Unaerp 2016/2 Medicina
60 Questões
Leia o texto, considere as afirmativas e assinale a opção correta.
Número de multas cresce em 35% com limite de 50 km/h em SP
As autuações de trânsito em São Paulo aumentaram 27,1% em 2015 em comparação com 2014. Uma das causas foi o crescimento de 35% das multas por excesso de velocidade no ano em que a gestão Fernando Haddad reduziu para 50 km/h o limite nas principais vias da cidade. Até novembro, das 11 milhões de infrações, um terço foi para os motoristas que trafegaram acima da velocidade permitida.
Até novembro de 2015, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e os radares-pistola da Guarda Civil Metropolitana (GCM) multaram 3,8 milhões de condutores em velocidades acima dos 20% permitidos na via, segundo o Painel da Mobilidade, que mostra o detalhamento das autuações entre 2013 e o ano passado. Ele revela ainda, no mapa da cidade, os 923 locais onde há radares. De acordo com Haddad, a divulgação dos dados é uma forma de deixar “transparente” a fiscalização feita na capital paulista. Durante o lançamento, ele e o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatoo, voltaram a afirmar que “não existe indústria da multa, mas da morte”, relacionando o desrespeito à lei por parte de motoristas e motociclistas ao número de mortos e feridos no trânsito da cidade.
Disponível em: <http://www.estadao.com.br>. Acesso em: fev. 2016.
1. As multas por excesso de velocidade ocorrem por causa dos motoristas que trafegam com veículos acima dos 10% permitidos por lei na cidade de São Paulo.
2. Aumentou o número de autuações de trânsito em 20% no ano de 2015.
3. As multas aumentaram por causa da redução de velocidade limite nas principais vias da cidade em 2015.
Conforme as regras da nova ortografia, assinale a opção que apresenta a palavra com a grafia incorreta.
Sabendo-se do uso correto da crase, assinale a opção em que seu uso é facultativo.
Aedes: uma emergência internacional
O aparecimento do vírus zika colocou o Aedes aegypti no foco de pesquisadores nacionais e internacionais a partir da possível relação do vírus com a microcefalia, má-formação que afeta o cérebro e pode trazer sérias consequências para bebês. [...] No começo era a febre amarela. Depois veio a dengue. Mais recentemente a chikungunya e logo depois o zika. Entre especialistas em epidemias, o pensamento é um só: sabe-se lá o que mais pode vir daqui para frente.
Em comum, todas as doenças compartilham o mesmo vetor de transmissão, o mosquito Aedes aegypti. Sabe-se, na literatura médica, que pelo menos mais 17 outros vírus podem ser carregados pelo mesmo mosquito, mas ninguém se arrisca a dizer se algum deles pode se mover nem qual poderia ser o próximo a chegar ao Brasil.
Não que o Brasil não estivesse à espera de ser “visitado” por outro vírus transmitido por mosquitos. Desde 1999, quando o vírus do Nilo Ocidental causou um surto em Nova York e passou a se espalhar pelos Estados Unidos – depois de passar anos sem se mexer na África e saltar para a Europa em meados dos anos 1990, o País iniciou um trabalho de vigilância para ver se ele chegava por aqui.
“No Ministério da Saúde começamos a monitorar aves migratórias que vêm dos Estados Unidos para o Brasil para ver se elas traziam o vírus, mas nunca encontramos nada”, conta Expedito Luna, pesquisador do Laboratório de Epidemiologia do Instituto de Medicina Tropical da USP, que na época colaborou com o ministério. “É muito difícil saber o que pode desencadear a dispersão de um vírus. Passamos anos fazendo a previsão de que o Nilo Ocidental chegaria aqui e não aconteceu. Aí veio o zika”, comenta Francisco Chiaravalloti Neto, da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Tampouco se sabe por que o Culex daqui até agora não passou a transmitir nem o Nilo Ocidental nem a encefalite japonesa – vírus geneticamente próximo do zika, conforme mostrou o genoma do vírus publicado na semana passada –, que é concentrado na Ásia. Pode ser alguma barreira do clima local, ou a falta de outro hospedeiro, ou mesmo que a espécie brasileira não seja competente para transmitir esses vírus.
Disponível em: <http://www.estadao.com.br/saúde>. Acesso em: fev. 2016. Adaptado.
De acordo com o texto, assinale a opção incorreta.
Assinale a opção em que o uso do hífen está empregado corretamente.
Foi então que olhou para o homem parado no ponto. A diferença entre ele e os outros é que ele estava realmente parado. De pé, suas mãos se mantinham avançadas. Era um cego. O que havia mais que fizesse Ana se aprumar em desconfiança? Alguma coisa intranquila estava sucedendo. Então ela viu: o cego mascava chicles... Um homem cego mascava chicles.
[...]. Inclinada, olhava o cego profundamente, como se olha o que não nos vê. Ele mascava goma na escuridão. Sem sofrimento, com os olhos abertos. O movimento da mastigação fazia-o parecer sorrir e de repente deixar de sorrir, sorrir e deixar de sorrir – como se ele a tivesse insultado [...]. Ana se aprumava pálida. Uma expressão de rosto, há muito não usada, ressurgia-lhe com dificuldade, ainda incerta, incompreensível. [...] O bonde se sacudia nos trilhos e o cego mascando goma ficara atrás para sempre. Mas o mal estava feito.
Clarice Lispector, Amor.
No contexto do conto, o mal, a que se refere o narrador no final do trecho citado, representa