Com ideais diametralmente opostos ao Parnasianismo, que prezava a objetividade temática, o culto à forma, a impessoalidade e a “arte pela arte”, os modernistas recusavam a arte tradicional e propunham alinhamento com toda produção artística moderna, sobretudo um alinhamento com as vanguardas europeias. Esses agentes, de forma conivente, tímida ou como manifestos intelectuais do conservadorismo, procuram dar forma a um projeto mais amplo de poder e sociedade na qual um suposto “padrão” de normalidade” e “expressão cultural” deve ser aceito em detrimento das demandas das minorias, sejam elas institucionais, econômicas, sociais ou culturais. Para isso, é preciso calar o pensamento crítico, democrático e plural em todos os espaços, como vemos atualmente nos ataques às universidades públicas no país e à figura de Paulo Freire, patrono da educação e importante intelectual brasileiro reconhecido mundialmente por sua proposta de pedagogia para liberdade. (COM IDEIAS, 2020).
Considerando os diferentes contextos históricos que abrigaram a Semana de Arte Moderna (1922) e a atual política cultural do governo federal (2019), é possível encontrar, respectivamente, como contraste marcante entre os dois fatos