ACAFE 2018/2 Medicina
70 Questões
Texto 1: Crime cresce em Boa Vista e imigração de venezuelanos leva a culpa
Fabiana Cambricoli, enviada especial, O Estado de S. Paulo - 22 abril 2018 | 03h00
BOA VISTA – Com o aumento da população, Boa Vista viu o número de ocorrências criminais dobrar. Mas apenas 0,5% dos crimes foi cometido por venezuelanos, segundo a Polícia Civil. Entre 2015 e 2017, o número de boletins registrados na capital de Roraima passou de 7.929 para 15.266, dos quais 63 tiveram os imigrantes como autores. Os crimes mais comuns foram lesão corporal, furto e roubo.
A impressão entre a população de Boa Vista, no entanto, é de que são os venezuelanos que estão trazendo mais criminalidade à cidade. A crença é reforçada por crimes violentos praticados por imigrantes, como a tentativa de assalto e esfaqueamento da comerciante Damiana Marques, de 59 anos.
Um venezuelano que frequentava seu mercadinho para fazer recargas de celular um dia tentou roubá-la. Mesmo sem reagir, a mulher foi esfaqueada no braço e nas costas e ficou em estado gravíssimo por causa dos ferimentos. “Perdi muito sangue, fiquei três dias na UTI e ainda vivo com medo até hoje porque ele nunca foi preso”, afirma ela, que instalou grade na porta do comércio após o episódio, ocorrido em junho do ano passado.
Agora, os clientes só podem fazer compras por meio de uma janelinha. “Não sou contra ajudar os imigrantes, mas nós, brasileiros, não podemos ficar esquecidos. ”
Disponível em: http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,crime-cresce-em-boa-vista-e-imigracao-de-venezuelanos-leva-a-culpa,70002278466. Acesso em: 01 maio 2018. [Adaptado].
Considerando o texto 1, é correto afirmar que:
Texto 1: Crime cresce em Boa Vista e imigração de venezuelanos leva a culpa
Fabiana Cambricoli, enviada especial, O Estado de S. Paulo - 22 abril 2018 | 03h00
BOA VISTA – Com o aumento da população, Boa Vista viu o número de ocorrências criminais dobrar. Mas apenas 0,5% dos crimes foi cometido por venezuelanos, segundo a Polícia Civil. Entre 2015 e 2017, o número de boletins registrados na capital de Roraima passou de 7.929 para 15.266, dos quais 63 tiveram os imigrantes como autores. Os crimes mais comuns foram lesão corporal, furto e roubo.
A impressão entre a população de Boa Vista, no entanto, é de que são os venezuelanos que estão trazendo mais criminalidade à cidade. A crença é reforçada por crimes violentos praticados por imigrantes, como a tentativa de assalto e esfaqueamento da comerciante Damiana Marques, de 59 anos.
Um venezuelano que frequentava seu mercadinho para fazer recargas de celular um dia tentou roubá-la. Mesmo sem reagir, a mulher foi esfaqueada no braço e nas costas e ficou em estado gravíssimo por causa dos ferimentos. “Perdi muito sangue, fiquei três dias na UTI e ainda vivo com medo até hoje porque ele nunca foi preso”, afirma ela, que instalou grade na porta do comércio após o episódio, ocorrido em junho do ano passado.
Agora, os clientes só podem fazer compras por meio de uma janelinha. “Não sou contra ajudar os imigrantes, mas nós, brasileiros, não podemos ficar esquecidos. ”
Disponível em: http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,crime-cresce-em-boa-vista-e-imigracao-de-venezuelanos-leva-a-culpa,70002278466. Acesso em: 01 maio 2018. [Adaptado].
Assinale a alternativa correta sobre o texto 1.
Texto 2
Um dos milagres das recém-descobertas Américas foram as novas cores. Os mexicanos, bem antes da chegada dos espanhóis, haviam observado a cochonilha, pequeno inseto que se alimentava dos cactos. A fêmea, sem asas, ostentava, quando grávida, um tom escarlate de grande intensidade.
Eram necessários 70 mil insetos mortos para produzir somente meio quilo de pó de cochonilha, que, então, podia ser usado para criar corantes muitos vivos. Escarlate era o nome dado a uma cor avermelhada usada em faixas e roupas, mas o novo tom que passou a ser produzido na Inglaterra, com as cochonilhas, chegava a ofuscar a visão.
O novo escarlate tornou-se a palavra do momento, dando origem até mesmo ao nome escarlatina, que na década de 1670 foi diagnosticada pela primeira vez como uma doença com características próprias, e não como um tipo de sarampo ou varíola.
A rota marítima ao redor da África abriu as portas para uma fonte barata da cor azul. O índigo, planta da qual se extraia o melhor azul, era cultivado em Bengala. Cortado nos campos e arrumado em fardos, era transportado em carroças até pátios de secagem e tanques de água, onde liberava indoxil por meio de um processo de fermentação.
Por muitos séculos, remessas pequenas e caras da tintura de índigo provenientes da Índia chegavam de vez em quando ao Mediterrâneo por terra, mas logo começaram a ser entregues em milhares de baús de madeira embarcados em navios holandeses e portugueses.
O índigo produzia uma cor tão brilhante que o azul tradicionalmente extraído de ísatis europeia, também conhecida como pastel-dos-tintureiros, parecia desbotado. Em pouco tempo, nos recintos mais elegantes de Amsterdã e Veneza, homens e mulheres usando chapéus, casacos, capas e túnicas de azul índigo desfilavam como pavões. Até o exército francês abandonou o uniforme castanho avermelhado e vestiu-se de azul.
BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do mundo. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2011, p. 202-203. [Fragmento adaptado].
Assinale a pergunta que pode ser respondida com base no texto 2.
Texto 2
Um dos milagres das recém-descobertas Américas foram as novas cores. Os mexicanos, bem antes da chegada dos espanhóis, haviam observado a cochonilha, pequeno inseto que se alimentava dos cactos. A fêmea, sem asas, ostentava, quando grávida, um tom escarlate de grande intensidade.
Eram necessários 70 mil insetos mortos para produzir somente meio quilo de pó de cochonilha, que, então, podia ser usado para criar corantes muitos vivos. Escarlate era o nome dado a uma cor avermelhada usada em faixas e roupas, mas o novo tom que passou a ser produzido na Inglaterra, com as cochonilhas, chegava a ofuscar a visão.
O novo escarlate tornou-se a palavra do momento, dando origem até mesmo ao nome escarlatina, que na década de 1670 foi diagnosticada pela primeira vez como uma doença com características próprias, e não como um tipo de sarampo ou varíola.
A rota marítima ao redor da África abriu as portas para uma fonte barata da cor azul. O índigo, planta da qual se extraia o melhor azul, era cultivado em Bengala. Cortado nos campos e arrumado em fardos, era transportado em carroças até pátios de secagem e tanques de água, onde liberava indoxil por meio de um processo de fermentação.
Por muitos séculos, remessas pequenas e caras da tintura de índigo provenientes da Índia chegavam de vez em quando ao Mediterrâneo por terra, mas logo começaram a ser entregues em milhares de baús de madeira embarcados em navios holandeses e portugueses.
O índigo produzia uma cor tão brilhante que o azul tradicionalmente extraído de ísatis europeia, também conhecida como pastel-dos-tintureiros, parecia desbotado. Em pouco tempo, nos recintos mais elegantes de Amsterdã e Veneza, homens e mulheres usando chapéus, casacos, capas e túnicas de azul índigo desfilavam como pavões. Até o exército francês abandonou o uniforme castanho avermelhado e vestiu-se de azul.
BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do mundo. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2011, p. 202-203. [Fragmento adaptado].
Sobre o texto 2, assinale a alternativa correta.
Texto 3
Como o vestido dificultava seus movimentos e como ela queria ser totalmente um dos Capitães de Areia, o trocou por umas calças que deram a Barandão numa casa da cidade alta. As calças tinham ficado enormes para o negrinho, ele então as ofereceu a Dora. Assim mesmo estavam grandes para ela, teve que as cortar nas pernas para que dessem. Amarrou um cordão, seguindo o exemplo de todos, o vestido servia de blusa. Se não fosse a cabeleira loira e os seios nascentes todos a poderiam tomar por um menino, um dos Capitães de Areia.
No dia em que, vestida como garoto, ela apareceu na frente de Pedro Bala, o menino começou a rir. Chegou a se enrolar no chão de tanto rir. Por fim conseguiu dizer:
– Tu tá gozada...
Ela ficou triste, Pedro Bala parou de rir.
– Não tá direito que vocês me dê de comer todo dia. Agora eu tomo parte no que vocês fizer.
AMADO, Jorge. Capitães de areia. In: GOMES, Álvaro Cardoso.
Jorge Amado. São Paulo: abril Educação, 1981, p. 38-39. (Literatura Comentada). [Fragmento].
Sobre o texto 3, é correto afirmar que:
Texto 3
Como o vestido dificultava seus movimentos e como ela queria ser totalmente um dos Capitães de Areia, o trocou por umas calças que deram a Barandão numa casa da cidade alta. As calças tinham ficado enormes para o negrinho, ele então as ofereceu a Dora. Assim mesmo estavam grandes para ela, teve que as cortar nas pernas para que dessem. Amarrou um cordão, seguindo o exemplo de todos, o vestido servia de blusa. Se não fosse a cabeleira loira e os seios nascentes todos a poderiam tomar por um menino, um dos Capitães de Areia.
No dia em que, vestida como garoto, ela apareceu na frente de Pedro Bala, o menino começou a rir. Chegou a se enrolar no chão de tanto rir. Por fim conseguiu dizer:
– Tu tá gozada...
Ela ficou triste, Pedro Bala parou de rir.
– Não tá direito que vocês me dê de comer todo dia. Agora eu tomo parte no que vocês fizer.
AMADO, Jorge. Capitães de areia. In: GOMES, Álvaro Cardoso.
Jorge Amado. São Paulo: abril Educação, 1981, p. 38-39. (Literatura Comentada). [Fragmento].
Sobre o texto 3, assinale a alternativa correta.