegava à porta e gritava:
— Sr. tenente-coronel, el-rei procura por V. S. Qualquer deles acordava espantado, tomava o chapéu armado, punha o talim1, acontecendo às vezes com a pressa ficar o chapéu torto ou a espada do lado direito, e lá corria a ter com el-rei.
— Às vossas ordens, real senhor, dizia ainda bocejando. O rei, que percebia o negócio, desatava a rir e o mandava embora. (Memórias de uma sargento de milícias, 2003.)
(Memórias de uma sargento de milícias, 2003.)
1 talim: cinto usado por cima do traje para prender a espada.
“Este apelido lhe fora dado em consequência do fim para que ele então servia” (1º parágrafo)
O pronome sublinhado refere-se a
Leia o início do capítulo VIII do romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, para responder à questão.
Ainda hoje existe no saguão do paço imperial, que no tempo em que se passou esta nossa história se chamava palácio del-rei, uma saleta ou quarto que os gaiatos e o povo com eles denominavam o Pátio dos Bichos. Este apelido lhe fora dado em consequência do fim para que ele então servia: passavam ali todos os dias do ano três ou quatro oficiais superiores, velhos, incapazes para a guerra e inúteis na paz, que o rei tinha a seu serviço, não sabemos se com mais alguma vantagem de soldo, ou se só com mais a honra de serem empregados no real serviço. Bem poucas vezes havia ocasião de serem eles chamados por ordem real para qualquer coisa, e todo o tempo passavam em santo ócio, ora mudos e silenciosos, ora conversando sobre coisas do seu tempo, e censurando as do que com razão já não supunham do seu, porque nenhum deles era menor de 60 anos. Às vezes acontecia adormecerem todos ao mesmo tempo, e então com a ressonância de suas respirações passando pelos narizes atabacados, entoavam um quarteto, pedaço impagável, que os oficiais e soldados que estavam de guarda, criados e mais pessoas que passavam, vinham apreciar à porta. Eram os pobres homens muitas vezes vítimas de caçoadas que naquele tempo de poucas preocupações eram o objeto de estudo de muita gente.
Às vezes qualquer que os pilhava dormindo chegava à porta e gritava:
— Sr. tenente-coronel, el-rei procura por V. S. Qualquer deles acordava espantado, tomava o chapéu armado, punha o talim1, acontecendo às vezes com a pressa ficar o chapéu torto ou a espada do lado direito, e lá corria a ter com el-rei.
— Às vossas ordens, real senhor, dizia ainda bocejando. O rei, que percebia o negócio, desatava a rir e o mandava embora. (Memórias de uma sargento de milícias, 2003.)
(Memórias de uma sargento de milícias, 2003.)
1 talim: cinto usado por cima do traje para prender a espada.
Em relação aos eventos narrados, a posição do narrador pode ser caracterizada como
Leia o início do capítulo VIII do romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, para responder à questão.
Ainda hoje existe no saguão do paço imperial, que no tempo em que se passou esta nossa história se chamava palácio del-rei, uma saleta ou quarto que os gaiatos e o povo com eles denominavam o Pátio dos Bichos. Este apelido lhe fora dado em consequência do fim para que ele então servia: passavam ali todos os dias do ano três ou quatro oficiais superiores, velhos, incapazes para a guerra e inúteis na paz, que o rei tinha a seu serviço, não sabemos se com mais alguma vantagem de soldo, ou se só com mais a honra de serem empregados no real serviço. Bem poucas vezes havia ocasião de serem eles chamados por ordem real para qualquer coisa, e todo o tempo passavam em santo ócio, ora mudos e silenciosos, ora conversando sobre coisas do seu tempo, e censurando as do que com razão já não supunham do seu, porque nenhum deles era menor de 60 anos. Às vezes acontecia adormecerem todos ao mesmo tempo, e então com a ressonância de suas respirações passando pelos narizes atabacados, entoavam um quarteto, pedaço impagável, que os oficiais e soldados que estavam de guarda, criados e mais pessoas que passavam, vinham apreciar à porta. Eram os pobres homens muitas vezes vítimas de caçoadas que naquele tempo de poucas preocupações eram o objeto de estudo de muita gente.
Às vezes qualquer que os pilhava dormindo chegava à porta e gritava:
— Sr. tenente-coronel, el-rei procura por V. S. Qualquer deles acordava espantado, tomava o chapéu armado, punha o talim1, acontecendo às vezes com a pressa ficar o chapéu torto ou a espada do lado direito, e lá corria a ter com el-rei.
— Às vossas ordens, real senhor, dizia ainda bocejando. O rei, que percebia o negócio, desatava a rir e o mandava embora. (Memórias de uma sargento de milícias, 2003.)
(Memórias de uma sargento de milícias, 2003.)
1 talim: cinto usado por cima do traje para prender a espada.
Em “Às vezes qualquer que os pilhava dormindo chegava à porta e gritava: — Sr. tenente-coronel, el-rei procura por V. S.” (2º e 3º parágrafos), o verbo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
Leia o início do capítulo VIII do romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, para responder à questão.
Ainda hoje existe no saguão do paço imperial, que no tempo em que se passou esta nossa história se chamava palácio del-rei, uma saleta ou quarto que os gaiatos e o povo com eles denominavam o Pátio dos Bichos. Este apelido lhe fora dado em consequência do fim para que ele então servia: passavam ali todos os dias do ano três ou quatro oficiais superiores, velhos, incapazes para a guerra e inúteis na paz, que o rei tinha a seu serviço, não sabemos se com mais alguma vantagem de soldo, ou se só com mais a honra de serem empregados no real serviço. Bem poucas vezes havia ocasião de serem eles chamados por ordem real para qualquer coisa, e todo o tempo passavam em santo ócio, ora mudos e silenciosos, ora conversando sobre coisas do seu tempo, e censurando as do que com razão já não supunham do seu, porque nenhum deles era menor de 60 anos. Às vezes acontecia adormecerem todos ao mesmo tempo, e então com a ressonância de suas respirações passando pelos narizes atabacados, entoavam um quarteto, pedaço impagável, que os oficiais e soldados que estavam de guarda, criados e mais pessoas que passavam, vinham apreciar à porta. Eram os pobres homens muitas vezes vítimas de caçoadas que naquele tempo de poucas preocupações eram o objeto de estudo de muita gente.
Às vezes qualquer que os pilhava dormindo chegava à porta e gritava:
— Sr. tenente-coronel, el-rei procura por V. S. Qualquer deles acordava espantado, tomava o chapéu armado, punha o talim1, acontecendo às vezes com a pressa ficar o chapéu torto ou a espada do lado direito, e lá corria a ter com el-rei.
— Às vossas ordens, real senhor, dizia ainda bocejando. O rei, que percebia o negócio, desatava a rir e o mandava embora. (Memórias de uma sargento de milícias, 2003.)
(Memórias de uma sargento de milícias, 2003.)
1 talim: cinto usado por cima do traje para prender a espada.
Em ordem direta, o trecho “passavam ali todos os dias do ano três ou quatro oficiais superiores” (1º parágrafo) assume a seguinte redação: