(Superinteressante – junho/2016)
Esse texto é de caráter
Ser grande
não é sobre tamanho.
É sobre Grandeza
É ser como o sol,
Que nasce todos os dias.
Que muda tudo que alcança
Que transforma vidas
Diariamente.
E que, em momentos de tempestade,
Tem resiliência
E volta a nascer.
Dia após dia.
O assai acredita
Que, a cada nascer do sol
Nascem também
Novas oportunidades.
Novas conquistas
Novas Historias.
Para nós, ser um grande atacadista
Não é só ser gigante em numeos,
É ser gigante em propósitos.
Mais do que estrutura, pessoas.
Mais do que objetivos, conquistas.
Mais do que números, vidas
Assaí atacadista.
Valores que se renovam todos os dias
.
(Texto publicitário) * ASSAÍ: palavra originada do japonês “ASAHI”, que significa “sol nascente
Sobre o texto, são apresentadas as seguintes afirmativas:
I. A empresa renuncia aos fatores relativos a estrutura, objetivos e números, em prol dos fatores relativos a pessoas, conquistas e vidas.
II. A mensagem da publicidade explora a ideia gerada e nutrida pela etimologia do nome da empresa.
III. O nome da empresa é uma palavra que estabelece uma relação semântica de homonímia – com grafia diferente – com o nome, de origem tupi, de um fruto muito apreciado em várias regiões do Brasil.
É correto o que se afirma em:
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira.
O termo empregado pelo emissor para expressar sua indignação é o:
Riobaldo acordava assustado em meio à madrugada, pressentindo que algum perigo se avizinhava. “A vida é ingrata no macio de si”, reflete ele. “Mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero. ” Tal passagem de Grande Sertão: Veredas transcende o universo mágico de Guimarães Rosa e serve para resumir a quase inquebrantável capacidade de resiliência do povo brasileiro. Nos tempos atuais, a terrível agrura que tira o sono de todos é o vírus invisível. Ele se espalha cada vez mais rápido e sufoca até matar, provocando uma tragédia sem precedente. (...)
Apesar disso, mesmo à beira de um ataque de nervos por terem subestimado o potencial de estrago do inimigo e diante de autoridades que custam a se entender na tomada de medidas urgentes, as pessoas não perderam o otimismo e a fé.
É essa mistura de medo e de esperança que aparece com nitidez em um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas sobre os sentimentos da população neste momento. (...)
(...) o trabalho mostra que a desolação com a situação atual do Brasil nunca foi tão flagrante. Mas, ainda assim, existe uma certa esperança que leva a crer que o futuro poderá ser diferente. (...)
Enquanto o cenário não muda, o brasileiro passa os dias remoendo seus medos e inseguranças com o presente. (...)
Por enquanto, resta respeitar as medidas de segurança e aguardar que o Ministério da Saúde acelere o programa de vacinação contra a Covid-19. De volta a Guimarães Rosa, ficam as palavras de consolo da personagem Diadorim ao protagonista da trama: “Riobaldo, tem tempos melhores. Por ora, estamos acuados em buraco”.
EDOARDO GHIROTTO, JULIANA CASTRO E TATIANA FARAH (Veja – 31.3.2021 – com adaptações)
Para desenvolver a ideia-matriz dessa reportagem, os autores exploraram o seguinte recurso:
UM DOCE REMÉDIO
Novo estudo conduzido pela Universidade de Oxford confirma a ação medicinal do mel nos tratamentos de tosse e dor de garganta
ADRIANA DIAS LOPES
UM HOMEM pendurado em um cipó, em esforço tremendo para coletar o mel de abelhas selvagens em uma colmeia aparentemente inalcançável. Muito provavelmente, eis a representação mais antiga da deliciosa substância dourada e viscosa, ilustrada em uma pintura rupestre nas cavernas de Araña, em Valência, na Espanha, há 8000 anos. Na Mesopotâmia, uma tábua de argila datada de 2000 a.C. traz uma receita para feridas do corpo: “Moer até que a areia do rio vire pó e amassar com água e mel, azeite puro e óleo de cedro e aplicar quente”. Poucos compostos naturais são reconhecidos como produto terapêutico há tanto tempo na história da humanidade. Os diversos (e bons) efeitos do néctar de flores processado pelos insetos acompanham as gerações em receitas caseiras. Faltavam apenas evidências científicas para comprovar a intuição. Finalmente elas surgiram.
O mel age contra sintomas de resfriado, como tosse e dor de garganta, atestou um trabalho conduzido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, a partir dos resultados de catorze pesquisas que envolveram mais de 1700 pessoas. A conclusão: o alimento pode ser tão ou mais eficaz que os antibióticos. O levantamento mostrou ainda que as bactérias não criam resistência ao mel. Um dos grandes problemas atuais é o fortalecimento desses microrganismos, devido ao uso indiscriminado de antibióticos. (...)
Os pesquisadores afirmam, contudo, ser necessário realizar novos estudos para confirmar a descoberta – e não se trata, evidentemente, de sonegar a eficácia de produtos farmacêuticos. O mel, porém, já entrou nas diretrizes de saúde de órgãos regulatórios de alguns países. (...)
(Veja – 2/9/2020)
A estrutura temática desse texto consta, pela ordem, de:
FREUD MUDOU a maneira de pensar sobre nós mesmos. Fosse religioso, sua tumba seria objeto de peregrinação, seus ossos miraculosos, exibidos em um altar. A adoração de muitos psicanalistas por Freud é semelhante à de um fiel a Santa Terezinha. Repetem suas palavras, como mantras. Mas não tenho nada a ver com isso. A não ser que me trate como algum deles. Freud é o fundador da psicanálise, o primeiro a trazer o inconsciente para a ordem do dia. É profundo, instigador. Mas o jargão psicanalítico entrou no cotidiano das pessoas. (...)
(Walcyr Carrasco – Veja – 24.3.2011)
Na elaboração do 2º período, o autor faz uso do recurso da elipse de dois elementos, que são: