Unilago 2014/1
64 Questões
Leia o texto a seguir e responda à questão.
O passageiro em apuros em um voo transcontinental não poderia ter tido mais sorte. Quando começou a sentir uma intensa pressão no peito, a aeromoça perguntou se havia um médico a bordo. Sim, havia. Não só um dos mais respeitados cardiologistas dos Estados Unidos, mas um dos maiores entusiastas das novas tecnologias digitais, que permitem monitorar a saúde a qualquer hora e em qualquer lugar. Eric Topol, diretor do Scripps Translational Science Institute, sacou o smartphone do bolso e fez um diagnóstico com precisão incomum a 10.000 metros de altitude. O celular de Topol é equipado com um dispositivo que funciona como um monitor cardíaco portátil. Dois pequenos eletrodos fixados na parte traseira do celular geram um eletrocardiograma. Basta que o paciente coloque os dedos sobre eles. O aplicativo lê o resultado e o envia ao médico. No caso do avião, o especialista estava ali mesmo. Topol tinha a evidência objetiva, na tela do celular, de que o homem sofria um infarto. Convenceu o piloto a fazer um pouso de emergência, e o passageiro foi salvo.
Esse é só um dos novos recursos que estão transformando o jeito de fazer medicina e de cuidar da própria saúde e do bem-estar. Com aplicativos de smartphones, gadgets e sites, as pessoas registram quantos passos deram a cada dia, calculam as calorias e o valor nutricional de cada refeição, monitoram a quantidade e a qualidade das horas de sono, avaliam o grau de estresse e as flutuações de humor. É a segunda onda do Dr. Google, o fenômeno que abalou o ancestral jogo de poder em que o médico é o detentor do saber incontestável -– e o paciente é o iletrado obediente. O acesso fácil e rápido a informações médicas fez nascer um paciente contestador, mais capaz de tomar decisões conscientes. Nesse segundo fenômeno, que poderíamos chamar de Dr. Smartphone, qualquer um com acesso a ferramentas móveis se torna capaz de monitorar tudo o que acontece em seu organismo. Sem sair de casa, é possível monitorar a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submeter a um eletrocardiograma.
Uma das grandes vantagens dos novos recursos é a interatividade. Ela ajuda o indivíduo a se manter firme em seus propósitos — seja perder alguns quilinhos, viver com mais qualidade ou persistir em um difícil tratamento de saúde. A tecnologia não substitui o acompanhamento médico, mas pode ajudar a aliviar a falta crônica de profissionais e recursos em localidades remotas. Não é uma solução capaz de resolver todas as carências brasileiras, mas é um recurso que deveria estar no horizonte de quem traça as políticas de saúde pública. “Os novos recursos móveis são uma solução para ampliar o acesso à saúde e reduzir os custos, inclusive em países como o Brasil”, diz Topol. “Onde houver sinal de Internet e telefonia móvel, poderemos ter pacientes emancipados e no comando de seu tratamento”.
(Adaptado de: SEGATTO, C. Dr. Smartphone. Época. São Paulo: Editora Globo. 19 ago. 2013. p.70-78.)
Acerca das características do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. É escrito com linguagem formal, denotativa, própria do gênero ao qual pertence.
II. É escrito com linguagem conotativa, própria das áreas de informática e médica.
III. Trata-se de uma notícia, com predomínio do caráter narrativo.
IV. Trata-se de uma reportagem, com predomínio do caráter informativo.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
O passageiro em apuros em um voo transcontinental não poderia ter tido mais sorte. Quando começou a sentir uma intensa pressão no peito, a aeromoça perguntou se havia um médico a bordo. Sim, havia. Não só um dos mais respeitados cardiologistas dos Estados Unidos, mas um dos maiores entusiastas das novas tecnologias digitais, que permitem monitorar a saúde a qualquer hora e em qualquer lugar. Eric Topol, diretor do Scripps Translational Science Institute, sacou o smartphone do bolso e fez um diagnóstico com precisão incomum a 10.000 metros de altitude. O celular de Topol é equipado com um dispositivo que funciona como um monitor cardíaco portátil. Dois pequenos eletrodos fixados na parte traseira do celular geram um eletrocardiograma. Basta que o paciente coloque os dedos sobre eles. O aplicativo lê o resultado e o envia ao médico. No caso do avião, o especialista estava ali mesmo. Topol tinha a evidência objetiva, na tela do celular, de que o homem sofria um infarto. Convenceu o piloto a fazer um pouso de emergência, e o passageiro foi salvo.
Esse é só um dos novos recursos que estão transformando o jeito de fazer medicina e de cuidar da própria saúde e do bem-estar. Com aplicativos de smartphones, gadgets e sites, as pessoas registram quantos passos deram a cada dia, calculam as calorias e o valor nutricional de cada refeição, monitoram a quantidade e a qualidade das horas de sono, avaliam o grau de estresse e as flutuações de humor. É a segunda onda do Dr. Google, o fenômeno que abalou o ancestral jogo de poder em que o médico é o detentor do saber incontestável -– e o paciente é o iletrado obediente. O acesso fácil e rápido a informações médicas fez nascer um paciente contestador, mais capaz de tomar decisões conscientes. Nesse segundo fenômeno, que poderíamos chamar de Dr. Smartphone, qualquer um com acesso a ferramentas móveis se torna capaz de monitorar tudo o que acontece em seu organismo. Sem sair de casa, é possível monitorar a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submeter a um eletrocardiograma.
Uma das grandes vantagens dos novos recursos é a interatividade. Ela ajuda o indivíduo a se manter firme em seus propósitos — seja perder alguns quilinhos, viver com mais qualidade ou persistir em um difícil tratamento de saúde. A tecnologia não substitui o acompanhamento médico, mas pode ajudar a aliviar a falta crônica de profissionais e recursos em localidades remotas. Não é uma solução capaz de resolver todas as carências brasileiras, mas é um recurso que deveria estar no horizonte de quem traça as políticas de saúde pública. “Os novos recursos móveis são uma solução para ampliar o acesso à saúde e reduzir os custos, inclusive em países como o Brasil”, diz Topol. “Onde houver sinal de Internet e telefonia móvel, poderemos ter pacientes emancipados e no comando de seu tratamento”.
(Adaptado de: SEGATTO, C. Dr. Smartphone. Época. São Paulo: Editora Globo. 19 ago. 2013. p.70-78.)
Leia o fragmento a seguir.
Não só um dos mais respeitados cardiologistas dos Estados Unidos, mas um dos maiores entusiastas das novas tecnologias digitais, que permitem monitorar a saúde a qualquer hora e em qualquer lugar.
Assinale a alternativa que expressa, corretamente, o sentido dos termos sublinhados nesse fragmento.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
O passageiro em apuros em um voo transcontinental não poderia ter tido mais sorte. Quando começou a sentir uma intensa pressão no peito, a aeromoça perguntou se havia um médico a bordo. Sim, havia. Não só um dos mais respeitados cardiologistas dos Estados Unidos, mas um dos maiores entusiastas das novas tecnologias digitais, que permitem monitorar a saúde a qualquer hora e em qualquer lugar. Eric Topol, diretor do Scripps Translational Science Institute, sacou o smartphone do bolso e fez um diagnóstico com precisão incomum a 10.000 metros de altitude. O celular de Topol é equipado com um dispositivo que funciona como um monitor cardíaco portátil. Dois pequenos eletrodos fixados na parte traseira do celular geram um eletrocardiograma. Basta que o paciente coloque os dedos sobre eles. O aplicativo lê o resultado e o envia ao médico. No caso do avião, o especialista estava ali mesmo. Topol tinha a evidência objetiva, na tela do celular, de que o homem sofria um infarto. Convenceu o piloto a fazer um pouso de emergência, e o passageiro foi salvo.
Esse é só um dos novos recursos que estão transformando o jeito de fazer medicina e de cuidar da própria saúde e do bem-estar. Com aplicativos de smartphones, gadgets e sites, as pessoas registram quantos passos deram a cada dia, calculam as calorias e o valor nutricional de cada refeição, monitoram a quantidade e a qualidade das horas de sono, avaliam o grau de estresse e as flutuações de humor. É a segunda onda do Dr. Google, o fenômeno que abalou o ancestral jogo de poder em que o médico é o detentor do saber incontestável -– e o paciente é o iletrado obediente. O acesso fácil e rápido a informações médicas fez nascer um paciente contestador, mais capaz de tomar decisões conscientes. Nesse segundo fenômeno, que poderíamos chamar de Dr. Smartphone, qualquer um com acesso a ferramentas móveis se torna capaz de monitorar tudo o que acontece em seu organismo. Sem sair de casa, é possível monitorar a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submeter a um eletrocardiograma.
Uma das grandes vantagens dos novos recursos é a interatividade. Ela ajuda o indivíduo a se manter firme em seus propósitos — seja perder alguns quilinhos, viver com mais qualidade ou persistir em um difícil tratamento de saúde. A tecnologia não substitui o acompanhamento médico, mas pode ajudar a aliviar a falta crônica de profissionais e recursos em localidades remotas. Não é uma solução capaz de resolver todas as carências brasileiras, mas é um recurso que deveria estar no horizonte de quem traça as políticas de saúde pública. “Os novos recursos móveis são uma solução para ampliar o acesso à saúde e reduzir os custos, inclusive em países como o Brasil”, diz Topol. “Onde houver sinal de Internet e telefonia móvel, poderemos ter pacientes emancipados e no comando de seu tratamento”.
(Adaptado de: SEGATTO, C. Dr. Smartphone. Época. São Paulo: Editora Globo. 19 ago. 2013. p.70-78.)
Com base nas informações do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. As novas ferramentas tecnológicas alteraram o comportamento dos pacientes, proporcionando melhor qualidade de vida.
II. Embora o médico seja indispensável para ler diagnósticos e medicar, os pacientes, hoje, têm mais conhecimento sobre a saúde do próprio corpo.
