Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo o bem e todo o mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade. Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver.
Epicuro. Carta a Meneceu. São Paulo: UNESP, 2002, p. 28.
A Carta a Meneceu é a obra de Epicuro que resume o que pensavam e viviam os epicuristas. Tendo esse excerto de texto como referência inicial, julgue o item.
Considere a situação hipotética de que uma pessoa com doença terminal tenha sido desenganada pelos médicos e tenha, no máximo, quatro meses de vida. Segundo a ética epicurista, a posição mais pertinente dessa pessoa seria viver o resto de seu tempo segundo uma vida