Questões de Educação Física - Biologia e Saúde
A aptidão física, em termos gerais, pode ser definida como a capacidade que um indivíduo tem para realizar atividades físicas. Essa característica humana pode derivar de fatores herdados, do estado de saúde, da alimentação e, principalmente, da prática regular de exercícios físicos. Quando relacionada à saúde, a aptidão física envolve componentes associados ao estado de saúde, seja nos aspectos de prevenção e redução dos riscos de doenças, seja pela maior disposição (energia) para as atividades da vida diária. Os seguintes componentes da aptidão física estão relacionados à saúde: resistência aeróbica, composição corporal, flexibilidade e resistência muscular. Pode-se destacar a resistência aeróbica, devido a sua relação com a aptidão cardiorrespiratória, por facilitar o trabalho de trocas e transporte gasosos, otimizando o trabalho cardíaco e respiratório.
NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Londrina: Midiograf, 2001 (adaptado).
De acordo com o texto, a aptidão cardiorrespiratória diz respeito à capacidade de
As pessoas relacionam as aulas de Educação Física à prática de atividade física, talvez pelo fato de que a disciplina também tem como objeto o corpo em movimento. Um dos objetivos do componente curricular citado é estimular a prática da atividade física para combater o sedentarismo, inclusive fora da escola. A ideia é que, ao chegar no final do ensino médio, o aluno tenha adquirido ‘autonomia’ para a prática de atividade física na vida adulta. Para atingir essa prática autônoma, é necessário que se tenha o conhecimento, dentre outros, de que as atividades físicas são classificadas em aeróbias e anaeróbias.
Considerando essa classificação, é correto dizer que
Uma polêmica relacionada à covid-19 com clara relação com a Educação Física foi a discussão sobre a reabertura ou não das academias de ginástica em plena pandemia. Entre os argumentos apresentados pelos que defendiam a abertura estava o de que o exercício teria um efeito protetor contra a covid-19, pelo fortalecimento do sistema imunológico. A realização dessas práticas pode ser importante para a saúde, inclusive com foco na melhoria/manutenção da saúde mental, mas em muitas recomendações há mais um sentido de “ter que fazer”, com caráter “obrigatório”. Outro ponto ignorado diz respeito ao aconselhamento para a realização de exercícios físicos em casa durante a pandemia, considerando aspectos como a habilidade das pessoas para realizarem essas atividades, suas preferências, as condições das residências etc. Entendemos que essas recomendações, algumas vezes de caráter persecutório e descontextualizadas da realidade de muitas pessoas, não favorecem um olhar mais ampliado sobre a saúde.
LOCH, M. R. et al. A urgência da saúde coletiva na formação em Educação Física: lições com a covid-19. Ciência & Saúde Coletiva, n. 25, 2020 (adaptado).
Segundo o texto, no contexto da pandemia, a relação entre exercício físico e saúde deveria considerar a
Seis em cada dez pessoas com 15 anos ou mais não praticam esporte ou atividade física. São mais de 100 milhões de sedentários. Esses são dados do estudo Práticas de esporte e atividade física, da Pnad 2015, realizado pelo IBGE. A falta de tempo e de interesse são os principais motivos apontados para o sedentarismo. Paralelamente, 73,3% das pessoas de 15 anos ou mais afirmaram que o poder público deveria investir em esporte ou atividades físicas. Observou-se uma relação direta entre escolaridade e renda na realização de esporte sou atividades físicas. Enquanto 17,3% das pessoas que não tinham instrução realizavam diversas práticas corporais, esse percentual chegava a 56,7% das pessoas com superior completo. Entre as pessoas que têm práticas de esporte e atividade física regulares, o percentual de praticantes ia de 31,1%, na classe sem rendimento, a 65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais. A falta de tempo foi mais declarada pela população adulta, com destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, o principal motivo foi não gostarem ou não quererem. Já o principal motivo para praticar esporte, declarado por 11,2 milhões de pessoas, foi relaxar ou se divertir, seguido de melhorar a qualidade de vida ou O bem-estar. A falta de instalação esportiva acessível ou nas proximidades foi um motivo pouco citado, demonstrando que a não prática estaria menos associada à infraestrutura disponível.
Disponível em www.asporte.gov.br. Acesso em 9 ago 2017 (adaptado).
Com base na pesquisa e em uma visão ampliada de saúde, para a prática regular de exercícios ter influência significativa na saúde dos brasileiros, é necessário o desenvolvimento de estratégias que
Nos dias atuais, para as crianças e os adolescentes, a alimentação adequada e balanceada está associada, na maioria das vezes, à busca da forma ideal, segundo padrões ditados pela mídia. Se antes essa preocupação era predominantemente feminina, hoje existem adolescentes tentando emagrecer a qualquer custo: entram e saem de dietas e regimes feitos por conta própria, automedicam-se ou praticam exercícios físicos sem orientação.
MATTOS, L. O. N. Educação física e educação para a saúde. MultiRio, 2016 (adaptado).
Adolescentes associam que a conquista da “forma ideal” do corpo está relacionada à