III. Há uma forte crítica em relação aos métodos tradicionais da medicina.
IV. Os novos recursos de medicina, como os aplicativos de smartphones, gadgets e sites, são usados em situações supérfluas.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
O passageiro em apuros em um voo transcontinental não poderia ter tido mais sorte. Quando começou a sentir uma intensa pressão no peito, a aeromoça perguntou se havia um médico a bordo. Sim, havia. Não só um dos mais respeitados cardiologistas dos Estados Unidos, mas um dos maiores entusiastas das novas tecnologias digitais, que permitem monitorar a saúde a qualquer hora e em qualquer lugar. Eric Topol, diretor do Scripps Translational Science Institute, sacou o smartphone do bolso e fez um diagnóstico com precisão incomum a 10.000 metros de altitude. O celular de Topol é equipado com um dispositivo que funciona como um monitor cardíaco portátil. Dois pequenos eletrodos fixados na parte traseira do celular geram um eletrocardiograma. Basta que o paciente coloque os dedos sobre eles. O aplicativo lê o resultado e o envia ao médico. No caso do avião, o especialista estava ali mesmo. Topol tinha a evidência objetiva, na tela do celular, de que o homem sofria um infarto. Convenceu o piloto a fazer um pouso de emergência, e o passageiro foi salvo.
Esse é só um dos novos recursos que estão transformando o jeito de fazer medicina e de cuidar da própria saúde e do bem-estar. Com aplicativos de smartphones, gadgets e sites, as pessoas registram quantos passos deram a cada dia, calculam as calorias e o valor nutricional de cada refeição, monitoram a quantidade e a qualidade das horas de sono, avaliam o grau de estresse e as flutuações de humor. É a segunda onda do Dr. Google, o fenômeno que abalou o ancestral jogo de poder em que o médico é o detentor do saber incontestável -– e o paciente é o iletrado obediente. O acesso fácil e rápido a informações médicas fez nascer um paciente contestador, mais capaz de tomar decisões conscientes. Nesse segundo fenômeno, que poderíamos chamar de Dr. Smartphone, qualquer um com acesso a ferramentas móveis se torna capaz de monitorar tudo o que acontece em seu organismo. Sem sair de casa, é possível monitorar a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submeter a um eletrocardiograma.
Uma das grandes vantagens dos novos recursos é a interatividade. Ela ajuda o indivíduo a se manter firme em seus propósitos — seja perder alguns quilinhos, viver com mais qualidade ou persistir em um difícil tratamento de saúde. A tecnologia não substitui o acompanhamento médico, mas pode ajudar a aliviar a falta crônica de profissionais e recursos em localidades remotas. Não é uma solução capaz de resolver todas as carências brasileiras, mas é um recurso que deveria estar no horizonte de quem traça as políticas de saúde pública. “Os novos recursos móveis são uma solução para ampliar o acesso à saúde e reduzir os custos, inclusive em países como o Brasil”, diz Topol. “Onde houver sinal de Internet e telefonia móvel, poderemos ter pacientes emancipados e no comando de seu tratamento”.
(Adaptado de: SEGATTO, C. Dr. Smartphone. Época. São Paulo: Editora Globo. 19 ago. 2013. p.70-78.)
Sobre os recursos linguístico-semânticos, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) Em “O celular de Topol é equipado com um dispositivo que funciona como um monitor cardíaco portátil”, há uma comparação.
( ) Em “O aplicativo lê o resultado e o envia ao médico”, o termo sublinhado faz referência à palavra “aplicativo”.
( ) Em “Ela ajuda o indivíduo a se manter firme em seus propósitos”, o pronome sublinhado se refere ao termo “propósitos”.
( ) Em “A tecnologia não substitui o acompanhamento médico, mas pode ajudar a aliviar a falta crônica de profissionais”, o termo sublinhado tem sentido adversativo.
( ) Em “Os novos recursos móveis são uma solução para ampliar o acesso à saúde e reduzir os custos, inclusive em países como o Brasil”, o uso das aspas marca discurso direto.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Leia o poema a seguir e responda à questão.
Psicologia de um Vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme – este operário das ruínas –
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
(ANJOS, A. Eu e outras poesias. Rio de Janeiro: Lacerda Ed., 1999. p.19.)
A respeito do autor e de sua obra, considere as afirmativas a seguir.
I. É um poeta modernista, o que pode ser comprovado por seu antilirismo e verso livre.
II. Seu único livro publicado em vida, Eu, apresenta uma escrita original, que trata de problemas existenciais.
III. Cronologicamente, está entre os pré-modernistas, mas suas poesias têm traços parnasianos na forma, as angústias existenciais simbolistas e um alto teor do cientificismo naturalista.
IV. Os temas de suas poesias são tratados de forma áspera a partir de um vocabulário considerado como antipoético.
Assinale a alternativa correta.
Leia o poema a seguir e responda à questão.
Psicologia de um Vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme – este operário das ruínas –
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
(ANJOS, A. Eu e outras poesias. Rio de Janeiro: Lacerda Ed., 1999. p.19.)
Sobre esse poema, assinale a alternativa correta.